São Paulo, Brasil
"O time que só dava chutão está na final e novamente está calando os críticos", desabafou Gabriel.
"Todo mundo falando que o Flamengo ia vencer por 3 a 0. Isso mexeu com o brio aqui. As coisas se decidem no campo", filosofou Jadson.
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"Como os próprios jogadores do Flamengo falaram lá no Rio, o time que só dá chutão criou, botou os caras na roda, fizemos dois gols e estamos na final", ironizava Léo Santos.
"Falaram tanto que o Flamengo era favorito. E agora? Deixe falarem", provocava Matheus Vital.
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"Modestia à parte, cabe ao treinador saber lançar, o momento de sim e não. Eu sofria críticas por não lançar o Rodrygo, ele foi ficando forte, e a qualidade técnica... Ele foi vendido em 22 jogos por 45 milhões de euros.
"Essa é a parte gratificante, lançar jovens, isso não tem preço. Pedrinho fez o gol e veio me abraçar. Boto na cabeça deles que tem a vaidade de ser titular, mas quem entra na partida é tão importante como os que iniciaram",dizia Jair Ventura, entusiasmado com o gol de Pedrinho, que garantiu a vitória do Corinthians, pós desmanche, por 2 a 1, o milionário elenco do Flamengo.
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E decidirá o título contra o Cruzeiro de Mano Menezes.
"Viemos de muitos títulos. Acaba acostumando a torcida, que quer ver bom futebol também. Corinthians é isso. Se não dá na técnica, dá na raça", comemorava Pedrinho, o autor do gol da vitória.
O Corinthians se impôs em casa. Ao contrário do que fez no Maracanã, quando jogou como time pequeno, para garantir o 0 a 0, Jair Ventura se aproveitou da pressão dos mais de 44 mil torcedores que lotaram o Itaquerão.
A postura francamente ofensiva surpreendeu Mauricio Barbieri. O Flamengo tinha um ritmo muito mais lento que o rival paulista.
E logo aos 13 minutos, Jadson descobriu Danilo Avelar sozinho na grande área. Everton Ribeiro não o acompanhou. E o lateral corintiano fez o gol, chutando na saída do desesperado goleiro Diego Alves.
A festa, no entanto, durou pouco.
Pará desceu para o ataque e bateu cruzado. A bola desviou em Henrique e surpreendeu Cássio. 1 a 1, aos 17 minutos. O jogo seguiu disputado, brigado. Com o Corinthians buscando a vitória na velocidade e mostrando uma equipe interessada em decidir logo a partida, trocando a técnica, que assumidamente não tem, pela vibração.
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O time teve um grave prejuízo com a saída de Fagner, contundido.
Perdeu força pela direita.
A partida ficou mais centralizada nas intermediárias, com mais briga pela bola do que emoção.
Decepcionante a participação de Diego, de Paquetá. Na verdade, o Flamengo tinha mais talento individual. Faltava conjunto. Os setores estavam distantes. E gana pela vitória.
Enquanto o Corinthians atuava assumindo o menor potencial com a bola nos pés.
Mas ganhava no coração e no pulmão.
O Flamengo tinha a posse de bola, mas faltava consciência aos seus jogadores. Vitinho voltou no lugar do apagado Diego. Os cariocas começavam a dominar as intermediárias, mas não chutava a gol.
Até que aos 22 minutos, Pedrinho substituiu o improdutivo, e cada vez mais confuso, Clayson. Um minuto bastou para a bola sobrar para o promissor garoto. O jogador de 20 anos deu um giro e bateu forte, seco, da entrada da área. Diego Alves quando viu, a bola já estava nas redes. 2 a 1. Golaço.
Perdendo, o Flamengo partiu de vez para o ataque.
O Corinthians queria os contragolpes.
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A partida ficou emocionante.
Com direito a um eorme suspense aos 47 minutos.
Trauco levanto a bola na área corintiana.
E Pará bateu forte, na trave.
A vitória foi corintiana.
O endividado clube de Andrés Sanchez sabe.
Se ganhar a Copa do Brasil serão R$ 50 milhões.
E vaga na Libertadores de 2019.
Se perder o título para o Cruzeiro serão R$ 20 milhões.
Dinheiro mais do quem bem-vindo no Corinthians.
O jogo deu muito mais moral para Jair Ventura.
Enquanto isso, Mauricio Barbieri sabe.
Não emplacará 2019 como treinador do Flamengo.
A pressão é que seja demitido ou volte a ser auxiliar ainda nesta quinta-feira...
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