Tensão. Fla não pagou premiação da Supercopa, Recopa e Carioca
Diretoria usou a pandemia para adiar os pagamentos de conquistas de fevereiro e de julho. Os atletas, lógico, não estão nada satisfeitos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A diretoria de Rodolfo Landim é vitoriosa.
Formou o melhor elenco do país.
Fez a melhor escolha de treinador, em 2019.
Jorge Jesus conseguiu cinco títulos
Libertadores, Brasileiro...
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Supercopa do Brasil, Recopa...
E Campeonato Carioca.
Jesus tinha uma postura muito próxima dos jogadores.
Assumia os problemas dos atletas com dirigentes.
Mas Jesus resolveu ir embora.
Voltou para Portugal, para o Benfica.
Chegou o catalão Domènec Torrent.
Ele ainda mal se acostumou aos costumes brasileiros.
E não tem a mesma intimidade com os atletas que Jesus.
Nem a personalidade do português para enfrentar os dirigentes.
Desde o dia da final, o assunto da premiação tem sido problemático.
Por não concordar com a postura dos atletas, que decidiram que funcionários e a Comissão Técnica deveriam participar da divisão de premiação das conquistas do Brasileiro e Libertadores.
Houve reunião horas antes da final contra o Liverpool.
O combinado era que a conquista do Brasileiro seria paga no dia 20 de dezembro do Brasileiro e o da Libertadores, dia 23.
A final, foi no dia 21.
A divisão seria 70% dos atletas e 30% dos funcionários e Comissão Técnica.
Resultado, o presidente Rodolfo Landim impôs sua vontade.
Vetou.
O pagamento das duas competições aconteceu em janeiro.
E com os funcionários, ou não sendo pagos ou tendo grande desconto, no que acreditavam ter o direito de receber.
Jorge Jesus recebeu R$ 10 milhões pelas conquistas.
Tudo isso é relembrado hoje.
Porque foi confirmada hoje.
O Flamengo está devendo as premiações das três últimas conquistas.
Supercopa do Brasil, Recopa e Carioca.
Duas competições que terminaram em fevereiro e o Estadual, em julho.
A direção decidiu que terá até o final da temporada para pagar.
A decisão veio de cima para baixo.
Sem direito aos atletas de se posicionarem.
Tiveram de aceitar.
E ponto final.
A pandemia serve como escudo para os dirigentes.
A crise financeira pela falta de público.
Só que é óbvio que, apesar de os jogadores ganhando muito dinheiro, como gosta de reafirmar o presidente Landim, o atraso da premiação mexe com o grupo.
É injusto.
E afeta o ambiente na Gávea.
O vazamento, feito pelo repórter Diogo Dantas, de O Globo, surge depois da goleada para o São Paulo, por 4 a 1.
Deixa tudo mais pesado.
Sobretudo para Domènec, já tenso com as críticas ao desempenho instável do seu time.
Com a sombra constante de Jesus.
Por mais experientes que possam ser, os atletas se sentem desprotegidos.
O português estaria lutando para que a diretoria pagasse o que deve.
O mais rápido possível.
Para servir de incentivo, como serve toda premiação.
O catalão, não.
As conquistas não foram suas.
Torrent tem a personalidade mais pacata.
O clube entra em um clima tenso para disputar a classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil, hoje, contra o Athletico, no Maracanã.
Se ganhar, o Flamengo recebe mais R$ 3,3 milhões da CBF.
Se perder a vaga, as dívidas virão à tona.
Situação desnecessária.
Mesmo com a pandemia.
Pagar seus atletas pelas conquistas era obrigação do Flamengo.
Situação óbvia...
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