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Luxa ataca Jesus.'Temos de mudar porque ganhou uma Libertadores?'

Em vez de celebrar a sua nona conquista de Paulista, treinador resolveu mostrar seu despeito em relação ao trabalho de Jorge Jesus no Flamengo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Vanderlei Luxemburgo quis se valorizar após a conquista do Paulista
Vanderlei Luxemburgo quis se valorizar após a conquista do Paulista Vanderlei Luxemburgo quis se valorizar após a conquista do Paulista

São Paulo, Brasil

Não seriam os 68 anos, que iriam mudar a personalidade de Vanderlei Luxemburgo.

Nem se tornar o maior vencedor de Campeonatos Paulistas.

Com o de hoje, já soma nove.

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Cinco vezes com o Palmeras, duas com o Santos, uma com o Corinthians e outra com o Bragantino.

Em vez de celebrar a façanha da retomada da carreira, o treinador decidiu aproveitar os holofotes e microfones para desafiar Jorge Jesus.

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E mostrar sua revolta com a imprensa, e de maneira sutil, com o Flamengo, pela valorização dos treinadores estrangeiros.

"A única coisa que eu questiono é que tenhamos de mudar nossas características porque o futebol na Europa é mais rápido. Vamos com calma. Somos pentacampeões do mundo jogando em cima da nossa cultura. Claro que temos de aprender, fazer cursos.

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"Mas não é mudar nossa essência pentacampeã do mundo, 11 vezes campeã do mundo interclubes e que tem toda uma história sem treinador estrangeiro. Temos de mudar agora por que o Jesus veio aqui e ganhou uma Libertadores? Aí temos de mudar porque o futebol é mais rápido?"

Vanderlei Luxemburgo jamais chegou perto da taça da Libertadores
Vanderlei Luxemburgo jamais chegou perto da taça da Libertadores Vanderlei Luxemburgo jamais chegou perto da taça da Libertadores

Luxemburgo havia decorado o discurso cheio de xenofobia.

E nacionalismo exagerado, desproporcional.

Justo ele que nunca venceu uma Libertadores.

O Brasil não conquista uma Copa desde 2002.

Há 18 anos.

E o Corinthians foi o último campeão do mundo brasileiro.

Em 2012.

Há oito anos.

E o Flamengo, com Jorge Jesus, não era apenas rápido.

Era envolvente, intenso, vencedor.

"O Zagallo em 70 jogou como o Barcelona joga, sem centroavante. Vamos respeitar a essência do futebol brasileiro e vamos cobrar que possamos aprimorar cada vez mais, estudar cada vez mais, mas sem mudar nossa essência.

"Eu não quero mandar recado para ninguém, porque o maior recado que um treinador poderia dar é ganhar taça. Levante taças.

"Só acho que um pessoal que não acompanha, saia do estúdio, da gravata, e vai assistir a uns treinamentos, para poder falar do que nós estamos fazendo. Só isso."

Luxemburgo sabe que a maioria dos treinos é fechada à imprensa neste país.

"Acabou a Copa aqui no Brasil e o pessoal execrou os mais velhos. Não pode ser mais velho, né? Felipão e Parreira estavam lá. Então, tinha que colocar um mais jovem.

"O pessoal da imprensa não tem noção de quantos jovens foram queimados porque vocês criaram a tendência que tinha de ser mais jovens, despreparados ainda para assumir um grande clube.

"Perdemos alguns jovens com potencial muito grande para se tornar grandes treinadores", diz, sem citar um único nome.

Luxemburgo aproveitou o palco da vitória no Paulista. Discurso nacionalista vazio
Luxemburgo aproveitou o palco da vitória no Paulista. Discurso nacionalista vazio Luxemburgo aproveitou o palco da vitória no Paulista. Discurso nacionalista vazio

Luxemburgo segue ressentido pelo trabalho excepcional de Jorge Jesus no Flamengo.

E o clube do seu coração ter ido atrás de outro técnico estrangeiro para substituí-lo, o espanhol Domènec Torrent.

Não é porque ganhou o Paulista, que Luxemburgo pode mudar a realidade.

Não há um treinador brasileiro trabalhando em um clube importante da Europa.

Não é por acaso.

O atraso é enorme.

Os dois jogos entre Palmeiras e Corinthians foram soníferos.

Luxemburgo prega ao vento.

Tenta negar a realidade.

Os treinadores brasileiros estão atrasados nos seus conceitos.

E o melhor que ele teria de fazer, mesmo colecionando estaduais, cada vez menos importantes, seria estudar o Flamengo de Jorge Jesus.

Time que orgulhou o país.

Não pela Libertadores.

Pela maneira moderna de atuar.

Não rápida.

Mas intensa, voltada para o gol, para vencer.

Com movimentação, recomposição impressionantes.

A faixa de campeão paulista de 2020 não muda nada.

Luxemburgo não ilude com esse discurso.

Ele quer apenas se valorizar.

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