Marco Aurélio faz de tudo para tentar salvar Vadão na seleção
O treinador do Brasil está sob enorme pressão. Imprensa pede sua saída. Rogério Caboclo confia em Marco Aurélio. Tendência é manter o técnico
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Porto Alegre, Brasil
A pressão externa para a demissão de Vadão é enorme.
O treinador errou em substituições, mandou a seleção brasileira recuar demais, quando estava vencendo a Austrália por 2 a 0, tomou a virada por 3 a 2.
Suas improvisações, substituições...
Vadão mereceu as críticas.
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O time feminino ficou dependeu muito mais do individualismo do que da tática, do conjunto.
Sob seu comando, o Brasil fracassou na Olimpíada no Rio. Não obteve sequer uma medalha, com a equipe terminando em quarto.
Foi dispensado.
Trabalhou no Guarani, na Segunda Divisão. Acabou demitido.
Estava desempregado quando voltou à seleção.
Venceu o Sul-Americano, disputado contra equipes quase amadoras, em comparação ao Brasil.
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A CBF fez uma grande movimentação e arrumou nove amistosos para o time antes da Copa do Mundo. Vadão estava no comando de incríveis nove derrotas seguidas.
Com a maior cobertura da imprensa da história do futebol feminino, o Brasil sob seu comando não passou das oitavas.
O que provocou enorme desilusão à Globo e à Band.
As emissoras fizeram questão de reverenciar as mulheres que se superaram individualmente.
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O trabalho de Vadão não teve reconhecimento.
A pressão para a demisssão do treinador é enorme.
Mas ele tem um apoio gigantesco do homem de confiança do presidente da CBF, Rogério Caboclo, em relação à seleção feminina.
O coordenador Marco Aurélio Cunha.
Ele já se antecipou.
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Falou a Caboclo que Vadão está sendo subestimado.
E que o mérito da campanha empolgante do Brasil na Copa do Mundo é dele.
Com direito a convencer, por exemplo, Cristiane a seguir na seleção.
Além da forte ligação que ele conseguiu com Marta.
Não vê lógica em retirá-lo do comando do time faltando pouco mais de um ano para a Olimpíada.
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Cunha chega até a discutir nas redes sociais a favor do técnico.
Há uma velada postura sexista por parte da imprensa brasileira, acredita o coordenador.
Para que uma treinadora assuma o cargo.
Há muitar reclamações pelo fato de o Brasil só ter uma mulher na Comissão Técnica. A auxiliar Beatriz Vaz. Ela só ganhou o cargo depois de a Fifa impor pelo menos uma mulher nas comissões dos selecionados que disputariam o Mundial.
Foram homens que definiram a preparação do Brasil.
E que acabou muito criticada.
Por ter pouco tempo para a grandiosidade da competição.
A experiência de Cunha com uma treinadora foi péssima.
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Ele se desentendeu com Emily Lima.
A primeira técnica a assumir a seleção, na sua história, ficou apenas dez meses no cargo.
Emily tem certeza que foi Cunha quem pediu sua demissão.
Marco Aurélio e Vadão são contemporãneos, compartilham muitas idéias sobre futebol. A cumplicidade entre os dois na seleção não é segredo para ninguém.
"Não tenho nenhum tipo de compromisso com a CBF que me prenda, tipo contrato, multa, nada disso. Viemos aqui servir o Brasil, servir a seleção brasileira. Estamos preparados para qualquer tipo de decisão.
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Em nenhum momento me senti ameaçado, pelo contrário. Sempre tive apoio da CBF e agradeço, porque no momento mais difícil que passamos, nos amistosos, a CBF nos garantiu no Mundial", disse Vadão ao acabar de desembarcar da França.
Vadão, 62 anos, quer ficar pelo menos até a Olimpíada.
E tem o apoio irrestrito de Marco Aurélio Cunha.
Já falou, insistiu na tese com Rogério Caboclo.
O presidente foi à França.
E gostou da ligação entre Vadão e o time.
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A tendência é que Vadão fique até 2020.
Para surpresa dos muitos críticos que colecionou...
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