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Na derrota para o Athletico, de Felipão, o desespero de Abel,pela falta de um artilheiro.'Chutamos 35 bolas a gol e não marcamos'

Palmeiras perdeu para o Athletico em pleno Allianz Parque por 2 a 0. E viu sua liderança ameaçada. O time de Felipão e o Atlético Mineiro estão só a dois pontos de distância

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Felipão comemora a vitória diante do líder Palmeiras, em pleno Allianz Parque.
Felipão comemora a vitória diante do líder Palmeiras, em pleno Allianz Parque. Felipão comemora a vitória diante do líder Palmeiras, em pleno Allianz Parque.

São Paulo, Brasil

Toda a reverência de Abel Ferreira a Felipão antes da partida se foi.

A derrota para o Athletico Paranaense, por 2 a 0, em pleno Allianz lotado foi um golpe duro demais para o treinador português.

Ele tinha certeza que conseguiria a vitória não só pelo treinador que teve inesquecíveis passagens pelo Palmeiras. Mas como faria seu time disparar em primeiro do Brasileiro.

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Mas perdeu e viu o próprio Athletico Paranaense, e o rival Atlético Mineiro, ficarem apenas a dois pontos, na vice liderança.

Sua aposta de colocar os jogadores principais acabou sendo um grande fracasso. Scolari soube como neutralizar, anular o principal articulador Raphael Veiga. E, sobrecarregado na armação dos ataques, Gustavo Scarpa até conseguiu boas jogadas. Mas Veron e Navarro mostraram o quanto o clube precisava de finalizadores. Por isso, o argentino José Manuel López e o uruguaio Miguel Merentiel foram contratados.

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Os contragolpes articulados em velocidade, por Felipão, foram importantes. Mas a atuação do garoto Vitor Roque, de 17 anos, mostrou porque já é a maior revelação deste Brasileiro. Marcou o primeiro gol e apavorava os palmeirenses quando arrancava com a bola dominada.

O Palmeiras de Abel Ferreira lutou muito, mas o Athletico de Felipão, que chegou à quinta vitória consecutiva e não perde há 13 jogos, muito mais consciente, objetivo, mereceu vencer.

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"Era a chance que a gente tinha para dar uma desgarrada dos times que vêm atrás. Mas a equipe fez um bom jogo. A gente errou muito passe. No final do jogo demos uma desorganizada, coisa que não pode acontecer. Finalizamos muito, mas não dentro do gol", lastimava Dudu.

Abel estava possesso. Não acreditava que seu time tivesse chutado tanto a gol. E não marcado. Teve coragem e destacou a afobação inacreditável do seu time, que não teve competência para transformar as chances em gols.

Palmeiras chutou 35 bolas a gol. Mas a enorme maioria, com muita precipitação, com afobação
Palmeiras chutou 35 bolas a gol. Mas a enorme maioria, com muita precipitação, com afobação Palmeiras chutou 35 bolas a gol. Mas a enorme maioria, com muita precipitação, com afobação

"Quantas finalizações fizemos? Trinta e cinco. Então não vamos falar mais nada, vamos falar que temos que ser mais eficientes, temos que assumir isso. Temos que ser mais concentrados, menos afobados, mas criamos oportunidades suficientes para vencer o adversário. Vi as chances que criamos, chances cara a cara, então não vamos falar de Dudu, da tática, vamos ser claros e objetivos. Quantas vezes finalizamos? Trinta e cinco!"

Merentiel e José Manuel López só poderão jogar a partir do dia 18, quando abre a janela de transferências do Exterior.

O técnico palmeirense demonstrou dois sentimentos em relação a Felipão. O primeiro foi de carinho pelo que fez pela Seleção Portuguesa. Ele chegou a ser convocado pelo técnico, em 2008.

"Se o mundo tivesse pessoas como ele, isso estaria muito melhor. O abraço primeiro foi de gratidão, primeiro como jogador, e segundo como treinador, pois acho extremamente competente. Foi o último treinador campeão do mundo pelo Brasil, jogando dessa maneira, e bem.

"É um treinador que conhece o futebol brasileiro, sabe bem como é que se ganha. Muita gratidão como jogador, treinador e português que sou. Foi uma pessoa que mudou mentalidades sobre o torcer pela seleção. Nunca vou esquecer da bandeirinha, que ele fez todos os portugueses colocarem em suas casas para torcer. Foi gratidão e dar os parabéns, foi melhor na eficiência. Juntam-se as duas coisas, o homem e o profissional que ele é."

Mas Abel não assumiu ter sido derrotado por Felipão.

"Eu não jogo contra ninguém, meu tempo de jogador já acabou. Foi o Palmeiras contra o Athletico. Um jogo normal dentro do que esperávamos. Uma equipe eficiente e feliz, com um goleiro que foi extremamente competente.

Raphael Veiga foi anulado pela marcação organizada por Felipão. Acabou até substituído
Raphael Veiga foi anulado pela marcação organizada por Felipão. Acabou até substituído Raphael Veiga foi anulado pela marcação organizada por Felipão. Acabou até substituído

"Parabéns ao Athletico pelo jogo que fez. Soube sofrer, teve a estrelinha do jogo, como costumo dizer. Foram felizes até na forma como o pênalti surgiu, que foi, ponto. Dar parabéns aos adversários. Não adianta chutar dez vezes e não fazer, enquanto o adversário chuta um e faz. Foram mais eficientes."

Abel não é de crucificar jogadores em público. Até porque sabe que precisa contar com seus jogadores motivados. O Palmeiras enfrentará na sequência o Cerro Porteño, pela Libertadores, na terça-feira. E, no domingo, o Fortaleza, no Ceará, pelo Brasileiro.

Nestes jogos não adiantará chorar.

Não terá Merentiel e José Manuel López.

Suas 'soluções' serão Navarro, Veron e Rony, improvisado...

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