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Cosme Rímoli - Blogs

O Corinthians teve, nas mãos, Estevão, jogador de R$ 358 milhões. Mas não o quis, por ser novo. Acabou no Palmeiras, na Seleção, no Chelsea

Gerente da base do Corinthians confessa. Recebeu a proposta para ter Estevão, que na época era chamado de ‘Messinho’. O pedido era apenas de alojar sua família. E pagar ajuda de custa. O dirigente disse não. Ele foi para o Cruzeiro. Está no Palmeiras, vendido ao Chelsea

Cosme Rímoli|Do R7

Estevão foi oferecido ao Corinthians. Mas clube não quis pagar moradia à família Cesar Greco/Palmeiras

O arrependimento está presente no tom de voz.

Desperdiçar um jogador de Seleção Brasileira, vendido pelo maior rival por R$ 358 milhões, é muito dolorido.

Essa é a sensação de Claudinei Muza, gerente-geral da base do Corinthians.

Ele confessou que jogou fora a chance de ter Estevão no Parque São Jorge.


A preferência da família do atacante, que nasceu em Franca, era que ele jogasse em Itaquera.

Mas não abria mão de acompanhá-lo.


Ou seja, queria que o clube desse ajuda de custo e bancasse a moradia dos familiares.

A resposta foi um sonoro ‘não’.


E ele acabou no Cruzeiro.

Depois, chegou ao Palmeiras, onde confirmou o talento que já sempre mostrou.

Acabou vendido, com 17 anos, ao Chelsea por R$ 358 milhões.

“Alguém me ligou em 2016. Na época, ainda tinha o DVD, me mandaram o DVD dele [Estêvão]. Ele era chamado de “Messinho”. Morador de Franca, a gente identificou qualidade, mas, para um menino de nove anos, é muito difícil”, tenta se desculpar Claudinei.

“A gente acabou não trazendo porque a gente tinha que trazer a família junto.

“Para se alojar, tirar um garoto da família, tem que ter mais de 14 anos completos. E ele tinha apenas nove. Acabou seguindo, depois foi para o Cruzeiro, apareceu no Palmeiras e hoje é uma realidade.”

O empresário de Estevão, André Cury, já disse que, o DVD de Estevão, já era impressionante.

Tanto que a direção do Cruzeiro o trouxe imediatamente para um período de testes.

E ele foi aprovado, sem questionamento.

Como está cada vez mais normal atletas a partir de nove, dez anos ‘pertencerem’ a clubes grandes do Brasil.

O clube mineiro só o perdeu porque a direção recebeu inúmeras denúncias de irregularidades na administração.

E acabou ficando sem o jogador.

Não ganhou um centavo com sua ida ao Palmeiras.

Estevão, que era chamado de Messinho, quando atuava na base do Cruzeiro. Saiu, sem render um centavo, para o Palmeiras Arquivo Pessoal

Onde chegou, com 14 anos.

Esse oferecimento ao Corinthians era tratado de forma sigilosa.

Por parte do estafe de Estêvão.

E, principalmente, no Corinthians.

Mas o gerente-geral da base deixou escapar a história no podcast ‘Pod Pé', de Marcelinho Carioca.

“Falem do Estêvão, que não vou dizer o que penso. Vou pedir à Leila para não vender este jogador. O pai, o empresário e ele vão ficar tristes. Deixem ele ficar conosco até 2027. Acho mesmo que este jogador é diferente de tudo que eu já vi. Um garoto que defende, ataca, se mostra para o jogo”, pediu, em vão, no início do ano.

Mas não houve como Leila Pereira resistir à proposta do Chelsea, R$ 358 milhões, em junho.

Nos bastidores do Palmeiras, domina o sentimento de arrependimento.

Se Leila tivesse esperado alguns meses, o valor do atacante poderia ser ainda maior.

Seu futebol não para de evoluir.

Inclusive sendo preferido no lugar de Endrick na última convocação para a Seleção.

“Estou muito feliz no Palmeiras, que é o lugar certo para mim”, diz Estêvão.

O garoto sabe muito bem: se não fosse por Claudinei Muza, estaria no Corinthians...







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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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