Neymar não está morto. Só fracassou na Champions, de novo
A promessa de Neymar foi vazia. O Manchester City de Guardiola se impôs na Inglaterra. 2 a 0. Está na final da Champions
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Vou trazer essa vitória de qualquer jeito."
"Nem que seja morto."
Mais uma promessa vazia na carreira de Neymar.
Graças aos céus, ele não saiu morto.
Pela quarta vez, o jogador frustrou a direção do PSG e não conseguiu o título da Champions League.
Neymar, que queria tanto a responsabilidade de ser protagonista, tinha o o palco pronto.
Mbappé, com quem divide o estrelato do PSG, nem entrou em campo. Não conseguiu se recuperar de contusão na panturrilha direita.
Mas o brasileiro nada fez.
Perdido na intensa marcação inglesa. Em um gramado prejudicado pela neve, ele teve toda a liberdade de Mauricio Pochettino. Mas foi improdutivo. Sem sequência nas jogadas, sem força física para se livrar da impressionante concentração dos jogadores do City na intermediária.
Neymar foi enorme decepção.
Hoje foi ainda pior do que no torneio de 2020.
Não houve a expectativa de chegar à final.
Na Inglaterra, o PSG caiu diante do Manchester City, de Pep Guardiola.
Derrota por 2 a 0, gols do argelino Mahrez.
Em Paris já havia sido derrotado por 2 a 1.
O catalão levou pela primeira vez o time inglês para a final da Champions.
A proposta do City era clara.
Nada de pensar na vantagem que havia conseguido na França.
Guardiola colocou seu time como um exército de azul claro. Compacto, marcando na frente, sem deixar o PSG ter o mínimo espaço para sair jogando.
A entrada surpreendente de Fernandinho foi fundamental.
E assim, engoliu, expôs o quanto sua visão tática é diferenciada. O PSG não teve como reagir. As jogadas individuais de Neymar não tinham sequência por não encontrar espaço, pela distribuição impressionante do City.
O desespero do PSG começou logo aos dez minutos, quando Ederson deu um excelente lançamento para Zinchenko. Ele avançou pela esquerda, ajeitou para De Bruyne. Ele bateu forte, a bola bateu em Florenzi. E sobrou para Mahrez, que empurrou para as redes. 1 a 0, City.
O time francês passava a ter de fazer três gols para eliminar os ingleses.
A resposta quase veio em uma bobeada da zaga, quando Di María cruzou e Marquinhos cabeceou no travessão, aos 16 minutos.
Haveria outra chance, aos 18 minutos, com Di María, que roubou a bola de Bernardo Silva, com Ederson fora do gol. Mas o chute foi para fora.
Depois, o City se acertou. Encaixou a marcação. Fernandinho fez ótima partida. Orientando a fortíssima marcação.
O PSG acabou exposto como equipe espaçada, insegura e não conseguiu sequer competir. Não conseguia penetração, tabelas, dribles.
O time foi ficando cada vez mais frustrado, nervoso.
No segundo tempo, tudo iria piorar, com o City ainda mais dono do jogo. Ditando o ritmo da partida.
O destino dos dois clubes seria selado aos 17 minutos. O Manchester City acertou um contragolpe maravilhoso. Foden tabelou com De Bruyne, avançou pela esquerda. Terminando a jogada ensaiada, cruzando rasteiro para Mahrez, que já sabia onde iria a bola, marcar seu segundo gol. 2 a 0, City.
Neymar continuou sumido, improdutivo.
Para piorar tudo de vez, Di María ainda resolveu dar um pisão em Fernandinho. E foi expulso, aos 23 minutos.
O jogo estava decidido.
O Manchester City chega pela primeira vez à decisão.
Com toda a justiça.
Invicto.
24 gols marcados.
Apenas cinco sofridos.
Neymar será cobrado pelo que falou.
E não jogou.
Fracassou pela quarta vez na Champions.
Também pode esquecer o sonho de ser melhor do mundo em 2021.
Seguirá frustrado.
Não morto, ainda bem...
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