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Cosme Rímoli - Blogs

Líder, massacrando, 3 a 1 foi muito pouco. Fla renasce

Foi a primeira vitória de Rogério Ceni como técnico do Flamengo. O time chegou a 25 finalizações. O time jogou idêntico a 2019. O Coritiba sofreu

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Bruno Henrique comemora seu gol. Mas poderia ter feito pelo menos mais quatro
Bruno Henrique comemora seu gol. Mas poderia ter feito pelo menos mais quatro

São Paulo, Brasil

Foi um massacre.

A primeira vitória de Rogério Ceni como treinador do Flamengo acabou sendo impressionante.

Seu time imprensou o Coritiba no Maracanã.


Venceu por 3 a 1, mas perdeu pelo menos mais seis chances reais, límpidas para uma goleada histórica. Principalmente Bruno Henrique perdeu quatro delas.

Mas além do resultado, da volta à liderança do Brasileiro, o que valeu neste jogo de sábado à noite foi a maneira com que o time carioca se portou.


Marcando a saída de bola, com firmeza, tirando o oxigênio do adversário. Com os dois laterais atacando ao mesmo tempo. Com muita intensidade. Jogadores próximos, triangulações, sede de vitória.

Contragolpes muito velozes.


Foram 25 finalizações.

A equipe de Ceni lembrou a de Jorge Jesus.

Não por acaso, o novo treinador colocou seus jogadores onde atuavam com o português. E onde mais rendem.

Everton Ribeiro na direta e Bruno Henrique na esquerda. Gerson com liberdade para o ocupar o espaço da intermediária onde bem entender. Arrascaeta, voltando à forma, do meio para a esquerda. 

Vitinho improvisado à frente.

"Estamos tentando criar mais lá em cima, apertar o cara, ter mais pressão. Estamos melhorando. O Rogério faz um grande trabalho, é um grande treinador. Aos poucos vamos pegando o que ele está passando, semana que vem será cheia, será importante, e hoje era importante vencer em casa.

"Fazia tempo que não ganhávamos. A gente tenta dar o melhor sempre. Ano passado foi um ano muito bom e tomara que seja possível voltar esse ano", comemorava o meia uruguaio.

Arrascaeta também marcou. Mas ele sabe. O importante foi a forma como o time jogou
Arrascaeta também marcou. Mas ele sabe. O importante foi a forma como o time jogou

A movimentação do Flamengo foi constante, atrapalhando demais a lenta e insegura defesa paranaense.

A fraqueza do time de Rodrigo Santana pesa.

Não é por acaso que está namorando firme com o rebaixamento, na penúltima colocação.

Rogério Ceni tratou de levantar a moral do time, depois da eliminação da Copa do Brasil para o São Paulo. De que maneira?

Treinando muito.

Fez questão de repartir com os jogadores a maneira com que o time mais rendeu. No segundo semestre de 2019, com Jorge Jesus.

O Coritiba foi o sparring perfeito.

Elenco fraco, mal treinado, equipe sem a menor intensidade.

Futebol de Segunda Divisão.

Não é penúltimo no Brasileiro por acaso.

O Flamengo marcou forte a saída de bola, 

E saiu na frente, aos dois minutos, em um contragolpe objetivo, fatal. 

Bruno Henrique descobriu Arrascaeta livre. Como o passe foi muito forte, o uruguai não pôde chutar para o gol. Levantou para a cabeçada do atacante. 

1 a 0, Flamengo.

O Coritiba não esperava tomar o gol tão cedo.

Perdeu o mínimo de confiança que tinha.

O time carioca seguiu pressionando e perdendo gols.

Até que Vitinho serviu para Isla que cruzou para Arrrascaeta marcar 2 a 0, aos 26 minutos.

Aí surgiu a principal e irritante falha do Flamengo.

As péssimas finalizações.

O time foi para o intervalo perdendo chances incríveis.

E no segundo tempo perdeu até mais.

Ceni precisa corrigir essa precipação, afobação.

O pior é que, com uma vantagem de apenas dois gols, não podia poupar seus jogadores.

Com o Coritiba encurralado, o Flamengo só marcou 3 a 0 aos 29 minutos, com Renê invadindo a área e batendo forte de direita.

Foi quando Ceni tratou de tirar Gerson, Isla Everton Ribeiro, Vitinho e Bruno Henrique.

Mas seu time seguiu com troca de passes rápidos.

E muitos contragolpes.

No final da partida, o filho do ex-jogador Bebeto, Mattheus, descontou, aproveitando péssimo posicionamento da zaga flamenguista e estufou as redes de Diego Alves. 

3 a 1.

Rogério Ceni conseguiu fazer o Flamengo reviver o brilhante time de 2019
Rogério Ceni conseguiu fazer o Flamengo reviver o brilhante time de 2019

Placar mentiroso, diante do volume de jogo do Flamengo.

Mas o que interessa é que o time foi outro.

Renasceu, tendo como base o time de 2019.

O que é muito promissor...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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