Neymar mudou com o fracasso na Copa. Piorou
O jogador mais caro do mundo dá nova demonstração de estrelismo no retorno à Seleção. Se comporta como uma celebridade. Triste dependência
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Era enorme a expectativa em relação a Neymar.
Dezenas de repórteres que estão nos Estados Unidos para cobrir os amistosos do Brasil contra os Estados Unidos e El Salvador estavam ansiosos. Fizeram plantão em frente ao luxuoso hotel da Seleção esperando pelo jogador mais caro do mundo.
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Havia a certeza de que ele teria amadurecido depois da enorme decepção que foi a campanha da Seleção na Copa do Mundo de 2018. E cujo reflexo imediato foi o brasileiro ter virado motivo de piada mundial.
Em seguida, ficou fora da lista dos dez maiores do mundo. Golpe fortíssimo no ego de quem tanto deseja ser o primeiro, que virou as costas ao Barcelona e foi jogar no PSG, com pouco competitivo Campeonato Francês.
Depois, Neymar colocou a cabeça na guilhotina ao ler um artificial e pago pedidos de desculpas, bancado pela Gillette. Outro vexame inesquecível.
A Pluri Consultoria já havia deixado claro que sua desvalorização após o Mundial era palpável. Cerca de 11% a menos do que valia no mercado antes de começar a Copa do Mundo.
Suas simulações fizeram com que torcedores e conselheiros pressionassem Florentino Perez, presidente do Real Madrid. Sua compra foi esquecida.
A saída de Neymar foi seguir no PSG.
E já como coadjuvante.
O protagonista da equipe é excelente atacante Mbappé.
Francês e campeão do mundo.
Por tudo que viveu, se esperava um Neymar diferente em Nova Jersey, cidade grudada em Nova Iorque.
Mas não foi o que aconteceu.
Neymar fez questão de aparecer o mais espalhafatoso possível.
De agasalho amarelo canário.
E tênis Nike multicolorido, com seu nome.
De óculos escuros, deu autógrafo, posando para fotos.
E desprezou os repórteres brasileiros.
Ou seja, nada mudou.
A caminho dos 27 anos, Neymar age como se tivesse 18.
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E Tite confirmou.
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Confia mais do que nunca no jogador na reconstrução da Seleção.
Seguirá sendo seu líder.
Mas terá uma grande dificuldade pela frente. Não bastasse o ego do jogador, ele se adaptou e está feliz em jogar como meia, atuando na intermediária ofensiva, pelo centro, no PSG.
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Tite o adora aberto, na esquerda.
E agora?
A situação é constrangedora.
Não adiantou nada o fracasso da Copa da Rússia.
Neymar não age como um jogador de futebol da Seleção.
Um líder técnico que deveria priorizar o coletivo.
Não, quer o máximo de holofotes para ele.
Até na maneira exótica de se vestir.
Se considera uma celebridade.
A quem o pais precisa honrar, ficando de joelhos.
Agradecendo ao céus por Neymar ter nascido aqui.
Triste recomeço da Seleção pentacampeã do mundo.
O jogador do PSG tem razão.
O Brasil não merece Neymar...
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