Péssima fase de Lucas Moura é aliada do São Paulo. Não há concorrência internacional. Clube oferece três anos para atacante
Empresários da principal liga dos Estados Unidos se desanimaram com a fraca atuação de Lucas nos últimos jogos. Treze jogos sem gol nem assistência. O São Paulo está sozinho no interesse. E propõe contrato de três anos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
São números decepcionantes.
Nas últimas 13 partidas, nenhum gol.
Pior, nenhuma participação em gols, nada de assistências.
Desempenho pífio.
Em 19 partidas, três gols.
Para piorar, uma fortíssima lesão no tornozelo direito o fez deixar o gramado do Mineirão, ontem, na derrota para o Atlético Mineiro.
O atacante de 31 anos e meio recebe R$ 1,2 milhão mensais, entre luvas e salários.
O quadro recente pode parecer desanimador.
Mas para a direção do São Paulo é exatamente o contrário.
De forma fria, o péssimo desempenho de Lucas Moura no fim desta temporada afasta a concorrência.
Empresários ligados ao futebol norte-americano já não conseguem convencer dirigentes da Major League Soccer de que vale apena investir no atacante.
Ele já não tinha mercado na Europa, ao deixar o Tottenham. Ele era reserva do reserva. Já fora até do banco de reservas, ele treinava com o time sub-21 da equipe inglesa.
O presidente Julio Casares é pragmático.
Está em um momento crucial em relação ao jogador.
Seu contrato termina no fim do ano.
E o dirigente sabe que Lucas Moura não terá uma proposta nem sequer parecida com a que está disposto a oferecer: três anos de contrato, com salário de R$ 1,5 milhão.
Ele o considera fundamental para o sonho da reconquista da Libertadores, em 2024.
Um obstáculo foi transposto.
A resistência da esposa, Larissa Saad.
Ela tinha forte resistência a voltar para o Brasil, alertada pelas ameaças de morte à família de Willian, pela torcida do Corinthians.
Mas a recepção no São Paulo foi excelente, ainda mais depois da conquista da Copa do Brasil, com participação direta de seu marido.
Depois dos primeiros jogos, quando marcou três gols, a queda de rendimento de Lucas surpreendeu.
Mas a Comissão Técnica, principalmente Dorival Junior, ameniza, pondo a culpa na temporada tumultuada no Tottenham, quando fez pouquíssimas partidas.
Dorival pediu a Casares a permanência de Lucas, que considera mais importante do que a de James Rodríguez, atleta colombiano que não está aceitando o fato de não ser titular absoluto. Contribuindo muito menos com o elenco do que o ídolo são-paulino que voltou ao Morumbi.
Lucas Moura tem pouquíssimas chances de enfrentar o Flamengo, quarta-feira, no Morumbi, na última partida do São Paulo no Brasileiro.
As férias já começam na quinta-feira.
Casares fez 88 dos novos 100 conselheiros do São Paulo.
A certeza de reeleição é absoluta, em 2024.
E ele quer Lucas Moura como um dos seus maiores cabos eleitorais.
A proposta está feita: três anos de contrato e R$ 1,5 milhão por mês.
A concorrência internacional desapareceu.
A fraca última fase da temporada é aliada de Casares.
A negociação, que era muito mais difícil, tem tudo para ser fechada...
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