Narcisista, Rogério Ceni responde a Abel Ferreira. 'Segunda vez que tenho sorte contra ele.' Feliz por eliminar o 'campeão da América'
Técnico do São Paulo tratou de desprezar a declaração do técnico do Palmeiras de que seu time teve sorte em eliminar o rival. Lembrou que ganhou outro título de Abel. O da Recopa Sul-Americana, com o Flamengo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
![O orgulho de Ceni de ter eliminado o Palmeiras no Allianz](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/3LAQDUGP3FJYVAP537RNJPYQ2E.jpg?auth=4a20e390eefe65fb83c5f8ebd1fa255a8f0f51ddaaa7f9434266ab9e9a766f6b&width=271&height=186)
São Paulo, Brasil
Rogério Ceni, com a personalidade narcisista que possui, jamais deixaria Abel Ferreira sem resposta depois de eliminar o Palmeiras, do treinador português, da Copa do Brasil em pleno Allianz Parque.
Abel deixou claro que seu time merecia a classificação para as quartas da Copa do Brasil. E que a sorte ajudou o São Paulo. Além de destacar que o São Paulo esteve perdido em campo por conta de sua escalação. Nos primeiros 13 minutos, o Palmeiras vencia o jogo por 2 a 0.
"Foi a segunda vez que tenho sorte contra ele, né? No Flamengo, fomos campeões da Recopa contra ele. Foi sorte também", ironizou Ceni, relembrando a conquista da Recopa Sul-Americana em 2021, quando treinava o Flamengo.
O técnico do São Paulo estava especialmente vingado.
A derrota para o Palmeiras na final do Paulista, por 4 a 0, o deixou extremamente humilhado.
A ponto de não ir à festa da Federação Paulista de Futebol para receber o prêmio de "melhor treinador do campeonato". Teve o bom senso de evitar uma situação mais do que constrangedora.
Embora mantenha boa relação com Abel Ferreira, Ceni sabe quanto significa a rivalidade entre São Paulo e Palmeiras. E como seu clube precisava da classificação para as quartas. Até como injeção de confiança no Brasileiro, no qual ocupa apenas a sétima colocação. E também na Copa Sul-Americana, em que terá pela frente o Ceará, nas quartas.
"Acho que no futebol, quando se perde o pessoal fala que tem sorte, quando perde é incompetente. Eu vejo que meu time briga por cada palmo do campo. Naqueles primeiros 13 minutos, o Dudu veio pela esquerda, no aquecimento vi que viria diferente. Sabíamos que tinha mudança pela ausência do Rony. A gente tinha que jogar com sobra porque o Dudu, no um contra um, é muito bom. A gente deixou o Diego muito no mano a mano. A gente tentou uma sobra do lado do Dudu. Depois do gol a gente continuou jogando, isso foi legal.
![Igor Gomes mostra euforia no pênalti que garantiu a sobrevivência na Copa do Brasil](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/BJURQJ76X5PIBF5D6BSUS5SKXM.jpg?auth=48591c85042ccb8fdbd93100fa18bd481506c9086df106ecd78800b8c9ec4796&width=1500&height=1017)
"Os pênaltis eu coloco o emocional. Acho que de se destacar é o time não desistir do jogo. Talvez a maior virtude do dia de hoje [ontem]. Aqui é sempre difícil. Além da bela equipe, o gramado rápido e é um grande time. Talvez o futebol mais envolvente do Brasil", elogiava, inteligente, Ceni, valorizando o rival derrotado.
"Eles tiveram a chance de definir a partida. Futebol é isso, mas aqui é o São Paulo da Floresta, onde a moeda cai de pé. Hoje eliminamos o atual campeão da América, é um mérito."
Rogério Ceni citou o Campeonato Paulista de 1943. Na reunião que definiria os jogos finais, um dirigente teria brincado que seria melhor jogar uma moeda para o alto. Se desse cara, o campeão seria o Corinthians. Se desse coroa, seria o Palmeiras. O São Paulo? "Só se a moeda caísse em pé", teria brincado. E o São Paulo surpreendeu, ganhando o título. Daí a origem da história da "moeda em pé", relacionada ao clube do Morumbi.
Mas Ceni tinha mais do que comemorar a eliminação do Palmeiras.
Ele teve seu contrato prorrogado, com poderes de manager. Ou seja, tudo o que acontecerá no futebol do São Paulo até o fim de 2023 deverá ter sua aprovação.
"Eu fico feliz da continuidade, um clube em que gosto de trabalhar, um clube em que vivi a vida toda, sei de todas as dificuldades. Não chegaram todos os jogadores que a gente queria, mas fico feliz com o que estão dando para a gente. Gosto de trabalhar com a base. Um clube que tem muitos juros para pagar e cada venda da base paga os juros. Eu trabalhei minha vida toda aqui, gosto de desafios, agradeço ao presidente a confiança. É bom para ele também", disse.
"Eu penso no próximo jogo, estamos em três competições. Acho, sinceramente, difícil a gente ter elenco para isso. Acho bem difícil levar o São Paulo a títulos. Mas brigar, pelo jogo de hoje, a gente vai tentar fazer o São Paulo competitivo e voltar a estar lá na frente", completou.
Ceni sempre soube como valorizar seu trabalho.
Desde os tempos de jogador.
E de maior ídolo da história do São Paulo.
O clube da "moeda em pé", como provou mais uma vez no Allianz Parque.
Eliminando o eterno rival Palmeiras...
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