São Paulo, Brasil
"O #tbt de hoje é para relembrar esse grande momento em 2013, quando eu entrei para o "Clube dos 500" da Fórmula 1.
"Recebi uma linda homenagem e uma medalha das mãos de Bernie Ecclestone por ter mais de 500 GPs em minha carreira. Trajetória que começou em 1975, em um GP do Brasil.
"Poucos receberam essa homenagem, de brasileiros, apenas eu e meu parceiro @regileme!!
#F1 #Formula1 #BernieEcclestone."
Esta é a postagem mais recente de Galvão Bueno.
Não por acaso, colocada ontem no seu Instagram.
O narrador ama Fórmula 1.
Mais do que futebol.
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Ele criou um laço de coração com o esporte.
Sim, por conta de Ayrton Senna, tricampeão mundial, seu amigo mais íntimo nas ínumeras modalidades que transmitiu nos seus 70 anos de vida e 46 anos de narração.
Ele soube ontem que a Globo, depois de 41 anos, não transmitirá a Fórmula 1.
Por falta de patrocinadores.
Galvão Bueno havia decidido se aposentar na Copa do Mundo do Qatar.
Mas não deixaria nenhum legado, apenas sua trajetória importante na Globo.
Só que, ontem, o narrador escolheu não ficar de braços cruzados.
E vai batalhar, usando os seus inúmeros contatos no mundo da publicidade, da Fórmula 1.
E buscar anunciantes para a modalidade.
Espera fazer desse seu legado.
A retribuição a tudo que recebeu da Globo.
E também uma homenagem a Ayrton Senna.
Galvão sabe que se a Fórmula 1 sair da tevê aberta, perderá ainda mais adeptos.
O esporte não tem um campeão mundial de Fórmula 1 desde 1991, quando Senna foi tricampeão.
São 29 anos.
O Brasil há dois anos não tem sequer um piloto correndo atualmente.
O desafio será enorme.
A cota é altíssima.
Santander, Cervejaria Petrópolis, Nivea, Renault e TIM pagam atualmente R$ 98,9 milhões.
Pela pandemia, há descontos.
No entanto, o problema é maior do que o anunciado.
A Globo não aceita pagar o que a dona do direito de transmissão, a norte-americana Liberty Media está cobrando.
Como a Conmebol, a empresa não quer saber de descontos.
A renovação seria por mais cinco anos, como foi o contrato de 2015, que terminará com o fim desta temporada.
Galvão Bueno pouco poderá fazer.
Já que o valor pedido passa dos R$ 3 bilhões.
Mas o narrador promete lutar.
Fazer o que puder.
Se conseguir atrair patrocinadores, há esperança.
Ele sabe.
Há a chance de o Brasil ficar sem a Fórmula 1 na aberta.
E também na tevê fechada.
Passar apenas no streaming.
O que seria terrível para a popularidade.
Para a memória de Senna...
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