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Cosme Rímoli - Blogs

Prefeitura do Rio cede à Conmebol e à CBF. Sete mil no Maracanã

Prefeitura do Rio liberou 10% do público na final da Copa América. Conmebol e CBF pressionaram. Para passar a falsa ideia para o mundo que o continente já controla a pandemia

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Conmebol e CBF terão 10% da capacidade do Maracanã. Para colocar torcedores e convidados
Conmebol e CBF terão 10% da capacidade do Maracanã. Para colocar torcedores e convidados

São Paulo, Brasil

A Conmebol perdeu, mas vai passar a impressão que ganhou.

Como o blog noticiou ontem, o presidente Alejandro Domínguez queria o Maracanã lotado de torcedores brasileiros.

70 mil sentados uns ao lado de outros.


Depois, abaixou para 35 mil pessoas.

Mesmo assim, seria um cenário grandioso, para impressionar o mundo todo, mostrar a pungência, a força da América do Sul.


Brasil e Argentina.

Neymar contra Messi.


A CBF apoiava.

Mas o bom senso da Prefeitura do Rio de Janeiro evitou esse descalabro, em plena pandemia. Vetou 70 mil torcedores, como também 35 mil.

O prefeito Eduardo Paes decidiu, no entanto, ir no caminho que fez na final da Libertadores, entre Palmeiras e Santos, no dia 30 de janeiro.

Se naquela partida foram liberados cinco mil convidados, também à pedido da Conmebol e da CBF, e a situação foi administrada. Paes decidiu ceder e liberar 10% da capacidade do Maracanã.

Talvez não chegue nem a sete mil pessoas assistindo ao jogo.

O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, disse que 2.200 torcedores do seu país terão direito a entradas gratuitas. Desde que provem que moram no Brasil, para evitar deslocamento em plena pandemia.

Há cerca de 18 mil argentinos que vivem no Rio de Janeiro.

Eles, e os brasileiros convidados, terão de apresentar o resultado de um teste rápido, comprovando que não estão com covid.

A princípio, os torcedores ficarão espalhados por vários setores no estádio, para evitar aglomerações. 

A Conmebol quer imagens como esta. Taça, vencedor. E público por trás. Esquecendo a pandemia
A Conmebol quer imagens como esta. Taça, vencedor. E público por trás. Esquecendo a pandemia

A Conmebol perdeu, mas terá os figurantes que precisa.

Dependendo da angulação das câmeras na transmissão, a ideia de público no estádio será atingida.

Acabará com a depressão dos jogos sem ninguém nas arquibancadas.

O Brasil tem mais de 530 mil mortos pela covid.

Mas aceitou organizar a Copa América, depois de a Argentina e a Colômbia se recusarem.

A Conmebol exigiu a realização da competição por motivos não tão nobres. Na Copa América de 2019, arrecadou R$ 618 milhões. 

Para que o torneio deste ano acontecesse, ela pagou 4 milhões de dólares, cerca de R$ 20,9 milhões para cada federação participar. No caso do Brasil, Confederação Brasileira de Futebol.

E para driblar a resistência dos principais países, aumentou em 2,5 milhões de dólares, R$ 13 milhões, o prêmio para o vencedor da competição. Será de 10 milhões de dólares, cerca de R$ 52 milhões.

O vice ficará com 5 milhões de dólares, R$ 26 milhões.

O terceiro colocado ganhará 4 milhões de dólares, cerca de R$ 20,9 milhões.

E o quarto ficará com 3 milhões de dólares, R$ 15,7 milhões.

O dinheiro acabou sendo um motivador na competição.

Além do plano de Domínguez.

Impor no continente a ideia que o público poderá voltar aos estádios.

É o que ele deseja já nesta Libertadores.

Liberação aos poucos, como acontecerá amanhã no Maracanã.

Ou seja, a Conmebol não ganhou a briga com a prefeitura do Rio.

Mas posará como vencedora.

Com entre sete e cinco mil torcedores posando como figurantes.

Passando a falsa ideia que a América do Sul já tem a pandemia sob controle.

Como no Velho Continente, com os estádios cheios na Eurocopa.

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