Santos garante: Robinho Júnior foi o pivô para o clube não aceitar Sampaoli. Técnico retruca. Diz que Santos não tem dinheiro, por isso recusou voltar. Tite nem aceitou conversar. Vojvoda, plano C, foi o escolhido. Aprovado por Neymar
A direção do Santos, que havia garantido a jornalistas amigos que segunda-feira teria um novo técnico, perdeu quatro dias. Só hoje vai anunciar Vojvoda, a terceira opção para o lugar de Cléber Xavier
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Na noite de domingo, jornalistas se apressaram a repassar o que ouviram de Marcelo Teixeira.
O presidente do Santos prometia medidas ‘urgentes’.
E que teria um novo treinador logo na segunda-feira, menos de 24 horas, depois de um dos maiores vexames da história do Santos, a derrota por 6 a 0 para o Vasco, em pleno Morumbi.
Bradaram aos quatro ventos que o nome era Jorge Sampaoli.
Caíram na precipitação de Teixeira.
Sampaoli é um dos treinadores mais complicados para trabalhar, de acordo com dirigentes do Atlético Mineiro, do Flamengo e, do próprio Santos.
E esses jornalistas, próximos a Teixeira, tiveram de voltar atrás.
Porque na segunda, na terça, na quarta e mesmo hoje, quinta-feira, não há nenhum técnico trabalhando no Santos.
Só o auxiliar, filho de Tite, Matheus, improvisado, tentando montar o time para enfrentar o Bahia, em Salvador, no domingo. Sem Neymar, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
A conversa entre a direção do Santos e Sampaoli foi um enorme fracasso.
Há duas versões. A primeira, mais ouvida, é a do clube. Que Jorge Sampaoli não queria Robinho Júnior, Souza e Gabriel Buotempo como titulares. E desejava analisá-los com calma, por serem jovens demais.
Desejava atletas mais experientes e de talento reconhecido para enfrentarem a pressão para fugir do rebaixamento. Teria exigido a contratação de jogadores que custariam mais de 10 milhões de euros, R$ 63 milhões.
Essa foi a desculpa do Santos.
O treinador, menos ouvido, disse claramente que o Santos não tem condições econômicas para se reforçar como precisa.
Ele foi direto.
O Santos não tem dinheiro para ter os jogadores que considera fundamentais diante do momento difícil vivido pelo clube.
“Nós estivemos em contato com o clube semana passada, depois do jogo contra o Vasco. Levamos um tempo para analisar e fazer um diagnóstico de como o time estava, do que precisava para que pudéssemos ajudar o clube a sair da situação incômoda que está.
“Sinceramente, eu tenho um carinho muito especial pela cidade e pelo clube, e seria irresponsável da minha parte fazer algo que prejudique o clube.

“Então fizemos uma análise e pensamos que a equipe necessitava de três jogadores que tivessem a possibilidade ajudar a nossa forma de trabalhar, o nosso estilo.
“Conversamos com alguns nomes, inclusive, estivemos trabalhando com toda a comissão técnica. E, lamentavelmente, são jogadores que têm um valor que o clube não tem, por mais que tenha a intenção e o desejo.
“Sou grato por me chamarem, mas não se concretizou. A situação é muito complicada, e meu profissionalismo e responsabilidade me fizeram tomar a decisão de que, se não chegasse esse tipo de jogador que tem uma qualidade importante, minha presença seria prejudicial.”
O técnico falou ao canal de Lucas Musetti, especialista em Santos. E que não cravou Sampaoli na segunda-feira.
Diante do não do ex-treinador da Argentina, a direção santista tentou Tite. E ouviu ‘não’. Ele disse que não poderia adiar uma operação no joelho, marcada para setembro, e virou novamente as costas ao Santos, que já o havia convidado no início do ano.
A terceira opção era Juan Pablo Vojvoda.
Ele estava na Argentina, ainda abalado pela demissão do Fortaleza. Depois de quatro anos, ele foi mandado embora por conta de não conseguir montar uma equipe competitiva, depois de reformulação pedida pela direção do clube.
Vojvoda, de acordo com a direção santista, analisou cuidadosamente o elenco. A influência de Neymar.
O objetivo bem claro, e pequeno, de 2025, que é o clube não ser rebaixado. E, em 2026, montar uma equipe competitiva.
E ele aceitou.
Até pela história do Santos. Pela oportunidade de trabalhar com Neymar. Sem dúvida será ótimo para o seu currículo.
Mas no Ceará, a imprensa garante que ele estava muito desgastado, cansado, desmotivado, nos últimos meses no Fortaleza.
E que precisará se mostrar muito diferente no Santos, do treinador que foi nos últimos meses no Nordeste.
A escolha de Vojvoda teve a aprovação de Neymar, que embora tenha voltado ao futebol brasileiro este ano, teria ouvido ótimas recomendações do treinador.
Técnico nenhum trabalha no Santos atual sem a aprovação de Neymar.
A previsão é que o anúncio oficial seja hoje.
Com o técnico assinando contrato até dezembro de 2026.
E Vojvoda comande o time contra o Fluminense, daqui dez dias, contra o Fluminense, na Vila Belmiro.
Antes, domingo, o time terá pela frente, o Bahia, em Salvador, com Matheus, filho de Tite, fazendo sua estreia como técnico principal. Em uma partida dificílima e que o Santos precisa desesperadamente pontuar...