O técnico do Corinthians é o de maior mordomia. Quatro auxilares
Nem na Seleção, Tite tem tantos profissionais para ajudá-lo. Osmar Loss e Coelho estão encostados. A situação é constrangedora, inexplicável
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Emilio Faro, Osmar Loss, Fábio Felix e Dyego Coelho.
Nenhuma equipe do Brasil conta com quatro auxiliares técnicos.
Nem Tite, na Seleção, pode se dar a esse luxo.
Só o Corinthians.
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Justo o clube que assumiu no último balanço, divulgado na semana passada, mais de R$ 500 milhões em dívidas, oferece para Jair Ventura, quatro funcionários subalternos.
O problema foi criado pela péssima avaliação de Andrés Sanchez. O presidente apostou que Osmar Loss estava pronto para comandar o futebol profissional. Ele acreditou que, se Fabio Carille saiu da base e conquistou o Brasileiro e dois Paulistas, o mesmo aconteceria com Loss.
Andrés já assumiu que acredita que o trabalho dos treinadores seja supervalorizado. Aposta que para um time ter sucesso, o segredo está nos jogadores.
Mas a realidade bateu à porta corintiana.
Nas mãos inexperientes e inseguras de Loss, vieram a eliminação da melhor competição de 2018, a Libertadores. Além da decadência no Brasileiro, com o time jogando cada vez pior. Veio o medo da queda também na lucrativa Copa do Brasil. Daí a contratação de Jair Ventura.
Só que que Andrés ficou constrangido em demitir Loss e também o ex-lateral Dyego Coelho, que também tirou da base, para trabalhar como auxiliar de Osmar. O clube chegou até a tirar Eduardo Barroca do comando do sub-20 do Botafogo para substituir Coelho.
Jair Ventura já deixou claro a Andrés. Não faria como Carille. Seu auxiliar de total confiança e entrosamento tem nome e sobrenome. Emilio Faro. É ele com quem define o plano de jogo. Com quem viaja nas partidas fora de São Paulo. E com quem divide o banco.
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Loss e Coelho passaram a ser auxiliares dos auxiliares. Dão, no máximo, palpites para Jair. Conversam com os jogadores, carregam material de treino. E só.
É um luxo constrangedor.
Para todos os envolvidos.
Loss e Coelho faziam ótimo trabalho na base.
Não pediram a promoção.
Mas Andrés Sanchez quis mostrar a força da estrutura do clube.
E se precipitou.
O Corinthians pagou com a Libertadores e a queda no Brasileiro.
Agora está segurando uma situação constrangedora.
Loss e Coelho estão colocados de lado por Jair Ventura.
Atitude completamente compreensível.
Não são próximos, não se conheciam.
Conselheiros já começam a ficar incomodados.
A situação é bizarra.
E o Corinthians é quem arca com o erro de Andrés.
Quatro salários de auxiliares de um treinador.
Inconcebível...
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