Por ética, Palmeiras não negocia mais com Gabigol. Enquanto disputar a Copa do Brasil e a Libertadores com o Flamengo
A direção palmeirense deixou claro a Junior Pedroso, empresário de Gabigol, que não haverá conversas de negociação enquanto os dois clubes rivais estiverem decidindo sua sorte na Libertadores e na Copa do Brasil. A proposta de cinco anos, a partir de janeiro, está mantida
Cosme Rímoli|Do R7
São as partidas mais aguardadas da Copa do Brasil.
Os que colocam frente a frente os dois elencos mais fortes do país.
A partir de quarta-feira, no Maracanã, Flamengo e Palmeiras, pelas oitavas da Copa do Brasil.
Para a revanche, decisiva, na próxima semana, dia 7 de agosto, no Allianz.
O principal personagem nestes confrontos pode até não atuar.
Trata-se de um reserva de luxo na Gávea.
E que fará 28 anos amanhã: Gabigol.
O atacante, que recebe R$ 1,5 milhão a cada 30 dias, terminará seu contrato em dezembro.
Ele já sabe que a direção do Flamengo, com o nada discreto aval de Tite, não quer a renovação.
Ainda mais pagando 8 milhões de euros, cerca de R$ 49,1 milhões, de luvas e R$ 2 milhões por mês.
Por cinco anos.
A direção rubro-negra soube do interesse do Palmeiras.
Para não passar à torcida e à imprensa a postura que não fez qualquer proposta, ofereceu um ano de renovação.
Ainda mais porque haverá eleição no final do ano.
Aumento de 50% nos seus salários.
Ou seja, ele passaria a ganhar R$ 2,25 milhões.
Nada de luvas.
O agente do jogador, Junior Pedroso, disse ‘não.’
Ele e o atacante entenderam que o Flamengo não o quer.
Abel Ferreira pediu para o executivo de futebol, Anderson Barros, conversar com a presidente Leila Pereira.
Ele quer o jogador, pensando no Mundial de 2025.
E o Palmeiras oficializou uma proposta de cinco anos como o atacante queria.
Há luvas e salários altos.
Mas os valores exatos são segredos de estado.
Gabigol teve a certeza que a idolatria da torcida não mudará a relação com a direção do Flamengo.
E nem com Tite.
Os dois têm uma relação apenas profissional.
Se cumprimentam, mas nada de longas conversas.
Não estivessem Palmeiras e Flamengo disputando a Copa do Brasil e a Libertadores, fora o Brasileiro, o momento seria ideal para o jogador negociar com a direção do clube paulista.
Mas, por uma questão de ética, Leila Pereira disse a Anderson Barros que a negociação só será retomada depois do torneio.
Para não tumultuar o clube rival.
“Seria um golpe baixo”, diz um conselheiro muito ligado à presidente, que repassou ao blog esta postura.
A proposta que Gabigol tem nas mãos do Palmeiras ‘é muito generosa’, garante esse conselheiro.
Por enquanto o atacante não quis assinar um pré-contrato.
Ele foi oferecido no início de junho.
O atacante já poderia acertar sua vida com outra equipe desde o dia 1º de julho.
Palmeiras e Flamengo também precisam evitar conflitos.
Já que estão juntos na Liga do Futebol Brasileiro, a Libra, entidade que definiu a transmissão dos seus jogos do Brasileiro, entre 2025 e 2029.
Por ética de Leila e melhor convivência entre os clubes, o assunto transferência de Gabigol para o Palmeiras está previsto para o fim da Libertadores e da Copa do Brasil.
A não ser que o atacante queira incendiar de vez o seu ambiente, que é quase de indiferença no Flamengo.
E entregue assinado o pré-contrato que seu empresário recebeu da direção palmeirense, em junho...
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O atacante participou das atividades com o grupo antes do jogo de ida nas oitavas de final da Copa do Brasil.
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