Cosme Rímoli Sem personalidade, São Paulo despenca. De líder a terceiro

Sem personalidade, São Paulo despenca. De líder a terceiro

O time de Aguirre foi uma enorme decepção no Rio. E apenas empatou com o fraco Botafogo. 2 a 2. O Palmeiras é líder. E o Inter, o segundo

  • Cosme Rímoli | Do R7

Aguirre viu seu time apático perder a liderança. Caiu para terceiro no Brasileiro

Aguirre viu seu time apático perder a liderança. Caiu para terceiro no Brasileiro

Reprodução Sportv

São Paulo, Brasil

O São Paulo sentiu a pressão. 

Vitória do Palmeiras pela manhã, contra o Cruzeiro, obrigou o time de Diego Aguirre a vencer o Botafogo, se quisesse manter a liderança do Brasileiro.

Fora a ameaça do Internacional, uma vitória dos gaúchos diante do Vitória, poderia tirar até a segunda colocação.

Ou seja, o time paulista tinha de vencer. 

Mesmo no Rio de Janeiro, a diferença entre os elencos era enorme.

Mas o São Paulo outra vez decepcionou.

Mostrou futebol instável, sem confiança.

Se nivelou por baixo.

E foi necessário muito sofrimento para conseguir empatar em 2 a 2 no estádio Nilton Santos.

Só nos últimos minutos, o time mostrou raça, vontade.

Saulo fez ótimas defesas e garantiu o empate aos cariocas.

Mas o ótimo reflexo de Saulo, em finalizações de Diego Souza, não serve para iludir, o São Paulo fez mais uma partida muito fraca. Nos jogos decisivos do Brasileiro, as decepções se acumulam.

Resultado: despencou na tabela.

De líder, caiu para a terceira colocação.

A partida foi marcada pelos erros infantis das duas defesas, proporcionando os quatro gols.

Faltou ousadia, convicção, personalidade para o time de Aguirre, que busca o título. Durante grande parte do jogo, o São Paulo foi apático, previsível, conformado. Equipe tensa, sem ousadia. 

Uma grande decepção.

Melhor para o Palmeiras, que tirou a primeira colocação do São Paulo. 

Ótimo ao Internacional, segundo na tabela.

O limitado Botafogo comemora o ponto, que o deixa em 12º lugar.

Cinco pontos longe dos times da zona do rebaixamento.

No próximo sábado, confronto de vida ou morte.

Diego Souza ficou isolado na frente. Falta de ousadia de Aguirre

Diego Souza ficou isolado na frente. Falta de ousadia de Aguirre

Botafogo

Pega o líder Palmeiras.

No Morumbi.

A partida de hoje no Rio de Janeiro era considerada fundamental para a Comissão Técnica. Sem competição alguma para disputar, além do Brasileiro, já que foi eliminado da Copa do Brasil, da Sul-Americana e não se classificou para a Libertadores, o São Paulo teve oito dias para se preparar para o jogo.

E o que se viu foi algo muito ruim.

Aguirre não teve capacidade para fazer com que a equipe tivesse vibração, coragem, estratégia para se impor contra o Botafogo de Zé Ricardo. Outra vez, a ausência de Everton foi um grande desfalque. Assim como a suspensão de Arboleda. O time ficou sem explosão do meio para a frente. E completamente inseguro no miolo da zaga. 

A estratégia de quem pretende ser campeão depois de dez anos, diante de um adversário mais fraco, foi estarrecedora. 4-5-1, com apenas Diego Souza na frente. O São Paulo não entrou para atacar, mas para contragolpear. Opção conservadora demais de Aguirre.

Zé Ricardo ganhou espaço até a intermediária de presente.

E o Botafogo aceitou.

Só que Aguirre se esqueceu que o rival, sem jogadores talentosos, apelaria para as bolas aéreas. E o São Paulo estava sem seu melhor zagueiro, Arboleda. Logo aos quatro minutos, sentiria na pele a ausência.

Em um mero escanteio, Lindoso cabeceou e, livre, Jean empurrou para as redes de Sidão.

1 a 0, Botafogo.

O São Paulo até que iludiu seu torcedor. Porque o time foi para a frente e logo três minutos depois, conseguiu o empate. Em um lance do acaso. Nenê chutou, Carly cortou mal e a bola buscou Diego Souza, que virou para o 1 a 1. 

A impressão de arrebatadora vontade de virar o placar desapareceria. Sem personalidade, o São Paulo seguiu lento, previsível, sem grande movimentação de seus jogadores. Nenê não conseguia se livrar das linhas de marcação montadas na intermediária por Zé Ricardo. Sem Nenê, o time de Aguirre padece de neurônios.

E o castigo veio aos 24 minutos. Quando Anderson Martins cabeceou para a própria área paulista. Kieza tabelou com Eric e marcou um belo gol, na saída desesperada de Sidão. 2 a 1, Botafogo.

O São Paulo seguiu apático, sem jogadas pelas laterais. Facilmente travado.

O primeiro tempo terminou sem riscos ao Botafogo.

Na etapa final,  Aguirre perdeu dez minutos vendo seu modorrento time. Mas acordou, colocando Carneiro tirando o improdutivo Edmar. Reinaldo foi para a lateral. O time passava a ter Diego Souza e o trombador uruguaio na frente. 

Bastaram seis minutos na nova formação e o empate veio. Reinaldo cobrou falta da lateral direita e surpreendeu Saulo. O goleiro esperava o cruzamento. A bola veio forte no gol. Ele rebateu nos pés de Carneiro 2 a 2. 

Outra vez, nova decepção para quem esperava que o São Paulo partiria resoluto para a virada. Seguiu centralizando o jogo, favorecendo a marcação botafoguense. 

Saulo fez ótimas defesas no final do jogo. Quando o São Paulo acordou

Saulo fez ótimas defesas no final do jogo. Quando o São Paulo acordou

Botafogo

O time carioca buscava os contragolpes. E aos 26 minutos houve um lance muito discutível. Em uma bola aérea simples, Carneiro empurrou Igor Rabello. Pênalti para os cariocas que Rafael Traci, árbitro paranaense, não quis marcar.

O São Paulo seguiu sem imaginação e apetite de vitória.

Apenas nos últimos minutos, pressionou o Botafogo.

Foi quando Saulo obrigo a torcida que o vaiava a aplaudi-lo.

Pelos defesas aos 48 minutos em arremates de Diego Souza.

No final, o empate foi mais do justo.

E constrangedor ao São Paulo.

Seu comportamento esteve longe...

Distante de quem decide ser campeão do Brasil...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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