São Paulo, Brasil
Primeiro, foi Cuca.
Ele o defendeu não só pelo futebol, pela personalidade 'de menino', mas por Alexandre Mattos, que não conseguiu contratar Diego Souza. E o apresentou como uma compensação.
Depois, foi Felipão.
Ele, sim.
Sabendo da infância sofrida, difícil, de quanto a família dependia do jogador, o treinador o tratava como se fosse seu avô.
O orientava com rigor.
Mas tinha a coleção de perdão interminável.
Só que acabou a superproteção a Deyverson no Palmeiras.
A diretoria se cansou de seus problemas e do futebol decepcionante nos momentos decisivos.
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Ele aplicou fisicamente, se comprometeu a ir para psicólogo, estava mais amadurecido depois que soube que seria pai.
Só que o problema era com a bola nos pés.
Deyverson chegou ao limite do seu desempenho técnico.
Como a hora é de vender os dispensáveis, Mauricio Galiotte acionou seus empresários que negociam atletas do Palmeiras.
Ele já esteve para fechar com o futebol chinês por duas vezes.
Mas surgiu o interesse de um time espanhol.
Equipe pequena, como está acostumado a jogar na Europa.
Foi assim no Benfica B, Belenenses, Köln, Levante e Alavés.
"Eu nunca pensei que jogaria em um clube como o Palmeiras", confessou ao ser contratado por 5 milhões de euros, em 2017. Cerca de R$ 23 milhões.
Fechou contrato de cinco anos.
R$ 350 mil a cada 30 dias...
Mas a aventura acabou.
Empresários conseguiram colocá-lo por empréstimo no Getafe. Por conta da saída do atacante Enric Gallego.
O jogador de 28 anos está voltando para a Espanha com o passe fixado.
Segundo o jornal AS, seriam 5,5 milhões de euros, R$ 25 milhões.
Mas conselheiros palmeirenses importantes garantem que o valor é menor.
O jogador teria de participar de, pelo menos, 50% dos jogos.
Sua fama de adorar expulsões infantis já está consolidada.
Vanderlei Luxemburgo não teve nem o direito a voto.
A decisão foi de Galiotte.
Seus companheiros de diretoria que confia e conselheiros importantes queriam a saída de Deyverson.
Sabem que ele fracassou.
Jamais foi o atacante que Cuca alardeou.
E nem que Felipão sonhava que um dia seria.
Teve inúmeras chances.
Conseguiu cavar expulsões, criar confusão, deixar o ambiente pesado para o time.
Seu futebol é fraco para um clube com tanta expectativa e cobranças como o Palmeiras.
Até mesmo Deyverson sabia disso.
Marcou 25 gols em 104 partidas.
Por isso não se surpreendeu neste início do ano.
Não teve opção.
Seu destino foi traçado na avaliação do elenco, no fim do Brasileiro de 2018.
Agora, embarca para o Getafe.
Equipe pequena, sem sonhos.
Os sonhos do Palmeiras são grandes para Deyverson...
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