Medo do Olimpia e desastrosa venda de Luiz Henrique. Fluminense fora da Libertadores
Semana com erros gravíssimos que custaram a eliminação na Libertadores. Anúncio de venda de Luiz Henrique. E retranca absurda de Abel no Paraguai. Derrota por 2 a 0. E nos pênaltis. Olimpia classificado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"Não podemos cometer a bobagem de viajar acreditando que vamos administrar a vantagem, pois o Olimpia sabe variar a sua forma de jogar. Nós vamos precisar agredir o adversário."
Essa foi a promessa de Abel Braga na véspera da partida decisiva de ontem, em Assunção, no Defensores del Chaco.
O experiente treinador de 69 anos, que já foi campeão mundial de clubes, sabia que tudo o que não poderia fazer era deixar seu time retrancado, tentando apenas se aproveitar da vantagem de 3 a 1, conquistada no Maracanã.
Mas foi exatamente o que fez.
Com as linhas baixas, o Fluminense entrou retrancado, sonhando com contragolpes. Mas seus jogadores estavam recuados demais. A postura amedrontada tirou a confiança do time carioca e encheu de coragem os paraguaios. Com direito à troca do atacante Cano pelo zagueiro Luccas Claro.
O resultado foi a dolorosa derrota por 2 a 0, gols de Recalde e Paiva, aos 43 minutos do segundo tempo. David Braz ainda salvou uma bola em cima da linha que poderia determinar a eliminação durante o jogo.
O Fluminense, que estava empolgando o país com planos ambiciosos de lutar pelo título da Libertadores, foi eliminado na "pré". Não conseguiu sequer chegar à fase de grupos.
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"Nós jogamos mais retraídos justamente por isso [buscando os contragolpes]. Não se pode esquecer que, mesmo com vantagem, entramos com três atacantes de velocidade. Jogadores que tiveram várias vezes o contra-ataque, mas não estavam em uma noite feliz."
"Sobrecarregou demais os dois volantes."
"Mas, sinceramente, não dá pra entender muito. A desolação é muito grande. Foram gols sofridos que treinamos muito de quarta pra cá, porque sabíamos que era a forma que usam", disse Abel, na madrugada de hoje, após a eliminação.
De nada adiantou ter escalado Luiz Henrique, Cano e Arias se deixou o trio recuado demais.
Abel tem enorme responsabilidade na eliminação.
Mas ela precisa ser dividida com a diretoria.

O Fluminense tem dívidas de mais de R$ 700 milhões, assumidas pelo próprio presidente Mario Bittencourt. Deve o salário de fevereiro e parte do décimo terceiro. Tem dívidas prementes de cerca de R$ 98 milhões, inclusive em transações internacionais, que podem causar punição da Fifa, proibindo o clube de contratar.
Mas o grande erro foi anunciar a venda de sua principal revelação, o atacante Luiz Henrique, ao Bétis, da Espanha, no sábado passado, quando o clube vivia seu momento de empolgação pela vitória no Maracanã diante do Olimpia.
A venda foi precipitada, por um valor baixo, diante do potencial do jogador. Por 85% dos direitos, o Fluminense tem garantidos 9 milhões de euros, cerca de R$ 50 milhões. Se ele conseguir atingir algumas metas, como número de partidas disputadas, o valor poderá chegar a 13 milhões de euros, cerca de R$ 73 milhões.
Foi decepcionante a confirmação da transação às vésperas de um jogo fundamental como o de ontem.
Com a eliminação, o Fluminense deixa de receber 3 milhões de dólares, cerca de R$ 15 milhões, para chegar à fase de grupos da Libertadores.
Vai disputar, como consolação, a Copa Sul-Americana. Para isso, ganhará 900 mil dólares, cerca de R$ 4,3 milhões.
Em menos de uma semana, o que era empolgação virou tristeza.
"Estamos desolados", desabafava Abel.
Mas ele foi um dos grandes responsáveis pela eliminação.
Além da diretoria.
Confirmando a péssima venda de Luiz Henrique.
O Fluminense não disputará a fase de grupos da Libertadores.
Não terá sua principal revelação no segundo semestre.
E continuará preso à sua dívida imensa...
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