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Cosme Rímoli - Blogs

O Atlético superou o luto da Libertadores. E, quer, como nunca, o Brasileiro. Depois de 50 anos

Líder com 11 pontos de vantagem, o time de Cuca mostrou força psicológica para vencer o difícil Inter. Se desculpou com a torcida. E quer fazer do Brasileiro, depois de 50 anos, a compensação pela tristeza na Libertadores

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A emoção de Cuca. O Atlético superou o trauma da Libertadores. E quer, como nunca, o Brasileiro
A emoção de Cuca. O Atlético superou o trauma da Libertadores. E quer, como nunca, o Brasileiro

São Paulo, Brasil

Fim de jogo no Mineirão, ontem à noite.

O Atlético venceu o Internacional por 1 a 0, gol de Keno. 

E abriu 11 pontos de distância do Palmeiras, segundo colocado no Brasileiro.


Cuca reúne aos gritos seus jogadores no meio de campo.

E faz com que todos andem em direção à arquibancada e agradeçam ao apoio absoluto da torcida. Foi uma demonstração explícita e importante de confiança, depois da decepcionante eliminação da final da Libertadores para o Palmeiras, na terça-feira, no mesmo estádio, diante dos seus torcedores.


"Levei o time para dentro do campo para mostrar para o torcedor que ele está representando. E para mostrar para o jogador que ele também está representado. Esse elo tem que ir até o final, porque nós estamos jogando com espírito, com alma, com determinação, com o coração, com tudo", disse o treinador.

Por mais que a equipe atleticana estivesse disparada, como primeiro colocada no Brasileiro, Cuca tinha medo do jogo de ontem à noite. Pelo peso psicológico, de ser a partida logo após a maior desilusão de 2021.


Por isso, sua empolgação no gol de Keno, correndo como um alucinado. E ao final do confronto, vibrando ainda mais.

"É uma vitória que tira um peso enorme, porque é um jogo, quer queira, quer não, de acerto de contas. O Brasil inteiro está vendo, quer ver como o Galo vai reagir à eliminação da Libertadores. Se você tem um tropeço, todo mundo fala: pronto, vai afundar e vai ser difícil se levantar."

E o Atlético se levantou. Cuca fez questão de exigir dos jogadores a reação em retribuição aos torcedores e também não perderem o foco da importância do Brasileiro.

É um título que o clube tem verdadeira obsessão.

Faz exatamente 50 anos que não o conquista. Venceu a primeira vez que foi disputado, em 1971. Há a chance do milionário elenco conseguir fazer história. E retomar a hegemonia do país.

Mas Cuca segue magoado, sentindo a dor da eliminação para o Palmeiras. Ele também não está conformado com a eliminação na Libertadores, com o time invicto.

"A gente tem a melhor campanha na Libertadores, uma invencibilidade, e você é eliminado dentro dos critérios da competição. Você é posto em cheque quatro dias depois. O emocional não vai estar tranquilo, vai estar instável. Não é abalado. É instável. E não só o do jogador, mas do torcedor também. O jogo começou com a torcida pedindo raça para o time. E geralmente isso acontece quando ela não está plenamente satisfeita."

Mas o Atlético Mineiro deu a melhor resposta.

Até pelo momento que o Internacional vive.

“O Inter tem 51% de aproveitamento nos jogos fora de casa. É um visitante indigesto, um time muito maduro, super experiente, ‘cascudo’, ruim de jogar contra. Eles têm posicionamento correto e têm velocidade pelos lados e por dentro, difícil marcar.

"E estavam há oito jogos sem perder, muitos jogos sem tomar gols. Então foi um jogo dificílimo para nós, eu não tenho dúvidas que essa, até hoje no Campeonato Brasileiro, foi a vitória mais importante que nós tivemos", disse, emocionado, Cuca.

Restam 16 partidas no Brasileiro e o time é semifinalista da Copa do Brasil, título que o clube não conquista há sete anos.

Keno celebra não só o gol. Mas a ressurreição do Atlético. O luto acabou
Keno celebra não só o gol. Mas a ressurreição do Atlético. O luto acabou

São grandes compensações para a tristeza da eliminação na semifinal da Libertadores.

Mas o primeiro jogo exigia superação.

E, principalmente, força psicológica.

O Atlético mostrou a si mesmo.

Está pronto para enxugar as lágrimas pela eliminação para o Palmeiras.

Como o blog revelou, nem Cuca ou os jogadores acreditam na tola reivindicação da diretoria à Conmebol, por anulação da partida por invasão de Deyverson. Sabem que tiveram dois jogos para vencer um adversário inferior tecnicamente e não conseguiram.

O foco, a resposta é ganhar o Brasileiro, acabar com a desilusão de 50 anos.

E dar a vida também na Copa do Brasil.

O Atlético se olhou no espelho e viu que continua fortíssimo.

Principalmente porque o time foi montado nesta temporada.

Já faz campanha histórica.

Com favoritismo no Brasileiro pelos pontos de vantagem que conseguiu.

Mesmo se o Flamengo vencer suas duas partidas atrasadas, chegará a cinco de distância.

E o Palmeiras ganhar o jogo a menos, ficará com oito pontos.

Cuca sabe.

O título está nas mãos atleticanas.

Da equipe que custou R$ 180 milhões para ser montada.

E, jogando cada uma das 16 partidas que restam como se fosse uma final, o Brasileiro de 2021 tme tudo para ser muito feliz.

Como foi o inesquecível de 1971.

O luto teve de acabar...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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