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Cosme Rímoli - Blogs

Pesadelo de Endrick. Reserva absoluto no Real Madrid. Palmeiras tentou o empréstimo. Ancelotti disse ‘não’. Copa de 2026 vai ficando impossível

No planejamento do estafe de Endrick, não havia a previsão que o aprendizado com Carlo Ancelotti seria tão difícil. Caminho para a Copa depende de improvável reviravolta em 2025

Cosme Rímoli|Do R7

Endrick vive o pior momento na carreira. Tem de suportar passar por uma situação nunca vivida. Reserva absoluto no Real Madrid Site oficial do Real Madrid

A Seleção Brasileira terá dez partidas em 2025.

Seis pelas Eliminatórias Sul-Americanas.

E quatro amistosos.

Dorival Júnior já disse que esse ano será fundamental.


Nestes 12 meses formará o time e dará entrosamento para disputar a Copa de 2026.

Sabe que ele mesmo está ameaçado de não chegar como comandante nos Estados Unidos.


Precisa de resultados, vitórias.

Não haverá espaço para perda de tempo, testes.


Quem der resultados seguirá até o Mundial.

E, evidentemente, precisa estar jogando, e muito bem, no seu clube.

Não há lógica alguma em convocar um reserva absoluto, que muitas vezes é reserva do reserva.

A situação se encaixa perfeitamente em Endrick.

O sonho de ser contratado pelo Real Madrid virou um pesadelo.

Por conta da ansiedade, do planejamento extremamente otimista de seu estafe.

Por mais que Vinicius Júnior, hoje melhor jogador do mundo, tenha passado um período ainda pior, não anima o atacante brasileiro.

Os 18 anos do ex-jogador do Flamengo o levaram para o Real Castilla, equipe B do Real Madrid, que disputa a Segunda Divisão. Vinicius Júnior também ficou irritado, contrariado. Mas bastaram cinco partidas, quatro gols e uma assistência. E foi resgatado para o time principal, que era comandado por Zidane.

Foram seis anos de caminhada para que Vinicius Júnior ganhasse a importância e o reconhecimento que merece.

Cada jogador tem o seu temperamento, a sua personalidade.

Vinicius Júnior foi preparado para sair dos holofotes e ter de recuperar espaço, provar que merecia ser jogador e titular do Real Madrid.

De acordo com a imprensa espanhola, Endrick, não.

Foi contratado como se fosse já um atleta pronto para se encaixar em um ataque fulminante brasileiro.

Rodrygo, ele e Vinicius Júnior.

Só que o Real Madrid é o clube mais rico e mais importante do mundo.

O primeiro obstáculo e, por enquanto, intransponível, se chama Mbappé.

A maior estrela francesa enfrentou não só a direção do PSG como o presidente Emmanuel Macron que, humildemente, pediu para que não fosse jogar na Espanha.

À toa.

Mbappé foi atrás do seu sonho.

E se tornou dono da posição que deveria ser ocupada por Endrick.

Acrescente-se o onipresente Bellingham, jogador espetacular.

Produtivo, vibrante, técnico e inteligente, vindo da intermediária para o ataque.

Carlo Ancelotti acompanhou a reação do brasileiro.

Em vez de procurar entender o jogo coletivo do Real Madrid, se adaptar a ser uma peça útil à engrenagem, ele caiu na pior da tentação.

Tratar de mostrar talento sendo egoísta com a bola nos pés.

Foi o pior pecado para Ancelotti e mesmo os companheiros, todos estrelas internacionais.

O treinador italiano vê todo o potencial do ex-palmeirense, mas entende que ele precisa de um longo período de amadurecimento. Treinar muito com o time, perceber, aos meses, como é a movimentação de equipe, como Ancelotti vê sua importância no ataque. Mas de forma coletiva, muitas vezes correndo só para abrir espaço para outros jogadores.

Entendendo que não é mais privilegiado taticamente. Não vai atuar pelo espaço que se acostumou desde os tempos da base. Vai fazer o que é melhor para o time e não para ele.

O processo é muito mais demorado do que Endrick sonhava.

A começar porque ele não tem a habilidade de Vinicius Júnior, ou a visão de jogo, as arrancadas de Rodrygo. E muito menos a combinação disso tudo e o faro de artilheiro de Mbappé.

Fora Bellingham, capaz de ditar o ritmo do Real Madrid, do meio para o ataque.

Não há lugar para Endrick como titular.

Isso o afeta diretamente nos planos de disputar a Copa do Mundo de 2026.

Dorival deixou de convocá-lo contra Venezuela e Uruguai.

Não levaria um reserva.

O simbólico é que não houve reclamação por parte da imprensa.

Foi mais do que aceito o esquecimento.

Porque Endrick já havia se tornado reserva até na Seleção.

Sua transição para o futebol europeu, tão ensaiado, por seu estafe, tem sido frustrante.

Dorival não confia em Endrick nem na reserva da Seleção. Não vê lógica em chamar um suplente do Real Madrid RAFAEL RIBEIRO/CBF\r\r\r\r

Ele não faz questão alguma de disfarçar ao se encaminhar ao banco de reservas no Real Madrid.

Fotógrafos de agências internacionais se aproveitam e mostram o rosto de descontentamento do brasileiro.

De forma discreta, o Palmeiras sondou a direção do Real Madrid, sob a possibilidade de empréstimo.

E ouviu um sonoro ‘não’.

Carlo Ancelotti entende como esse período de amadurecimento ser fundamental para a carreira de Endrick.

Ele precisa entender a maneira ‘europeia’ de atuar.

O improviso é importante, mas depois que o atleta efetuar sua missão tática no jogo.

O Real Madrid tem psicólogo, o ex-jogador do Palmeiras tem coach.

Tem buscado se fortalecer mentalmente.

Até se conscientizando que, se não for à Copa do Mundo dos Estados Unidos, poderá atuar em outras.

O Real Madrid contrata as grandes revelações no mundo.

Ancelotti adapta a forma de trabalhar a cada uma.

E ele já deixou claro à imprensa espanhola que precisa de Endrick ‘amadurecido’.

O jovem atacante entrou em 15 partidas desde julho.

Marcou apenas dois gols.

E deu uma única assistência.

O site especialista em negociações de jogadores, o transfermarkt resume.

De 60 milhões de euros, R$ 384 milhões, agora vale 40 milhões de euros, cerca de R$ 256 milhões.

A queda foi brusca.

De acordo com o início da caminhada de Endrick na Europa.

Frustrante.

2025 será um ano fundamental para que desenvolva seu futebol.

Tendo muito paciência.

Mesmo correndo o sério risco de ficar de fora da Copa do Mundo.

Carlo Ancelotti cumpre a função que é pago.

Preparar os jogadores do Real Madrid.

Para que o clube tenha o time mais forte possível.

Alguns atletas serão sacrificados.

Esta é a vez de Endrick enfrentar o pior momento de sua trajetória.

Se sobreviver, como Vinicius Júnior e Rodrygo, um futuro brilhante o espera.

E vai valer a pena ter perdido a Copa de 2026...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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