Por Vojvoda, Neymar não joga no piso sintético do Allianz. E Marcelo Teixeira decidiu. Mesmo se o Santos for rebaixado, argentino ficará em 2026

A tabela do Brasileiro é cruel.

Se o Vitória ganhar do Internacional, amanhã, em Salvador...

E o Santos perder do Palmeiras, no Allianz, quinta-feira...

O time de Neymar mergulha na zona do rebaixamento.

A maior esperança para mudar este cenário aterrador está tenso.

Preocupado, amedrontado.

Por conta do gramado sintético do estádio palmeirense.

Ele tem dores reais nos tornozelos e joelhos.

Suas articulações, sofridas por 43 lesões, operações inclusive no tornozelo direito e joelho esquerdo, são preocupações reais.

Juan Pablo Vojvoda já conversou com médicos e fisiologistas santistas.

Por ele, Neymar não joga contra o Palmeiras.

Fica poupado para os últimos sete jogos que restarão ao Santos. Inclusive novo clássico contra o Palmeiras, desta vez, na Vila Belmiro, dia 15 deste mês.

O jogador de 33 anos e meio quer o meio-termo.

Pelo menos ficar no banco de reservas.

Para entrar em campo em caso de emergência.

Ou seja, com o Santos perdendo por um gol de desvantagem, nos últimos 15 minutos, por exemplo.

Mas para Vojvoda, o risco seria até maior.

Ele iria se empenhar mais, sem se preocupar em se preservar, buscando o resultado.

E o técnico precisa de Neymar nestas partidas finais e decisivas do Brasileiro.

É muito provável que ele vá ao estádio.

Fique no banco, mas não entre no confronto.

Sua presença é importante pela liderança que exerce.

Neymar detesta tanto gramado sintético que seu sonho era que fosse proibido no Brasil.

Ele foi o principal articulador de uma campanha contra esse piso entre os jogadores profissionais.

Não teve êxito porque a Fifa permite o uso do gramado sintético.

Em meio à imensa pressão que o Santos vive neste último período do Brasileiro, Marcelo Teixeira já garantiu.

Encontrou o técnico ‘certo’.

E mesmo se o clube for rebaixado, Vojvoda ficará na próxima temporada.

Na Série A.

Ou na Segunda Divisão.

“Nenhum risco (de demissão). Qualquer situação que ocorra nos próximos jogos, o Vojvoda será nosso treinador. Ele faz parte do planejamento do ano que vem. É um trabalho muito bom, está conhecendo o grupo.

“Tendo oportunidade de experimentar os jogadores que chegaram nessa janela. Também nós acompanhamos os treinos. Muitos jogadores que estão bem nos treinos pode ser que nos jogos não vão tão bem. Isso faz parte de um processo de adaptação.

“Não é uma responsabilidade do treinador. É o tempo. Fazer com que esse time continue trabalhando até encontrar um formato e um time adequado para as próximas temporadas. É isso que o Santos vem fazendo”, disse o presidente à Santa Cecília TV, que é dele, no domingo.

Vojvoda tem dez partidas no Santos.

São duas vitórias, duas derrotas e seis empates.

Disputou 30 pontos.

Conseguiu 12 pontos.

Perdeu 18.

A caminhada final do Santos é dificílima.

Palmeiras no Allianz.

Flamengo, no Maracanã.

Palmeiras, novamente, na Vila Belmiro.

Mirassol, na Vila Belmiro.

Internacional, no Beira Rio.

Sport, na Vila Belmiro.

Juventude, em Caxias do Sul.

E Cruzeiro, na Vila Belmiro.

A lógica aponta Neymar longe do gramado sintético do Palmeiras...