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Cosme Rímoli - Blogs

Revoltadas, jogadoras de Sorocaba tiram os tênis, com medo do piso escorregadio, em Natal. E vencem. Descalças! Vexame para o vôlei do Brasil

Com medo de lesões, diante de escorregões seguidos, as jogadoras do Renasce Sorocaba decidem enfrentar descalças o time da Natal Desportivo, pela Superliga B. E venceram por 3 a 0. Jogo estava sendo transmitido pela Confederação Brasileira de Vôlei. Constrangedor

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Jogadoras de Sorocaba descalças. Constrangedor para a Confederação Brasileira de Vôlei Instagram/Renasce Sorocaba

Foi uma cena constrangedora.

E que já ganhou o mundo, pela Internet.

Irritada e assustada com o piso escorregadio da quadra no Rio Grande do Norte, a jogadora Isabela Paquiardi tomou a decisão.

Tirou os tênis e as meias e entrou na quadra descalça.


Suas companheiras do Renasce Sorocaba decidiram, por segurança, fazer a mesma coisa.

O técnico Clóvis Granado apoiou totalmente suas atletas.


A partir do segundo set, seu time jogou descalço.

E venceu o Desportivo Natal, por 3 a 0.


Segue líder da Superliga B, invicto, com cinco vitórias.

A cena ganhou o mundo.

É um vexame para a Confederação Brasileira de Vôlei.

A começar porque o ginásio de Natal pertence à própria confederação.

Na capital do Rio Grande do Norte, a temperatura, no verão costuma ficar entre 25 e 33 graus.

E a umidade entre 65% e até 80%.

Ou seja, o calor e a umidade são mais do que óbvios.

O jogo foi disputado no Palácio dos Esportes ‘Djalma Maranhão’.

O piso, emborrachado, do ginásio onde foi disputada a partida, tinha pontos de umidade.

Tanto que auxiliares de limpeza ficavam ‘o tempo todo’ enxugando a quadra.

As atletas do Desportivo Natal estão acostumadas e seguiram de tênis.

As do time paulista, não.

Mesmo descalças, o time de Sorocaba impôs sua maior técnica. E venceu o time, calçado, de Natal Reprodução/Canal Vôlei Brasil

Além das evidentes falhas técnicas, o medo de Paquiardi e companheiras estava nas contusões.

Ao saltar para cortar e bloquear, a ‘aterrissagem’ tem de ser segura.

Os pés precisam de firmeza.

Escorregões podem virar torsões nos tornozelos.

E até rompimento de ligamentos dos joelhos.

Um enorme perigo para jogadores que correm e saltam mais de um metro para cortar e bloquear.

“A gente nem sabia que poderia jogar descalça. Eu fui a primeira a tomar a decisão, depois todo mundo foi. Eu acho que a gente superou um jogo muito difícil. Três pontos muito importantes. Saímos com dever cumprido e superamos uma dificuldade, resumiu Paquiardi.

Ela tem 32 anos, atleta mais do que experiente, e conhecida no vôlei por sua personalidade forte.

A situação inusitada é legal, principalmente para países sem estrutura alguma.

O que não é o caso do Brasil.

Diante da enorme repercussão, a Confederação Brasileira de Vôlei, pela assessoria, relatou que vai ‘investigar o que aconteceu e tomar providências’.

A situação é mais do que constrangedora.

Jogadoras do Sorocaba tiram fotos de seus pés descalços, depois de vencerem o Desportivo Natal. Revolta e ironia Instagram/Clóvis Granado

O vôlei é o segundo esporte do Brasil.

Ganhou cinco medalhas de ouro nas Olimpíadas.

Três masculinas, duas femininas.

Foi tricampeão mundial de vôlei masculino.

Tem sete medalhas de ouro olímpicas no vôlei de praia.

São três clubes femininos que foram campeões mundiais: Sadia, Sorocaba e Osasco.

É dono do atual título masculino de clubes, o Cruzeiro chegou à sua incrível quinta conquista.

Um clube da Superliga B ter de jogar descalço desmoraliza o esporte brasileiro.

As fotos e o vídeo da partida de ontem estão sendo vistos no mundo todo.

Vexame inesquecível...









Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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