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Cosme Rímoli - Blogs

Medo do Botafogo perder o Brasileiro, de novo, faz jogadores e técnico criticarem Luiz Henrique, o ‘Pantera’. Empate foi prêmio ao Palmeiras

Maracanã lotado. O potencial muito maior de cada atleta, nada adiantou. Os nervos sabotaram o Botafogo, ontem, contra o Criciúma. A festa por marcar um gol aos 45 minutos do segundo tempo virou pesadelo, com o empate, aos 46 minutos. Ótimo para o Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7

Luiz Henrique acabou sendo responsabilizado pelo péssimo empate ontem no Maracanã Vitor Silva/Botafogo

“Eu fiquei muito pu...

“Estou ainda. Essas coisas não podem acontecer.

“Um time que quer brigar pelo título tem que ficar o tempo inteiro alerta.

“A gente baixou a guarda e tomou o gol.”


(Zagueiro Barboza)

Era um gol perfeitamente evitável. Tivemos um erro individual, de avaliação, inadmissível para uma equipe que luta pelos três pontos e que precisa deles para seguimento a sua campanha. Vou reservar a minha avaliação e o que eu tenho que falar com meus jogadores.


“Depois de fazer o gol que fizemos, acabar o jogo, e ter uma equipe que não tinha criado situação nenhuma, nós tínhamos que saber conservar aquela vantagem. Não fomos capazes, até porque era um momento de transição, com três, quatro jogadores para sair. Isso me custa e destaco aos meus jogadores. Evitável. Mais erro nosso do que criação do adversário.”

(Artur Jorge, técnico)


A reação do defensor e do treinador do Botafogo durante a partida foi muito menos civilizada.

Depois que Luiz Henrique titubeou e perdeu a bola na intermediária, depois de o Botafogo ter marcado aos 45 minutos do segundo tempo, com Tiquinho, o Criciúma aproveitou a chance de empatar, em um belo cruzamento do francês Bolasie para a cabeçada de Felipe Vizeu.

Além de marcar, ele provocou os 64 mil botafoguenses, fazendo o ‘chororô‘, que imita um choro. O gesto nasceu na Taça Guanabara de 2008, que o técnico Cuca reclamou da vitória do Flamengo e alguns atletas chegaram a chorar. Felipe Vizeu jogou pelo Flamengo.

O empate foi desastroso para o Botafogo.

Os torcedores no Maracanã se dividiram.

Alguns aplaudiram o esforço do time, que lutou muito contra a retranca catarinense, muito bem montada por Carlos Tencati. E outros vaiaram, não o time, mas Luiz Henrique, o jogador que tenta assumir o apelido de Pantera, dado pela animada mídia carioca.

O jogador, que ‘nasceu no Fluminense’, tem problemas com a torcida desde que chegou. Comprado por R$ 106 milhões, pelo bilionário John Textor, junto ao Betis, o atacante deixou claro que seu desejo é voltar ‘logo’ para a Europa.

Foi a maior contratação de um clube brasileiro, em todos os tempos.

Ele fracassou no Betis. Foram 64 partidas e apenas quatro gols.

Seu início foi fraco no Botafogo, com direito a muitos questionamentos.

Irritados por sua postura, de querer ‘ir embora’.

Mas conseguiu se recuperar.

Seu potencial é enorme. Canhoto, muito forte fisicamente, rápido, logo chamou a atenção de Dorival Júnior.

É membro efetivo da Seleção.

Seu ponto fraco é se mostrar disperso em momentos dos jogos.

E foi o que aconteceu ontem.

Ele se negou a dar entrevistas.

Sabe o peso do seu erro.

Não pertencia ao Botafogo no ano passado, quando o clube ‘derreteu’ nas últimas rodadas do Brasileiro.

Chegou a ter 14 pontos de vantagem em relação ao Palmeiras.

Mas acabou apenas em quinto lugar.

Sem conseguir vencer nas 11 últimas rodadas.

Foi um vexame histórico, clube algum havia passado por situação parecida.

É o grande medo que se repita este ano.

O clube mantém a liderança do Brasileiro.

Com 61 pontos, apenas quatro de vantagem para o Palmeiras.

Basta o clube paulista vencer amanhã o Juventude, em Caxias, que a diferença ficará a apenas um ponto.

Lembrando que nos confrontos restantes do Brasileiro, há a partida entre Palmeiras e Botafogo, no Allianz Parque.

Antes disso, há já na quarta-feira, o confronto importantíssimo do time de Artur Jorge, contra o Peñarol, pela semifinal da Libertadores.

No mesmo estádio Nilton Santos, novamente lotado, como estava ontem.

Luiz Henrique tem a desconfiança da torcida do Botafogo. Ele chegou deixando claro que quer voltar à Europa Botafogo

A preocupação é ver como Luiz Henrique se recuperará das severas críticas que está recebendo.

A mídia carioca, neste sábado, estranhamente ou não, deixou de lado o apelido Pantera.

E o questiona pelo nome de batismo.

John Textor chamou de estúpida pergunta o questionamento óbvio, ligando o clima de ontem ao fracasso de 2023.

Artur Jorge também é ríspido com quem ousa perguntar se o vexame da temporada passada afeta a atual.

Mas depois do 1 a 1 de ontem, em uma partida que era obrigatória a vitória, o clima do Botafogo é fácil resumir.

De pura tensão.

E com Luiz Henrique, o caríssimo Pantera, sendo cobrado pelos dois pontos ‘jogados fora’...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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