Pênalti no último minuto salva o Grêmio. Santos foi muito melhor
Cuca travou a equipe de Renato Gaúcho. Vencia o jogo, com justiça. Até que uma bola cruzada aos 54 do 2º tempo bateu no braço de Vinicius Balieiro
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Cuca conseguia travar o Grêmio de Renato Gaúcho, em plena Porto Alegre.
Mesmo com um elenco mais limitado, sem Solteldo, diagnosticado com covid horas antes do jogo, o treinador fez o Santos superpovoar a intermediária, roubou espaço que os gaúchos desejavam ter.
Esbanjou contragolpes objetivos, velozes, fulminantes.
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E conseguiu marcar, aos 35 minutos do primeiro tempo, com uma falha de Vanderlei, saindo muito mal. Felipe Jonatan se aproveitou, cabeceou. E Kaio Jorge desviou para as redes.
A vitória seria sensacional e justa.
Se não houvesse um cruzamento para a área santista, aos 54 minutos do segundo tempo. O garoto Vinicius Balieiro demorou para recolher o braço. A bola tocou no seu antebraço.
O fraco árbitro paraguaio Juan Benitez marcou, depois de consultar o VAR.
Pênalti.
Diego Souza bateu no canto esquerdo, no alto, com convicção invejável.
"No meu ponto de vista, do campo, acho que não (foi pênalti). Ele não viu nem o replay direito, viu o lance de longe. Então acho que meteram a mão na gente ali", desabafava Kaio Jorge.
"O Santos achou o gol. O Grêmio tentou vencer o tempo todo. Se houvesse a derrota, o meu time já chegaria vivíssimo para decidir a vaga na Vila Belmiro. Com o empate, mais ainda", disse Renato Gaúcho.
As duas declarações foram dadas com emoção e sem consciência.
O Santos não 'achou' o gol. Fez uma excelente partida, travando as jogadas em velocidade pelo lado do Grêmio. Tirou o oxigênio da equipe gaúcha, com marcação forte a partir do seu meio-campo.
Cuca ainda teve seu trabalho facilitado, com o jogador mais determinante do Grêmio fora da partida, por contusão. Jean Pyerre, com desconforto na coxa direita, foi poupado para a partida decisiva, na próxima semana.
Marinho, no entanto, sentia muito a falta de Soteldo. Sem a habilidade e velocidade do venezuelano, o atacante ficou isolado, facilitando a marcação gremista. Talvez por ter fracassado no Grêmio, Marinho estava extremamente egoísta.
Renato, ao perceber a dificuldade de articular suas jogadas ofensivas, tratou de adiantar seu time. Mas o Santos seguiu muito consciente.
E saiu na frente do placar.
Aos 35 minutos, Vanderlei se precipitou, errou na saída e Felipe Jonatan conseguiu cabecear. E Kaio Jorge desviou, com o gol vazio. 1 a 0, Santos.
Os jogadores do Grêmio não conseguiram criar no primeiro tempo. E ficaram irritados, tensos e nervosos perdendo o jogo.
Na segunda etapa, Cuca seguiu controlando a partida. Travando o ímpeto gaúcho. Renato Gaúcho sabia que não poderia perder o jogo. E exigiu que seus jogadores passassem a chutar mais de fora da área e que buscassem a linha de fundo.
Os ataques em bloco gremistas encontravam a barreira santista muito bem armada.
E os contragolpes em velocidade quase ampliaram o placar.
O Santos de Cuca já saboreava a vitória, quando nos últimos minutos, os cruzamentos eram feitos em seguida sobre a área paulista.
A expulsão infantil de Pituca, tomando segundo cartão amarelo por agarrão, aos 46 minutos, já foi um preocupante indício.
Até que aos 54 minutos, Ferrerinha cruzou, a bola bateu no antebraço de Vinicius Balieiro. Pênalti para o Grêmio.
Diego Souza mostrou controle emocional.
E estufou as redes.
1 a 1.
Resultado excelente.
Para o Grêmio.
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