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Cosme Rímoli - Blogs

Para não ficar atrás dos rivais Palmeiras e Corinthians, São Paulo tenta ‘chapéu’ no Vasco. Negocia com bilionário mais rico que Textor e Leila

Muita gente estranhou a viagem do presidente Julio Casares para a Inglaterra. ‘Tratar de parcerias para a Liga do Futebol Brasileiro’, foi a desculpa. Mas ele foi negociar com Evangelos Marinakis, bilionário grego que estava para fechar SAF com o Vasco. Ofereceu parceria

Cosme Rímoli|Do R7

Evangelos Marinakis negociava há meses para assumir a SAF do Vasco. São Paulo tenta atravessar a parceria Nottingham Forest

R$ 21,5 bilhões.

Esse é o patrimônio de Evangelos Marinakis, segundo a revista Forbes.

Pela mesma publicação, John Textor tem R$ 12 bilhões.

A fortuna de Leila Pereira chega a R$ 8,5 bilhões.


O grego Marinakis é dono do Nottingham Forest, da Inglaterra, e do Olympiacos, da Grécia.

De família riquíssima, é dono da Capital Maritime Group.


Sua empresa controla uma frota de mais de cem navios: porta-aviões, petroleiros, porta-contêineres.

Também é dono do grupo Alter Ego Mídia


Os dois maiores jornais gregos e o segundo canal de tevê são dele.

Apaixonado por futebol, investiu R$ 500 milhões para ter o controle absoluto do Olympiakos, seu clube de coração.

Gastou de R$ 1 bilhão no Nottingham Forest.

Também assumiu o Rio Ave, de Portugal, por R$ 100 milhões.

Marinakis é muito centralizador. Midiático. Adora estar sob a luz dos holofotes. Aqui, comemora campeonato do Olympiacos

Estava mais do que adiantada a negociação com o Vasco.

Iria ser o dono da SAF do clube carioca, depois que a empresa 777 foi afastada do controle do futebol do clube.

O rompimento aconteceu na justiça, por conta de acusações de fraudes e irregularidades nos Estados Unidos e Bélgica.

A imprensa carioca dava a transação com o grego como fechada, desde outubro.

Só que em novembro aconteceu algo importante.

O ex-jogador e ex-coordenador da Seleção Brasileira, Edu Gaspar, foi contratado por Marinakis.

O bilionário queria uma avaliação profunda do potencial do Vasco.

E de outros clubes brasileiros.

E Edu Gaspar estava fazendo.

Foi quando o presidente Julio Casares soube da possibilidade de ter como parceiro o grego, que não havia ainda fechado qualquer acordo formal com o Vasco.

Os contatos aconteceram em segredo.

Vale destacar que Casares e a direção do São Paulo não aceitam que o clube vire SAF.

Querem que o futebol siga sob o controle de dirigentes formados no Morumbi.

Casares sabe que seu clube tem R$ 750 milhões em dívidas.

Foi pressionado para criar um grupo para controlar os gastos em 2025.

O teto para o futebol é de R$ 350 milhões, em todo próximo ano.

O que é ‘pouco’ na luta contra Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro e Atlético, que gastam perto do dobro.

Daí, o presidente do São Paulo propor parceria, não SAF, para Marinakis.

A princípio, ele compraria participação dos principais atletas da base de Cotia.

O negócio pode se expandir em relação aos jogadores profissionais.

Com a possibilidade do grego adquirir promessas talentosas da América do Sul.

E colocar para atuarem no São Paulo, como trampolim para a Europa.

Ou seja, reforços à custa da parceria.

Que se derem certo, vendidos valorizados, com os lucros divididos.

Há outras questões sendo discutidas com a modernização do Morumbi.

De acordo com conselheiros do clube paulista, Marinakis está muito mais encantado com o projeto do São Paulo do que com o Vasco.

A infraestrutura de Cotia, onde treinam os garotos do São Paulo, com oito campos, hotel, causou grande impacto.

Não está nada fechado.

Mas a negociação está muito adiantada.

No Vasco, o presidente Pedrinho disfarça.

Acabou o entusiasmo com o grego.

Diz que há cinco interessados na SAF do clube carioca.

Tudo indica que o São Paulo pode ter encontrado uma maneira de concorrer com Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro e Atlético.

Sem virar SAF, como prometia Casares...






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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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