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Tite foge das explicações, após perder a Copa América

Postura triste do técnico da Seleção. Em coletiva ele falou frases vazias, enrolou os jornalistas. O treinador mudou muito desde que frequenta o ambiente tenebroso da intimidade da CBF

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Tite fugiu das perguntas óbvias. Entrou na história com a vitória da Argentina da Copa América. No Maracanã
Tite fugiu das perguntas óbvias. Entrou na história com a vitória da Argentina da Copa América. No Maracanã Tite fugiu das perguntas óbvias. Entrou na história com a vitória da Argentina da Copa América. No Maracanã

São Paulo, Brasil

A entrevista de Tite após a derrota histórica do Brasil, perdendo a Copa América, para a principal rival, dentro do Maracanã, foi frustrante.

Para sua imagem como técnico.

O treinador mudou muito desde que saiu do Corinthians e foi para a Seleção Brasileira.

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Conviver com os bastidores da CBF, diariamente, alterou sua maneira de se portar como técnico.

Perdeu a objetividade, responde como político, fala sem explicar.

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E se escora nos seus auxiliares, com a desculpa de que é 'democrático'. Que treinador de equipe importante no mundo, do quilate do Brasil, participa de coletivas com seus auxiliares respondendo? Situação bizarra, que só serve para 'proteger' Tite de perguntas que não quer responder.

Após a derrota para a Argentina, Tite deu uma aula de enrolação.

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"O sentimento é de tristeza, mas primeiro de reconhecimento do outro lado. Se não for assim, a gente faz do futebol como o que ganha é bom e o que perde é terra arrasada. Temos que olhar o outro lado. Aqui tem um profissional que tem um pouco de lastro para saber reconhecer o outro lado. Teve o trabalho, a qualidade técnica individual, teve as estratégias, teve o seu tempo, e fez um enfrentamento, com efetividade e conseguiu conquistar. Prefiro reputar e reconhecer o outro lado pelo valor da vitória."

Sobre a Argentina, campeã da Copa América. Outra vez foi genérico. Fugiu de explicar taticamente porque perdeu o jogo no Maracanã.

"O que vou falar é que teve um jogo picotado, que a gente queria jogar, mas o que tinha era antijogo, cavando faltas o tempo todo, demora para bater, árbitro... não deu ritmo, a gente queria jogar. A estratégia foi picotar, enfim. Defensivamente é uma equipe muito bem postada, com o goleiro vindo muito bem, com uma linha de quatro com qualidade, peça de reposição importante. Volto a dizer: tem mérito do outro lado."

A postura mais veemente foi absurda.

Ele cobrou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, pelo Brasil jogar no gramado ruim do Nilton Santos. Para dar dramaticidade às suas queixas, revelou que Weverton luxou um dedo.

"O tempo junto, sim (foi importante). A organização da competição, muito rápida, ficou devendo muito. Qualidade dos gramados... nós quase perdemos o Everton em um treinamento, porque o gramado trancou e ele teve luxação de dedo, foi uma exposição dos atletas em cima de pouco tempo, o que é impossível diante da grandeza da competição.

"Estou falando especificamente sobre o responsável, Alejandro, que é o presidente da Conmebol. Estou falando dele, por ter organizado uma competição em tão curto espaço de tempo."

Perguntado especificamente sobre a lição que a derrota na Copa América deixou, Tite, de novo, fugiu da resposta. 

"Poucos de vocês sabem o que se passa dentro da preparação nossa, das ações, dos comportamentos dos atletas, das condutas, da lealdade. O que a gente tenta externar é exatamente essa capacidade. O esporte te traz uma lição muito forte, porque resiliência é um ponto que tem que ter. Um só vence, os outros têm que ter resiliência."

Tite acredita que não dando resposta efetivas, tudo ficará na superficialidade.

Mas não é assim.

Ele sabe: o Brasil foi muito mal taticamente, com dois laterais presos, Fred sem marcar e sem criar, Lucas Paquetá, perdido, Neymar egoísta, tentando resolver o jogo sozinho. Everton Cebolinha 'invertido' não sabe jogar. Richarlison se sacrifica à toa aberto pela esquerd.

Mas Tite não entra em aspecto tático.

Ele não quer que pessoas saibam detalhes de, como ontem, as coisas não aconteceram como o treinador desejava.

E fala sem dizer.

Esse não é o papel do treinador da Seleção cinco vezes campeã do mundo.

O técnico tem de se posicionar, se explicar, aos brasileiros.

Na derrota ou na vitória.

Desde que pisou na CBF, Tite perdeu a espontaneidade.

Fala, evitando ter conteúdo.

É vergonhoso.

Pior do que a derrota para a Argentina foi a enrolação de Tite.

Aconselhado pela assessoria da imprensa da CBF.

Foi superficial, de propósito.

Triste para um técnico campeão mundial e da Libertadores.

E que perdeu a Copa América, em casa, contra a Argentina.

Não há discurso vazio que mude essa situação...

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