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Palmeiras, bipolar. Vitória no Peru, com sofrimento desnecessário

O time de Abel Ferreira venceu. Mas transformou uma partida fácil em dramática. Pela expulsão infantil de Empereur. Sofreu, mas venceu por 3 a 2, o Universitário 

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O versátil Renan marcou o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo
O versátil Renan marcou o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo O versátil Renan marcou o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo

São Paulo, Brasil

O Palmeiras foi bipolar em Lima.

Era a estreia dos sonhos na Libertadores de 2021.

Enfrentava ontem o time mais fraco do seu grupo, o A, que conta com o Defensa y Justicia e ainda o Independiente del Valle.

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O time de Abel Ferreira tinha pela frente o Universitario. 

O português fez o que ameaça nos treinos fechados. Colocou o Palmeiras com três zagueiros, Luan, Gustavo Gómez e Alan Empereur; quatro homens no meio de campo, Marcos Rocha, Danilo, Patrick de Paula e Victor Luiz; Raphael Veiga fazendo a ligação, Rony e Luiz Adriano na frente. 

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Dominava a partida. Atuava com convicção, firmeza, com o time muito bem distribuído. Contra o adversário que tinha volúpia, mas que tinha problemas com a recomposição, deixava espaço entre os volantes e as laterais. 

O Palmeiras triangulava, criava, atacava em bloco e com muita velocidade.

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Abriu 2 a 0, com gols de Danilo e Raphael Veiga.

Tudo ia bem até os 18 minutos do segundo tempo, quando Empereur, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta dura, infantil, evitável em Novick.

Expulsão.

Algo que está se tornando comum no atual campeão da Libertadores.

Com um jogador a menos, Abel Ferreira tratou de colocar seu time mais recuado.

Danilo comemora o primeiro gol do jogo. Estava fácil, quando o Palmeiras atacava
Danilo comemora o primeiro gol do jogo. Estava fácil, quando o Palmeiras atacava Danilo comemora o primeiro gol do jogo. Estava fácil, quando o Palmeiras atacava

Deu o controle da partida para o Universitário.

E entre 19 e 22 minutos, o Palmeiras entrou em pane.

Foi a quinta expulsão em 16 jogos.

E ofereceu o empate aos peruanos. Gutiérrez marcou os dois gols. 

O Palmeiras não era nem sombra do time do primeiro tempo.

Estava mal, inseguro, passando sufoco.

Até mesmo Weverton estava em uma noite estranha.

Até que no último lance do jogo, Gustavo Scarpa bateu escanteio e o jovem Renan subiu firme de cabeça, para dar a vitória ao Palmeiras, aos 49 minutos de jogo. 3 a 2.

O Palmeiras ganhou, conseguiu os três pontos, mas fez uma partida altamente irregular.

Como era de se esperar, Abel Ferreira estava irritado nos vestiários.

E tratou de exagerar, tentar convencer os jornalistas que estava tudo ótimo. Porque não está.

"Até a expulsão fizemos um jogo extraordinário, um jogo com muito boa organização, com bola e equilíbrio, uma equipe que arriscou muito com as saídas pelos dois laterais, o Luan fez um grande jogo hoje, e o Alan que cometeu um erro, mas faz parte.

"Fizemos um grande jogo até a expulsão, com muita gente na área. Era o que queríamos. E o futebol é isso. Uma expulsão, dali nasce o gol, 2 a 1 e em cinco minutos o jogo muda."

Não foi extraordinário, fazia uma boa partida. Mas já não tinha tanto ímpeto e fôlego no segundo tempo. 

Empereur expulso. Mostrou que o desequilíbrio emocional do time é constante
Empereur expulso. Mostrou que o desequilíbrio emocional do time é constante Empereur expulso. Mostrou que o desequilíbrio emocional do time é constante

"O que é certo, é que estes jogadores são guerreiros, temos comido alguns limões ultimamente, mas vamos fazer deles limonadas, como hoje. Com a ajuda dos nossos jogadores do banco, um dos nossos capitães é o Felipe Melo, que puxou os jogadores, e o Rony puxou em campo, também.

"Quando acreditamos muito e atraímos aquilo que pensamos, pelo que foram os 90 minutos, teríamos de sair daqui com a vitória, porque falhamos muitos gols e era um jogo para ficar resolvido na primeira parte."

Abel evitou falar sobre a expulsão tola de Empereur.

E também do recuo que ordenou à equipe, o que fez renascer o Universitário no jogo.

Cartões vermelhos e recuo do Palmeiras, quando o time está em vantagem, estão se tornando rotina na equipe de Abel Ferreira.

Neste calendário absurdo, enfrenta amanhã ao Guarani, em Campinas.

Depois joga domingo contra o Mirassol, no Allianz, onde terça-feira, terá o Defensa y Justicia, clube que tomou a Recopa Sul-Americana, em Brasília.

Abel Ferreira comemorou a vitória.

Mas sabe que o Palmeiras perdeu o equilíbrio de meses atrás.

Principalmente emocional.

Se transformou em uma equipe bipolar...

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