Lama, salários atrasados, time decadente. O São Paulo de Leco
Inacreditável como o tricampeão mundial está sendo administrado. Jogadores desvalorizados, dívida aumentando. Salários atrasados. E lama, muita lama
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A diretoria do São Paulo está revoltada.
Quer saber quem vazou para a imprensa os atrasos nos salários jogadores.
Qual atleta ou qual agente passou a notícia, verdadeira, aos jornalistas.
O ambiente que já era ruim, com o instável futebol do time, com a derrota diante do Santo André, ficou muito pior.
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Conselheiros da situação, que controlam o clube, não sabem mais como defender o inseguro Leco.
O clube segue pagando por decisões equivocadas do dirigente, como não vender Antony por 15 milhões de euros, cerca de R$ 70 milhões. O dinheiro seria mais do que suficiente para equilibrar as finanças.
Mas o inseguro Leco insistiu para empresários.
Queria 20 milhões de euros, cerca de R$ 94 milhões, ou nada feito.
Nada feito.
Para tentar valorizar o atacante, ele chegou a se apresentar para disputar o torneio em Tenerife, na Espanha. O absurdo foi o jogador ter viajado sem condições de entrar em campo, em novembro do ano passado.
O atacante foi um dos piores jogadores do Brasil no Pré-Olímpico da Colômbia. Há grande chance dele não ser chamado para Tóquio.
O inseguro Leco também não quis vender o zagueiro Walce. O Red Bull Bragantino ofereceu por semanas, 6 milhões de euros, cerca de R$ 28 milhões. O presidente achava pouco.
A indefinição foi coroada com fatalidade.
Walce sofreu uma séria contusão. Rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Ficará entre seis e oito meses sem jogar.
O Red Bull desistiu, lógico, da contratação.
Além disso, o inseguro Leco não conseguiu convencer Alexandre Pato a ir para o Shaba Al Ahli, de Dubai. O clube ofereceu 3 milhões de euros, cerca de R$ 14,1 milhões, neste início de 2020.
O jogador, que está há seis meses sem fazer um gol, segue no Morumbi. Ele marcou apenas cinco gols, desde que voltou ao clube, em março de 2019. O São Paulo ainda tem de gastar mais R$ 36 milhões com o jogador até 2022.
Daniel Alves, que fará 37 anos, em maio, tem contrato até o final de 2022. E seguirá recebendo R$ 1,5 milhão a cada 30 dias.
Hernanes também recebe salário milionário.
Ele fará 35 anos em maio. Ganha R$ 1,2 milhão a cada 30 dias.
Seu contrato vai até dezembro de 2021.
O São Paulo tem dívidas que passam os R$ 160 milhões.
Uma das recomendações do final de 2019, era conseguir R$ 80 milhões com a venda de jogadores, para cobrir um déficit de R$ 76 milhões.
As vendas não foram efetivadas.
Para se juntar à irritação dos conselheiros, há agora a revolta dos sócios.
Outra vez, como no ano passado, o clube está interditado devido às chuvas. As piscinas e as áreas sociais estão cobertas de lama.
No Brasil, as chuvas de verão acontecem todos os anos.
O clube não consegue ganhar um título desde 2012.
Com o inseguro Leco já se encaminha para cinco anos de fracassos.
Agora, devendo salários aos jogadores.
Clube mergulhado na lama.
E os conselheiros?
Cúmplices, sem tomar atitude.
Parecem esquecer a relevância do São Paulo.
Um clube tricampeão mundial.
Administrado com tanta incompetência.
Atolado na lama.
Muita lama...
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