Tite segue desempregado e calado. Esperando clubes europeus. Mas fracassos com a seleção desestimulam sua contratação
Apesar de pessoas ligadas ao técnico espalharem interesse de clubes importantes e seleções, desde o dia seguinte à eliminação do Brasil da Copa do Catar, nada de trabalho. São três meses desempregado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A revelação, por parte da Fifa, de que seu voto de melhor do mundo em 2022 foi em Neymar, pôs de novo Tite sob os holofotes.
Diante de questionamentos não só da mídia brasileira como da estrangeira, Tite preferiu, outra vez, se calar.
Assim como foi orientado a fazer por sua assessoria de imprensa, desde o segundo fracasso comandando a seleção brasileira em uma Copa do Mundo.
Neymar teve só três votos. Messi, seu amigo íntimo, Thiago Silva e Tite.
Pessoas ligadas ao treinador fizeram questão de passar a jornalistas amigos, no dia seguinte à eliminação do Brasil diante da Croácia, ainda no Catar, que havia uma "fila" de clubes e seleções querendo seu trabalho.
Seriam três seleções e dois clubes importantes do exterior.
Assim que a Copa terminasse, ele estaria trabalhando fora do Brasil.
Só que, agora, três meses depois, nada se efetivou.
Nenhum clube ou seleção confirmou sequer o interesse.
No Rio Grande do Sul, onde ele está passando esse período de exílio, os comentários eram de que o Equador, a Coreia do Sul, o Irã e o Catar queriam o gaúcho.
Só que, até agora, nada.

Seu sonho de trabalhar em um grande clube na Europa, logo após o Mundial, não chegou nem perto de se efetivar.
E a perspectiva também é nula.
Empresários que trabalham em negociações de atletas brasileiros com equipes europeias destacaram para o blog.
A fraca campanha do Brasil na segunda Copa do Mundo seguida com Tite desestimulou de vez os dirigentes a pensar no treinador.
Os técnicos brasileiros não são levados em consideração por grandes equipes desde o fracasso de Luiz Felipe Scolari no Chelsea, em 2009. Depois de fraco trabalho de nove meses.
No Brasil, mesmo com a péssima campanha de Vítor Pereira no Flamengo, o nome de Jorge Jesus é o citado para substituí-lo. O nome de Tite foi rejeitado até como especulação.
Tite já tem grande patrimônio.
Seu salário na seleção, na qual trabalhou por seis anos, era de R$ 1,6 milhão por mês.
A decepcionante caminhada do Brasil no Catar também acabou atingido seu filho e auxilar, Matheus.
Ele disse antes da Copa que desejava trabalhar como técnico.
Até agora, Matheus, que não precisa de um período sabático, como o pai, não conseguiu emprego.
O ex-jogador César Sampaio, que também foi auxiliar de Tite, igualmente desejava se tornar treinador.
Até agora, não assumiu clube algum.
A marca da derrota da seleção brasileira segue muito pesada.
Não só dentro de campo, como fora.
A CBF tenta, desde o fim do Mundial, a contratação de um treinador.
E não conseguiu.
O treinador da Sub-20, Ramon Menezes, será o técnico do Brasil no primeiro amistoso do ano, contra o Marrocos, daqui a 24 dias.
Tite seguirá calado.
A intenção é só voltar a dar entrevistas quando voltar ao trabalho.
Seu sonho é esperar a costumeira reestruturação dos clubes europeus, no meio do ano.
Edu Gaspar, que foi seu auxiliar e hoje coordena o futebol do Arsenal, tenta ajudá-lo com indicações.
Mas não está nada fácil.
O Corinthians segue como uma opção segura para Tite.
Mesmo com Fernando Lázaro, a diretoria segue fascinada pelo ex-treinador da seleção, que vê o time paulista como escolha. Mas só depois que se desiludir de vez de convites de clubes e seleções europeias.
Até lá, tudo indica que seguirá calado...
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Pela sétima vez, Lionel Messi faturou o prêmio The Best da Fifa como o melhor jogador da temporada. A votação foi feita pelos capitães de todas as seleções do mundo, além de treinadores e jornalistas. No entanto, diversos jogadores elegeram amigos e companheiros de clubes como merecedores do prêmio. Confira: Lionel Messi, capitão da seleção argentina, elegeu Neymar como o melhor jogador da temporada. Os dois são companheiros de equipe no Paris Saint-Germain desde 2021 e atuaram juntos no Barcelona, de 2013 a 2017
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