Organizadas do Palmeiras usam nova arma contra Mattos: bananas
A campanha contra o executivo continua. Cachos de bananas, com a foto do presidente Galiotte, foram deixadas em frente à sua empresa, em Barueri
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Os chefes das principais organizadas do Palmeiras fizeram um pacto.
Assim que o clube foi eliminado da Libertadores, na noite de 27 de agosto, pelo Grêmio, em plena arena palmeirense, houve a decisão.
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Não descansar enquanto o executivo Alexandre Mattos não fosse demitido. É reservado a ele o fracasso na formação de grupos que custaram mais de R$ 210 milhões e não conquistaram o sonhado título.
Os chefes das organizadas não são apaixonados pela competição sul-americana, mas sim pelo que ele significa: o caminho para o Mundial de Clubes, torneio que tanto desperta ironia nos rivais.
"O Palmeiras não tem Mundial" já virou um mantra para os torcedores de outros clubes. Até mesmo os jogadores do Flamengo ironizaram a situação na comemoração da Libertadores de 2019.
E, desde então, a campanha contra o dirigente segue firme, como uma tortura chinesa.
Os torcedores sabem que Mattos, além de milionário, tem o repaldo jurídico do Palmeiras, assegurado pelo presidente Mauricio Galiotte. Qualquer ato de violência contra ele terá o peso da justiça.
Então, a decisão é humilhar o executivo.
Protestar 'pacificamente'.
Faixas de 'Mattos Ladrão' já foram espalhadas pelo Brasil. E seguirão sendo, garantem, em off, os torcedores.
Foi o que fizeram, levando a faixa, com direito à bateria da escola de samba, em frente ao luxuoso condomínio onde mora o dirigente. Além disso, enviaram flores à mulher de Mattos. Com a mensagem 'minha vida, meu amor'. Assinado MV, iniciais da torcida.
O executivo já acionou na justiça o presidente da Mancha, Alexandre Guerra. Seus advogados, em outubro, fizeram uma notificação para que ele explicasse o motivo de chamá-lo de 'ladrão'.
De nada adiantou, a campanha segue forte. O coro contra ele virou tradição nos jogos do Palmeiras.
É uma guerra psicológica.
Mauricio Galiotte resolveu enfrentar a situação. E garantir que não haverá troca alguma. Quem manda no Palmeiras e escolhe o executivo de futebol é ele.
E faz parte dos seus planos seguir com Mattos. Não só em 2020. Mas também em 2021.
Postura que chegou como desafio para a Mancha.
Galiotte também passou a ser atacado, com faixas e coro o classificando como 'banana'.
A situação extrapolou os estádios também em relação ao dirigente.
E ontem, as torcidas organizadas foram até a sede de sua empresa, em Barueri.
Colocaram as tradicionais faixas.
"Galiotte banana" e "Mattos ladrão".
E espalharam cachos de bananas na entrada da empresa.
Em cada uma delas, a foto de Galiotte.
Os torcedores fizeram questão de espalhar as fotos pelas redes sociais.
Há algo ainda mais surreal.
A grande apoiadora, e que tem o apoio de Galiotte na próxima eleição para presidente do Palmeiras, Leila Pereira, dona da Crefisa, está ao lado da Mancha Verde.
Não na campanha.
Mas no auxílio para o Carnaval de 2020.
Foi sua ajuda financeira que fez da escola campeã de São Paulo em 2019.
Leila garante que são situações diferentes.
E que apoia Galiotte em tudo que fizer no Palmeiras.
E segue com a Mancha Verde apenas no Carnaval.
As cúpulas das organizadas, inclusive da Mancha, garantem.
Seguirão pressionando Galiotte.
Não sossegarão enquanto ele não demitir Mattos...
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