Tecnologia fez Abel comandar fácil vitória contra o fraco Bahia
Com Covid, técnico usou a tecnologia para, longe do estádio, tomar as decisões. Com 3 a 0, ele poupou o time para confronto contra o Libertad, pela Libertadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A vitória da tecnologia.
O Palmeiras usou computadores, aplicativos e até drones para que Abel Ferreira conseguisse comandar o time, ontem, na tranquila e importante vitória contra o Bahia, por 3 a 0.
Resultado que fez o clube chegar à quarta colocação no Brasileiro.
O treinador está no estágio final da recuperação de Covid. E não poderia estar pessoalmente no Allianz Parque. Nem mesmo na preparação da equipe.
Mas o técnico foi fundamental, tomando as decisões até mesmo durante o jogo.
"O clube foi fantástico, forneceu todas as condições para podermos fazer um grande trabalho com isso, montou tudo para podermos ter todas as palestras. Os itens que fazemos no CT, o Abel lidera.
"Ele consegue ver ao vivo os treinos, no dia do jogo está sempre presente, faz todas as preleções, durante o jogo está em contato com o Carlos Martinho, a informação chega.
"Não tomamos nenhuma decisão sem que ele as diga", resumiu o auxiliar João Martins, que esteve no banco, diante da vitória contra o limitado time de Mano Menezes.
Abel foi quem comandou a blitz no primeiro tempo.
Ele sabia que o Bahia tem em 2020 uma equipe fraca.
O Palmeiras precisava vencer, somar mais três pontos no Brasileiro, para sonhar com o título, mas também poupar seus melhores jogadores para terça-feira, quando decidirá se chegará na semifinal da Libertadores, diante do Libertad do Paraguai.
Daí a pressão na saída de bola, a vibração do time desde os primeiros minutos para decidir o jogo.
E deu certo. Poucas vezes se viu nos Brasileiros, o Bahia tão inofensivo.
Willian, aos cinco minutos, Raphael Veiga, aos 35 e Rony, aos 42 minutos não só marcaram, como definiram o jogo.
E Abel mandou que seu auxiliar tirasse da partida Gustavo Goméz, Viña, Raphael Veiga e Rony.
O Palmeiras passou a administrar a vitória, diminuir o ritmo, esperar a partida acabar.
A missão havia sido cumprida.
E o foco se voltou ao jogo que tem tudo para ser bem mais difícil, daqui dois dias.
O Libertad foi bem melhor que o Palmeiras, no Paraguai.
Se mostrou um adversário bem pior do que se supunha.
Teve o trabalho facilitado, com o desgaste dos jogadores que enfrentaram o descontrolado surto de Covid no clube brasileiro.
Abel Ferreira tem os dados dos fisiologistas nas mãos.
E sua equipe estará muito mais forte fisicamente terça-feira, no Allianz.
Precisa, porque será tudo ou nada na Libertadores...