Resignação no Palmeiras. Dudu está feliz no Qatar, apesar da Copa
Mesmo sem poder disputar Mundial de 2022, por mudança na legislação da Fifa, está difícil retorno este ano. Ficar alguns anos no Al-Duhail é uma possibilidade real
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Em setembro do ano passado, a direção do Palmeiras ficou animada.
A direção da Fifa tomou uma decisão que teria tudo para afetar diretamente o futuro do clube.
Em julho, o clube poderia ter um excelente reforço.
Muito conhecido no clube.
Dudu.
A empolgação aconteceu porque o presidente Gianni Infantino decidiu agir, diante das inúmeras reclamações em relação à possibilidade do Qatar montar uma seleção, para disputar a Copa do Mundo, com inúmeros jogadores naturalizados.
E, no dia 18 de setembro, a Fifa anunciou que um atleta para atuar em outra seleção, que não fosse a de onde nasceu, e jogar o Mundial, teria de morar pelo menos há cinco anos neste país.
Não bastaria mais não ter feito nenhuma partida oficial pelo selecionado oficial.
Além dos graves problemas com a ex-esposa, com acusação de agressão, o atacante foi para o Qatar, em julho do ano passado, certo de que teria chances reais de ser naturalizado e disputar a Copa do Mundo de 2022, já que foi desprezado por Tite, nos anos que foi o melhor jogador do país.
O empréstimo ao Al-Duhail chocou os conselheiros e até mesmo membros da direção palmeirense. Mas foi um favor, uma retribuição do presidente Mauricio Galiotte, por Dudu não ter aceito transferências nos anos anteriores, a pedido do próprio dirigente.
Mas os problemas pessoais de Dudu estavam graves demais, na visão de Galiotte.
O empréstimo por um ano já rendeu 7 milhões de euros, cerca de R$ 44 milhões ao clube. E se o Al-Duhail quiser seguir com o brasileiro, basta pagar mais 6 milhões de euros, cerca de R$ 38 milhões, em julho deste ano. O contrato está bem explícito. Se o clube árabe quiser o atleta, basta pagar e o Palmeiras não tem o que fazer, a não ser aceitar.

A esperança de Galiotte era que Dudu não quisesse ficar no Qatar, a partir do momento que soube que não poderá disputar o Mundial. Caso aceite se naturalizar, só poderia disputar o de 2026, quando teria 35 anos.
Só que a situação não é tão simples.
Dudu ganha muito bem no Qatar.
Seu período de adaptação está terminando, com o atleta se integrando ao clube, aos costumes mulçumanos.
Sua contratação definitiva ganha cada dia mais força.
O Al-Duhail ganhou a Liga do Qatar e disputará o Mundial de Clubes, como representante do país-sede, em fevereiro.
A competição estimula muito o atacante.
Caso o clube qatariano decida comprá-lo, um novo acordo acontecerá entre ele e a direção, para definição do novo tempo de contrato e mais que provável aumento salarial.
Algo que não conseguiria de jeito algum no Palmeiras.
Se decidir por um contrato de três anos, Dudu poderia ganhar muito bem e ainda voltar ao clube paulista com potencial para ser titular.
Ou seja, a situação que já pareceu 'perdida', com o atleta entusiasmado pela possibilidade de disputar a Copa, depois se mostrou 'recuperada', com a proibição da Fifa, se mostra outra vez indefinida.

Dudu tem muito a considerar.
A começar por pelo futuro financeiro de sua família.
Os qatarianos são simples.
Se ele conseguir impor seu talento, vão comprá-lo.
A não ser que Dudu se recuse a jogar no país árabe.
O que não parece ser o caminho.
Galiotte, que sonhava com o retorno do atacante no meio do ano, não tem mais a mesma convicção.
E diz que o atacante voltará ao Palmeiras.
Só não sabe quando.
Em julho.
Ou daqui três ou quatro anos.
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