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Só não há lugar para o inseguro Leco na festa de Rogério Ceni

A mágoa com o presidente que o demitiu, depois de desmanchar o time em 2017, continua. Na homenagem do Fortaleza e do São Paulo, Leco estará fora

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A homenagem do Fortaleza e do São Paulo a Rogério, domingo, no Ceará
A homenagem do Fortaleza e do São Paulo a Rogério, domingo, no Ceará

São Paulo, Brasil

Tudo promete ser lindo, maravilhoso.

Duas das maiores torcidas do Brasil homenageando seu grande ídolo.

Fortaleza e São Paulo unidos por Rogério Ceni.


Leia mais: Veteranos perdem espaço e amargam ostracismo no São Paulo

Com direito a mosaico dominando as arquibancadas do Castelão, no próximo domingo.


Haverá espaço até em um programado abraço entre Ceni e Cuca.

Os dois tiveram sim problema importante em 2004.


Rogério vivia a idolatria do maior goleiro da história do São Paulo. 

Perfeccionista, adorava participar dos rachões como 'jogador de linha', para aperfeiçoar a saída de bola com os pés.

Em um rachão disputado, apitado pelo então preparador físico Omar Feitosa, Rogério Ceni não concordou com a não marcação de uma falta. Os dois passaram a discutir forte.

Rogério já se acertou com Cuca. A mágoa como jogador foi esquecida
Rogério já se acertou com Cuca. A mágoa como jogador foi esquecida

Cuca resolveu interferir.

E ficou ao lado de Feitosa.

Inclusive gritando com Rogério Ceni na frente dos demais companheiros.

O treinador exigia respeito ao preparador físico.

E encerrou o rachão.

Ceni ficou magoado.

Só falava com Cuca quando o treinador o procurava.

O que foi péssimo para o ambiente.

Até então, ele era muito participativo, como líder do grupo.

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A postura de Ceni emperrou a renovação em 2005.

Os dirigentes respeitavam demais o goleiro.

Cuca lembra da situação.

Só não quis revivê-la, às vésperas do confronto com o Fortaleza.

Rogério Ceni não esqueceu também.

Mas agora como técnico até admite que Cuca estava certo.

Precisava defender seu preparador físico.

E a hierarquia.

A situação ficou para trás.

A que não ficou foi com o inseguro Leco.

O presidente do São Paulo implodiu o trabalho de Rogério Ceni em 2017, quando vendeu jogadores importantes. E depois culpou o técnico pelas derrotas.

Ceni confiou no inseguro Leco.

Acreditou que ele o apoiaria, mesmo com a previsível queda do time, com a saída de atletas importantes como David Neres, Maicon, Thiago Mendes e Luís Araújo. Foram 23 atletas a deixar o clube, no total.

A mensagem de Ceni. Resposta direta
A mensagem de Ceni. Resposta direta

A previsão de vendas de atletas em 2017 era de R$ 60 milhões, o clube arrecadou R$ 180 milhões. O triplo.

Ceni foi usado pelo inseguro Leco como cabo eleitoral.

A indignação da demissão sumária depois do desmanche continua.

Ele já foi claro ao rebater acusações do presidente de que teve de mandá-lo embora.

"Ele não se ajustou à dinâmica da nova situação (como treinador). Como jogador ele era o Mito, uma figura grande, com muitas conquistas, mas era uma situação muito diferente da de pegar um grupo e formar um time. Uma, duas, três eliminações… E zona de rebaixamento, porque foi com ele que fomos para a zona de rebaixamento.

"Com os maus resultados aquela figura mítica foi de uma certa forma se embaçando", disse o dirigente.

Ceni respondeu com uma citação duríssima de Rui Barbosa no facebook.

"Não se deixe enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem."

Na festa de domingo, em Fortaleza, há lugar para tudo.

Menos para a reaproximação de Ceni e o inseguro Leco.

A mágoa continua.

Rogério já garantiu a amigos.

Um dia voltará ao São Paulo.

Mas com o inseguro Leco longe do Morumbi.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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