Perdão a Yuri Alberto. E filho de Sócrates, para compensar Garro, por perder a 10, para Memphis. Corinthians conserta seus bastidores
Atacante, expulso contra o Palmeiras, é perdoado por Ramón Díaz e companheiros. E departamento de marketing apela para vídeo emocionante. Para tornar menos traumática possível a troca de numeração. Por contrato, Memphis tem direito à 10. Garro ficou com a 8
Cosme Rímoli|Do R7
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Está dando tudo certo para o Corinthians dentro do campo.
A derrota de ontem da Inter de Limeira, diante da Portuguesa, deixou o cenário aberto.
Líder absoluto do Paulista, basta um empate amanhã, contra o São Bernardo, em Itaquera.
E virá a classificação para as quartas-de-final do Paulista.
Situação que traz ainda mais confiança na disputa do título.
Além do conforto para iniciar sua trajetória na ‘Pré-Libertadores’, contra a Universidad Central, da Venezuela.
Mas para a caminhada seguir firme, Ramón Díaz teve de agir.
Primeiro com Yuri Alberto.
O treinador sabe o quanto depende dos gols do artilheiro.
E não pode ficar sem ele em campo.
Ainda mais da maneira com que foi expulso diante do Palmeiras.
O treinador gostou dos pedidos de desculpas públicas.
O que mostrou humildade.
Ramón, que teve uma carreira brilhante, principalmente no River Plate, fez questão de conversar com o jogador.
Assim como seu auxiliar, e filho, Emiliano.
Eles sabem que Yuri Alberto foi leal ao Corinthians.
Tinha proposta do West Ham e do Nottingham Forest.
E aceitou a posição do presidente Augusto Melo, que não quis vendê-lo e nem emprestá-lo.
O atacante de 23 anos é muito querido pela Comissão Técnica e pelos companheiros.
Por sua personalidade fraterna.
Memphis é o seu grande defensor e orientador.
Depois da conversa com Ramón, tudo esclarecido.
Yuri se sentiu até mais valorizado.
Ouviu o quanto o Corinthians precisa de sua artilharia.
Em compensação, evitará expulsões sem sentido, como foi contra o Palmeiras.
Por dois amarelos evitáveis.
O primeiro ao chutar a bandeirinha de escanteio com a imagem do rival.
E o segundo a simular falta, no meio de campo.
Quanto a Garro, a situação foi mais simples.
O jogador, que vem sendo preservado psicologicamente, por conta do acidente fatal, que se envolveu nas férias, teve de ceder sua camisa 10 a Memphis Depay.
Tanto que não fez nenhuma partida ainda em 2025.
Foi uma exigência por contrato, do holandês, ter a 10.
Isso aconteceu quando ele ainda nem conhecia ninguém no Corinthians.
Mas por uma questão que mistura marketing e aspecto pessoal, ele seguiu querendo a numeração.
Primeiro, houve a conversa entre o Memphis e o argentino, tudo ficou acertado.
Mas a direção corintiana não queria que houvesse qualquer traço de antipatia.
Ainda mais pelo momento vivido por Garro.
E criou um vídeo misturando o apoio da torcida com a aura de Sócrates.
Inteligentemente não se mostrou o argentino perdendo a 10.
Mas ganhando a 8.
E ela veio das mãos de Gustavo, filho de Sócrates.
A filmagem é emocionante.
Ganhou o nome de A Garro la Ocho.
Ou seja, ele agarra a oito...
O filme atinge o seu objetivo.
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Resolveu o que poderia ser um problema de egos.
Ramón Díaz teve a certeza, do próprio meia argentino, que não há problema algum.
Ele também gosta da 10, mas entendeu que ela tem de ser de Memphis.
O Corinthians saiu mais forte.
Tanto com o caso Yuri Alberto como com Garro.
E segue fazendo 2025 muito diferente de 2024...
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