Medo de processos. E CBF e Federações suspendem o futebol
Junto com a pandemia do coronavírus havia a possibilidade de processos de atletas ou técnicos infectados. Por isso, o futebol parou no país
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Ameaças de processos milionários.
Esses foram os verdadeiros motivos para que a CBF paralisasse seus campeonatos nacionais por causa do coronavírus.
E recomendasse que as Federações seguissem o mesmo caminho.
Forçar os jogadores a atuarem, mesmo de portões fechados, abriria a possibilidade de inúmeros processos contra as entidades que controlam o futebol brasileiro.
O Flamengo, clube que mais queria a sequência do Carioca, por exemplo, teve de se render diante da situação levantada pela Federação Carioca. Até os clubes pequenos, ávidos por jogos para sobreviverem, recuaram.
Em São Paulo, a situação foi até mais direta.
Porque o Sindicato de Jogadores de São Paulo agiria. Colocaria seu departamento jurídico caso qualquer atleta infectado com o coronavírus resolvesse processar a Federação Paulista, e até o clube que atua, pela obrigação de entrar em campo.
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi estrategista.
Ele declarou aos presidentes de Federações que a Copa do Brasil só retornará no segundo semestre.
E que o calendário no Brasil irá até o dia 28 de dezembro.
Com isso, as duas ou três semanas, que a CBF prevê de paralisação dos Estaduais, não serão esquecidas.
Pelo contrário.
Assim que o futebol voltar, os clubes retomarão seus campeonatos.
A previsão da CBF é que, daqui no máximo, 21 dias, a pandemia do coronavírus recuará.
Se a previsão não se efetivar, o futebol não retornará no país...
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