Leila processou. Quer 500 mil e prisão de seis meses a dois anos a Dudu. Por palavrão. Para escapar, ele diz que VTNC significa Vim Trabalhar no Cruzeiro. Leila vê hipocrisia

Leila cumpriu sua palavra.

Ao dizer que Dudu saiu pela porta dos fundos ao negociar com o Cruzeiro, antes de falar com o Palmeiras, no meio de 2024, e voltar atrás, ela decidiu mandá-lo embora.

A troca de estocadas pela imprensa chegou no seu momento mais baixo quando o atacante foi explícito.

A péssima relação entre eles começou quando Dudu, em ótima fase, e com contrato, forçou a dirigente a prorrogar o compromisso, exigindo aumento.

Leila não pôde dizer ‘não’, porque ele estava jogando bem demais.

Era dezembro de 2022 e o contrato terminava em 2023

Ele exigiu e renovou até 2025.

Leila se sentiu acuada, obrigada a aceitar o desejo do jogador.

Dudu se contundiu, rompeu os ligamentos cruzados do joelho direito.

Contra o Vasco, no dia 27 de agosto.

Levou dez meses para se recuperar.

Recebendo salários em dia e todo o apoio dos departamentos médicos e fisiológicos do Palmeiras.

Estava pronto em abril.

A relação ruiu quando em 15 de junho de 2024, o Cruzeiro anunciou sua contratação.

Leila ficou revoltada.

Soube que ele, e seu empresário André Cury, negociaram com Alexandre Mattos, executivo do Cruzeiro.

E fecharam contrato por cinco anos.

Dudu foi pressionado pelos membros da Torcida Organizada Mancha Verde e ele voltou atrás.

Mas o clima no Palmeiras, com Leila, virou de puro desprezo.

Ele se tornou mero reserva e saiu do clube ‘pelas portas dos fundos’, na definição de Leila.

Dudu ganhou 12 títulos com o Palmeiras, sua passagem foi marcante.

Mesmo no Cruzeiro, a troca de farpas continuou.

Até que chegou ao seu momento mais baixo quando ele escreveu um palavrão no seu Instagram

VTNC!

Popularmente não há quem não saiba o significado: ‘Vá tomar no ....!

Leila prometeu processá-lo.

E cumpriu.

Ele foi parar na 11ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e tem pedido de indenização de R$ 500 mil por danos morais.

A irritação de Leila só aumentou com a desculpa que o jogador deu.

Seus advogados insistem que VTNC! significa “vim trabalhar no Cruzeiro”.

Os defensores de Leila insistem que Dudu está sendo hipócrita.

E não assumindo o palavrão que escreveu.

A defesa de Dudu quer que o caso seja considerado improcedente.

Abaixo, os termos usados pela defesa.

O Réu demonstrará que a presente ação deverá ser julgada improcedente pelas seguintes razões:

• (i) O Réu não saiu pelas portas dos fundos;
• (ii) Não causou nenhum prejuízo ao Palmeiras;
• (iii) A resposta do Réu foi legítima, pois a declaração da Autora atacou sua honra, a sua história imagem e atingiu sua moral;
• (iv) A responsabilidade pela rescisão do contrato (de trabalho e de imagem) de forma antecipada ao término de sua vigência decorreu por iniciativa do Palmeiras;
• (v) O Réu renunciou expressamente a favor do Palmeiras o direito de receber a multa compensatória prevista no contrato.
• (vi) A soma dos valores renunciados (de aproximadamente R$ 25 milhões) é superior àquele que foi ofertado pelo Cruzeiro em junho de 2024 (R$ 21 milhões);
• (vii) No decorrer de 7 meses (de junho a dezembro de 2024), vivenciou assédio moral e psicológico praticado pela Autora e suportou silenciosamente;
• (viii) Não xingou a Autora, limitando-se a fazer alusão às letras VTNC – o que pressupõe no contexto dos fatos envolvendo os demandantes que podem ter diversas interpretações - inclusive “VIM TRABALHAR NO CRUZEIRO” – Além disso, apenas pediu para que a Requerente o esquecesse, deixasse em paz. O Requerido não escreveu nada mais do que isso, ao contrário do que tenta fazer a Requente ao juntar nos autos uma ata notarial com expressão inexistente no suposto post do Requerido registrado no Instagram. Ademais, ainda que as siglas registradas na resposta do Réu “VTNC” pudessem ter sido interpretadas equivocadamente como, alusão ao órgão excretor do corpo humano, trata-se apenas de uma expressão de baixo calão, sem potencial para ofender a honra.

O vazamento dos argumentos de Dudu só deixou Leila Pereira mais tensa.

E ela quer que seus advogados sigam fundo com ação.

A dirigente do Palmeiras também processa o jogador na 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Pelo mesmo palavrão.

A postura é diferente. Alega crime contra a honra e injúria (ofender a dignidade e decoro) e difamação (atribuir fato ofensivo à reputação).

Na esfera criminal, Dudu pode ficar preso, se condenado, de seis meses a dois anos.

Como não tem antecedentes criminais, deverá pagar apenas uma multa.

Se for condenado.

Leila Pereira já decidiu: não o perdoará de jeito algum.

Se ela receber a multa de R$ 500 mil, ela a doará a uma entidade de mulheres em situação de vulnerabilidade...

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