O Palmeiras humilhou o Atlético. Provou é o pior visitante do país
Contra o escancarado time de Fernando Diniz, o time teve uma vitória empolgante. Calou a Arena da Baixada. 3 a 1 foi pouco. Merecia ter goleado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
O Palmeiras humilhou o Atlético Paranaense. Fez o que quis em Curitiba.
Perdeu pelo menos quatro gols feitos. O time aberto, escancarado de Fernando Diniz foi o adversário ideal para a equipe com maior repertório no futebol brasileiro.
Confira a classificação e a tabela do Brasileirão
Mas que tem no contragolpe em velocidade seu prato predileto.
3 a 1 foi um placar humilde demais, diante da superioridade do time paulista.
A vitória foi significativa, empolgante.
E assustadora para os adversários que recebem o Palmeiras. É o visitante menos desejado. Atacá-lo, empurrado pela torcida, tem acabado, quase invariavelmente em suicído. Em toda a temporada acumula números incríveis. Chegou a 83% de aproveitamento fora dos seus domínios. São 11 vitórias, dois empates e uma derrota. Foi vice paulista. Tem a melhor campanha na Libertadores. E já assume a vice liderança no Brasileiro. Atrás do inconstante Flamengo.
"A gente se propõe a manter o zero no placar (jogando fora de casa). Mantendo o zero no placar, como visitante, faz você ir jogando a pressão para o adversário conforme o tempo vai rolando. Você vai tendo mais espaço para jogar, organizar suas ações ofensivas. Jogando como visitante, dificilmente a torcida vai permitir que a equipe adversária jogue recuada, aí vai surgir espaço para a gente.
"Jogando em casa a gente tem pressionado os adversários, tem feito bons jogos também, mas por vezes o sistema defensivo bem montado não permite que a gente consiga vencer. A estratégia jogando fora não difere muito de quando é em casa. Em casa precisamos propor o jogo, os espaços para o adversário vão aparecer, e algumas vezes podem ser bem prejudiciais", reconheceu Roger, deixando claro que, por ele, o Palmeiras só atuaria no campo adversário.
Leia também
Palmeiras faz 3 a 1 e quebra sequência invicta do Atlético-PR
Roger comemora boa campanha do Palmeiras como visitante
Resumo da rodada: Fla segue líder, Grêmio goleia e Barça segura Real
Roger confirma Thiago Santos no Palmeiras contra o Corinthians
Quais os horários dos jogos do Brasil na Copa do Mundo da Rússia
Com todo o elenco, com o time completo na Arena da Baixada, Roger Machado demonstrou que segue o caminho determinado pelo presidente Mauricio Galiotte. A prioridade é a busca do Campeonato Brasileiro. A Libertadores é desejada, cobiçada. Mas sem desperdiçar o torneio nacional que premia o time mais regular. E com o elenco invejável que possui, não há porque perder pontos para poupar atletas para a competição sul-americana. Não com a frequência que Grêmio, Cruzeiro e Corinthians precisam fazer, seus rivais diretos no torneio nacional.
Com tantas opções, Roger finalmente teve de enxergar que Moisés era mais útil taticamente do que o baladado Lucas Lima. O maior salário do clube não consegue impor todo o talento e a visão de jogo diferenciada que possui. Se nega a ser protagonista, aceita ser um coadjuvante de luxo, de atletas que não possuem a metade de sua técnica. E Borja é um fazedor de gols. Mas que faz o ataque palmeirense perder velocidade, fator primordial em jogos fora de sua arena.
A opção do Palmeiras era clara. E nem um pouco surpreendente. Marcar sob pressão. Todos os times de Fernando Diniz são obrigados pelo treinador a sair tocando bola. Ele proíbe chutões. O que dá a certeza aos atacantes e meio campistas adversários que um mero tiro de meta tem tudo para terminar com chance de gol. Porque os jogadores que Diniz até hoje treinou não tem 5% da qualidade técnica do Barcelona de Pep Guardiola, equipe que marcou sua vida para sempre.
Mas mal o Palmeiras começava a mostrar seu desenho tático, Moisés mostrou que é um ótimo jogador, mas fadado a enfrentar inúmeros problemas físicos. Bastaram seis minutos e uma distensão do músculo adutor da coxa esquerda o tirou da partida. Chance para Lucas Lima. Desafio, aliás. Hora de mostrar o quanto seria injustiça, ele fora do time. Só que no primeiro tempo, a velha apatia de um burocrata carimbador de bola o dominou.
O Atlético Paranaense quando conseguia sair da sua própria intermediária, crescia. O toque de bola rápido e insinuante, onde deve acontecer, da intermediária para a frente, causava problemas. O Palmeiras tinha dificuldade na marcação. E Jailson mostrou porque deixou Fernando Prass e Weverton como reservas conformado. É um dos melhores goleiros do país. Fez ótimas defesas em chutes fortes, da entrada da área. Felipe Melo e Bruno Henrique davam muito espaço aos meias do time paranaense. Segue uma injustiça latente Diogo Barbosa como titular na lateral e Victor Luis na reserva.
O jogo estava equilibrado, brigado, quando veio o lance que Roger mais desejava. O Palmeiras partir na frente no placar. Dudu cruzou, Keno, muito lúcido, ajeito para a chegada de surpresa de Bruno Henrique. O chute saiu fortíssimo, indefensável para Santos. 1 a 0, aos 43 minutos do primeito tempo.
O gol mudou toda a panorãmica do jogo.
Roger foi muito feliz ao compactar seu time e esperar o Atlético Paranaense se abrir, buscar o empate. Pressionado pela própria torcida. Acabou sendo uma festa para o Palmeiras. Bolas roubadas na intermediária encontrava o trio de zagueiros adversários adiantados, desnorteados. Lançamentos ou passes em profundidade nas diagonais, eram até covardia.
O sistema defensivo atleticano estava em pane, quando o Palmeiras apelou para uma jogada ensaiada após escanteio. Marcos Rocha ajeitou a bola para Dudu, o arremate saiu forte, no rebote, o próprio lateral direito estufou as redes. 2 a 0, Palmeiras, aos 14 minutos. Fernando Diniz mandou seu time ainda mais à frente.
Tivesse um pouco mais de concentração nos arremates, Lucas Lima, Dudu, Willian poderiam ter concretizado uma goleada. Tamanha a facilidade oferecida no jogo. Até que aos 39 minutos, Bruno Henrique roubou a bola de Guilherme, que tentou simular uma falta inexistente. A bola chegou a Hyoran, que começa a ter chances reais no time. Dele, o lançamento perfeito para o velocista Willian invadir a área e bater com raiva. 3 a 0, Palmeiras.
A boa torcida palmeirense em Curitiba começou a gritar olé. Os atleticanos nas arquibancadas se calavam. Aceitavam a superioridade adversária. Só se alegram quando, por pura falta de concentração de Diogo Barbosa, permitiu que Pablo descontasse aos 44 minutos. 3 a 1. Mas não havia fôlego ou disponsição para a comemoração.
O Atlético Paranaense era mais um a cair diante do Palmeiras.
R7 Esportes no Facebook. Curta a página!
Perdeu e tem de ficar satisfeito.
Escapou de uma goleada.
O time de Roger segue confiante na busca do título nacional.
Temido como o pior visitante do país.
E que terá uma prova de fogo no domingo.
Quando terá pela frente o Corinthians, no Itaquerão.
Time que ousou ficar no seu caminho e tirar o título paulista.
Será um jogo para provar se Roger Machado aprendeu com os erros.
E que a confusão da arbitragem disfarçou.
Ele perdeu o título mesmo tendo uma equipe muito mais forte.
Domingo que vem tem a chance de provar que foi falta de sorte.
Até porque jogará pela honra de Galiotte.
O presidente que garante que o título foi perdido para a arbitragem.
E não para o Corinthians...
Veja os reservas do Palmeiras que seriam titulares em outros times
A escolha é sua: quem vai ser campeão Brasileiro em 2018?
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.