Palmeiras irreconhecível. Venceu, mas sofreu na decisão da Recopa
Abel Ferreira colocou uma equipe espaçada, estática contra o Defensa y Justicia. Sua equipe decepcionou, foi encurralada. Mas venceu. Só precisa empatar no Brasil
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Cobrança de falta de Gustavo Scarpa, aos 28 minutos do segundo tempo.
E falha inaceitável do goleiro Unsain.
Foi o lance fundamental, que deu a vitória para o Palmeiras diante do Defensa y Justicia, na Argentina, por 2 a 1, no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana.
Na semana que vem, em Brasília, basta o empate para o clube paulista conquistar o título inédito.
E embolsar R$ 7 milhões.
O resultado tem de ser comemorado.
Mas o futebol do Palmeiras foi muito fraco.
Decepcionante.
Recuado, lento, espaçado.
Apático.
Acabou encurralado.
Desde o primeiro tempo, dando chutões para tirar a bola de perto da área.
Nem de longe parecia o campeão da Libertadores de 2020.

"Para nós é muito significativo, é um título que o clube não tem, é a chance de marcar nosso nome na história."
"Vamos em busca disso, quarta-feira será um jogo difícil, mas vamos em busca de seguir colocando nosso nome na história."
"O time deles é muito bom, defensivamente e ofensivamente, temos que tomar todos os cuidados, mas precisamos impor mais nosso ritmo de jogo. Não tem nada ganho."
Entre os clichês de Gustavo Scarpa após o jogo, a frase mais importante foi "precisamos impor mais nosso ritmo de jogo".
Exatamente isso, o Palmeiras abriu mão da iniciativa da partida.
Deixou para o time argentino.
Abel Ferreira, que tem feito ótimo trabalho, teve uma noite péssima.
Parece que ele não estudou o time de Sebastián Beccacece.
Embora tecnicamente tenha atletas muito menos técnicos, o campeão da Sul-Americana conseguiu trocar passes, pressionar, encurralar o Palmeiras.
Felipe Melo, Raphael Veiga e Zé Rafael estavam distantes, facilitando a penetração dos meias, a pressão argentina.
O Palmeiras saiu na frente, graças a um gol de Rony, aos 16 minutos do primeiro tempo, aproveitando a lentidão da dupla de zaga Frías e Mez.
Mas o Defensa y Justicia seguiu melhor, mais consciente, se aproveitando do espaço que tinha nas intermediárias.
O Palmeiras estava irreconhecível.

O empate veio só aos 12 do segundo tempo, quando Bou se antecipou na entrada da área e deu passe sensacional para Braian Romero, livre com Weverton, tocar no fundo das redes.
Os argentinos se animaram.
Queriam a virada.
Até mereciam.
Mas veio a falta para Gustavo Scarpa cobrar, aos 28 minutos do segundo tempo.
E o goleiro Unsain colaborar.
A partir daí, mesmo com jogadores mais leves, Patrick de Paula e Danilo.
E quatro laterais em campo: Marcos Rocha, Maike, Viña e Esteves, o time paulista segurou o resultado.

Atuando como time pequeno.
Com medo.
O Palmeiras venceu.
Mas se atuar da mesma maneira, no domingo, contra o Flamengo, em Brasília, pela Supercopa do Brasil, poderá ser até goleado.
Foi assustador o futebol do campeão da Libertadores na Argentina.
Culpa de Abel Ferreira...
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