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Tudo ou nada para Scaloni. Em jogo, o cargo de técnico da Argentina

Não há meio termo do lado argentino. Ou será a consagração do inexperiente Scaloni ou a confirmação que o time precisa de um treinador vivido

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Para Scaloni não haverá meio termo. Ou a consagração ou voltar a ser auxiliar
Para Scaloni não haverá meio termo. Ou a consagração ou voltar a ser auxiliar Para Scaloni não haverá meio termo. Ou a consagração ou voltar a ser auxiliar

Belo Horizonte, Brasil

"O Tite está sem dormir? O problema é que o Brasil joga em casa, diante de sua gente. Precisa vencer. Ainda mais neste estádio que é tão importante para os brasileiros. Nós só queremos chegar à final da Copa América. Talvez para ele seja mais do que isso."

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A Argentina de Lionel Scaloni reflete exatamente o que pensa seu treinador novato de apenas 41 anos e só 14 jogos comandando o selecionado.

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O grupo argentino é franco atirador, hoje, às 21h30, aqui no Mineirão. Lógico que deseja vencer, derrotar o Brasil, estragar a festa do grande rival, na casa do 7 a 1. Seria um resultado histórico, que teria como consequência, a própria efetivação de Scaloni.

A própria imprensa argentina o trata como um aluno privilegidado, que chegou ao cargo logo após a demissão de Jorge Sampaoli, após o vexame na Copa da Rússia.

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Scaloni era o seu auxiliar. Ficou com o cargo depois que Diego Simeone e Mauricio Pochettino disseram não à AFA, preferiram seguir comandando o Atlético de Madrid e o Tottenham.

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Scalori é interino. E sabe disso.

Depois da Copa América, a AFA vai avaliar se o manterá no cargo ou não.

Por isso ele disfarça, joga a responsabilidade para o Brasil. Mas tem a convicção. Se conseguir chegar à final da competição terá dado um passo gigantesco para seguir no comando da Seleção Argentina. 

Por motivo simples: a imprensa e a população não nutrem expectativa alguma sobre seu trabalho.

Não o enxergam como o comandante nas Eliminatórias e na Copa América de 2020, que terá a Argentina e a Colômbia como sedes.

Mas ele quer seguir.

Tanto que foi pessoalmente quem convenceu Lionel Messi a disputar o torneio no Brasil. Sabe que tem a chance de sua carreira.

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A insegurança, a inexperiência de Scaloni está à flor da pele. Reflete nas suas escalações que não se repetem.

Mas pelo menos ele chegou à uma estrutura.

Seu time jogará no 4-3-1-2.

Com três volantes à entrada da área e fechando as laterais. Com Agüero e Martínez à frente. Por trás dos dois recebendo a bola na intermediária e com sua genialidade, pronto para as arrancadas, lançamentos, infiltrações, tabelas ou chutes a gol, vem ele: Lionel Messi.

Ele espera o Brasil pressionado pela imprensa e torcida, tendo a obrigação de partir para o ataque. Assim, deixará espaço para contragolpes. Foi o que ele mais treinou, o time fechado, roubando a bola e partido em bloco para o ataque.

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Messi está cansado.

Desgastado ao final de uma temporada pesada.

Mas ele está compensando a falta de explosão muscular, dribles fantátiscos com um trabalho coletivo e integração com os outros selecionados. Ele está cansado de ouvir que só conseguiu coisas marcantes para o Barcelona ou para si mesmo.

Precisa vencer um título com o selecionado profissional.

Já foi até uma festa na partida contra a Venezuela, quando ele contou o hino argentino. Situação inédita e que foi motivo para muita comemoração da imprensa.

São dois pontos que a Argentina vai tentar explorar hoje à noite. As bolas cruzadas na área brasileira. Principalmente em escanteios e faltas laterais, que foram exaustivamente treinadas.

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E a descida de Agüero nas costas de Daniel Alves pela direita. O atacante do Manchester City sabe que o ex-jogador do PSG deixa muita brecha quando apoia o ataque. E o sistema de cobertura estará distraído com Messi.

A preocupação de Scaloni está em Éverton Cebolinha e Philippe Coutinho. Ele acredita que as principais jogadas ofensivas sairão com os dois. E a marcação será por setor, mas pesada, sem espaço nas intermediárias.

O time argentino nao é violento.

Mas ríspido.

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Será uma partida de muitos confrontos físicos.

Faltas pesadas.

Temperadas pela maior rivalidade do continente.

Uma das maiores do mundo.

A última conquista da Argentina como time foi a Copa América de 1993.

O Brasil venceu o torneio sul-americano em 2007.

Scaloni joga a responsabilidade para Tite.

Mas tem a convicção. 

Seu futuro como técnico da Seleção estará em jogo hoje.

Se desbancar o favorito Brasil, sua sorte mudará.

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Passará a ser visto com respeito.

Ganhará fôlego para seguir.

Mas se seu time perder, for eliminado facilmente, como muitos veículos de comunicação argentinos esperam, deverá voltar a ser um mero auxiliar.

Só que sua postura já arrogante mostra que seu desejo é outro.

Não quer deixar de ser o treinador de uma das mais tradicionais seleções do mundo.

E quer provar que experiência se adquire.

Basta eliminar o Brasil, hoje, no Mineirão.

O time de Tite espera sua Argentina...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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