Santos, orgulho para o futebol brasileiro. Venceu a LDU e a altitude
Com atuação surpreendente, com Cuca e cinco jogadores com covid, o Santos ganhou por 2 a 1 da LDU. Passo gigante para as quartas da Libertadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Em todos os aspectos.
A LDU era a grande favorita.
Time que eliminou o São Paulo, ainda na fase de grupos, e que jogava em casa, nos 2.850 metros de altitude de Quito.
Enfrentava uma equipe limitada, com o treinador internado, infectado pela covid. Assim como João Paulo, Sandry, Madson, Luan Peres e Ângelo, que não puderam jogar por conta do novo coronavírus.
Mas o Santos recusou a derrota.
Mostrou vibração, gana, determinação, coragem e muito sacrifício físico. E conseguiu o que nem seus torcedores mais fanáticos esperavam.
Vencer por 2 a 1 seu primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores.
O time paulista pode empatar o jogo de volta, na próxima terça, que estará classificado para as quartas.
O grande destaque da partida foi também imprevisível.
Aos 34 anos, Pará tomou conta do jogo.

Marcou, puxou contragolpes, orientou, cobrou, liderou o Santos.
Outro destaque foi o treinador interino Marcelo Fernandes.
Ele teva a coragem de colocar sua equipe no ataque, no início da partida.
Marcando sob pressão os equatorianos.
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E conseguiu sair na frente no placar, com Soteldo, completando descida de Pará, que buscou a linha de fundo e cruzou para o venezuelano marcar, aos seis minutos.
Mas o fôlego santista foi diminuindo, a partir dos 20 minutos.
A LDU cresceu, Pablo Repetto adiantou sua equipe e passou a pressionar o Santos. O jovem goleiro John mostrava seu talento e conseguiu ótimas defesas.
Marcelo Fernandes, com medo de sofrer o empate, tirou o meia Jean Mota e colocou o zagueiro Wagner.
Só que, por ironia, a LDU marcou em um contragolpe. Os equatorianos desceram em velocidade e, com a defesa santista mal posicionada, Billy Arce invadiu a área, driblou Pituca e chutou forte, para grande defesa de John. Jhojan Julio pegou o rebote e empatou. 1 a 1, aos 46 minutos.

No segundo tempo, o Santos voltou mais adiantado, com coragem. Para não ter a LDU na sua área.
E em uma descida em velocidade, típica, Marinho sofreu pênalti de Ordóñez.
O próprio atacante cobrou com personalidade.
2 a 1 Santos, aos 12 minutos.
A partir daí, muita luta, dedicação.
E fortíssima marcação na intermediária.
A LDU foi se enervando, se frustrando.

E passou a levantar bolas na área, o que facilitou para o sistema defensivo santista.
Ao final da partida de Quito, vitória da dedicação, da garra, da tática.
E, principalmente, do coração santista...
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