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Troféus amontoados como lixo. O rebaixado Vasco pisa na sua história

O flagrante dos troféus conquistados pelo Vasco, amontoados em uma perua, desrespeita a história de um gigante brasileiro. Mas resume sua decadência. Na Segunda Divisão. Devendo mais de R$ 800 milhões

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Troféus amontoados em uma perua. Desrespeito profundo à história do Vasco
Troféus amontoados em uma perua. Desrespeito profundo à história do Vasco Troféus amontoados em uma perua. Desrespeito profundo à história do Vasco

São Paulo, Brasil

O Vasco é um dos gigantes do futebol brasileiro.

Clube que nasceu representando a colônia portuguesa no Rio de Janeiro, mas depois se abriu de forma emocionante. Se tornou o primeiro clube brasileiro a permitir que negros atuassem no seu time principal. Sem precisar passarem pó de arroz nos rostos, braços e pernas, como era costume, para esconder a pele preta.

Também brigou pelo profissionalismo dos jogadores, acabando com a hipocrisia do falso amadorismo.

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Em 1927 ergeu o estádio de São Januário, o maior da América do Sul.

Dentro de campo colecionou títulos, formou esquadrões, que cativaram, por décadas seus torcedores. Hoje são cerca de 12 milhões, a sexta maior torcida do país.

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Mas gestões incompetentes, irresponsáveis, atrasadas, ditatoriais, custaram, literalmente, caro demais ao clube.

A dívida do Vasco da Gama passa dos R$ 800 milhões.

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Seu time está na Segunda Divisão, rebaixado pela quarta vez. A cota de televisão caiu de R$ 50 milhõs para cerca de R$ 8 milhões este ano. 

Não há bilheteria, por conta da pandemia, que tirou o público dos estádios.

O patrocínio master, do banco BMG, é de 'apenas' R$ 8 milhões ao ano.

Por isso, o elenco é limitadíssimo e, mesmo em São Januário, as esperanças são mínimas de volta à Série A este ano.

O Vasco se apega à sua tradição, à história das suas conquistas para acreditar no renascimento.

Afinal, foi campeão sul-americano de clubes, em 1948, torneio embrionário da Libertadores. Conquistou a Libertadores em 1998, a Mercosul em 2000.

A Libertadores é o seu maior troféu
A Libertadores é o seu maior troféu A Libertadores é o seu maior troféu

Acumula quatro Brasileiros, 1974, 1989, 1997 e 2000. Uma Copa do Brasil, em 2011.

Tem 24 Campeonatos Cariocas. 

E vários torneios no Exterior.

Neste momento tão difícil, constrangedor, o clube não tem nem respeito pelo seu passado brilhante.

A diretoria, presidida por Alexandre Campelo, decidiu transformar sua sala de troféus em um museu interativo. Foi uma saída para receber R$ 3 milhões da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.

Houve a necessidade do deslocamento dos troféus, que representam as suas conquistas.

Mas funcionários sem o menor preparo, mostraram todo descaso de quem não tinham ideia do que iriam transportar. Eles iriam do Salão de Troféus para a Reserva Técnica do CPAD.

Da pior maneira possível.

Empilhados, uns sobre os outros, como se fossem lixo.

Troféu Teresa Herrera, conquistado em 1957, na Espanha. Motivo de muito orgulho
Troféu Teresa Herrera, conquistado em 1957, na Espanha. Motivo de muito orgulho Troféu Teresa Herrera, conquistado em 1957, na Espanha. Motivo de muito orgulho

Uma imagem que desrespeita não só o Vasco, mas o futebol brasileiro.

O clube, depois que as imagens ganharam as redes sociais, tentou se justificar. 

Alegou erro operacional.

Um vexame que resume o que acontece no clube.

O Vasco não respeita nem suas conquistas.

Seu passado vencedor, impressionante.

Por isso, estar na Segunda Divisão, pela quarta vez, não é surpresa.

Seus dirigentes conseguiram derrubar um gigante.

E agora envergonham sua história...

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