"Ladrão... Milicianos... Patifes..." Guerra no endividado Corinthians
Clube amanheceu pichado. Ofensas ao presidente Andrés. Resposta foi ofensiva, em nota oficial. A terrível dívida de R$ 700 milhões é o motivo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A antecipação do anúncio da contratação de Jô.
A 'revelação' que usará camisa 77.
Em homenagem ao título paulista de 1977, que acabou com um jejum de conquistas de 23 anos.
Contrato de três anos e meio.
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O acerto com o ídolo de 33 anos não serviu para amenizar o clima tenso que domina o Corinthians.
Andrés Sanchez voltou a ser atacado.
Ele é responsabilizado pelas terrível situação econômica vivida pelo Corinthians.
A dívida de R$ 536 milhões que a Caixa Econômica cobra na justiça.
E mais de R$ 200 milhões negativos, fora o Itaquerão.
Ou seja, mais de R$ 700 milhões em dívidas.
O clube está travado financeiramente.
O descontentamento e cobranças de conselheiros sobem de tom.
Ainda mais em um ano eleitoral.
O Parque São Jorge amanheceu pichado.
Ataques com Andrés como alvo.
"Pilantra, ladrão", são adjetivos destinados ao presidente.
Há também pedido de impeachment.
O clube tratou de mandar pintar, cobrir as pichações.
Mas a notícia se espalhou nas redes sociais.
Outra vez as dívidas acumuladas e os fracassos seguidos do time, desde o Paulista de 2019, foram lembrados.
A diretoria resolveu responder ao ataque.
" Tomamos conhecimento do lamentável episódio de vandalismo feito por covardes que, na calada da noite, mancham os muros e a imagem do Corinthians. A quem interessa isso?
É lamentável que, em ano eleitoral, milicianos e patifes queiram tumultuar o trabalho sério que está sendo feito neste momento difícil. São 90 dias sem jogos e, consequentemente, queda abrupta de receita. Mesmo assim, ontem anunciamos um grande reforço e devemos anunciar novos patrocinadores e receitas em breve.
Esse ato só interessa aos inimigos do Corinthians e serve de alerta para o lado mais baixo que uma eleição desperta em quem não trabalha pelo clube, mas sim pelo caos.
Seguimos em frente, com a certeza de que criminosos serão punidos e de que o futuro do Corinthians não será manchado.
Além da nota oficial, haverá o aumento de seguranças durante a madrugada no clube, para evitar novas pichações.
Mas o problema é muito mais grave.
Embora candidatos possam estar tirando proveito de ataques primários, como pichações, o que importa é o profundo buraco administrativo vivido pelo Corinthians.
Ele precisa ser resolvido.
Enfrentado de maneira competente.
Não é o que está acontecendo.
As dívidas só aumentam desde a construção do estádio.
O planejamento foi péssimo.
Mas precisa ser corrigido.
O que adianta uma arena moderna, com o clube travado?
Atrasando salários, luz, marmitas?
Com o nome no Serasa?
Sendo processado semanalmente por ex-jogadores, por pagamentos irregulares?
Com elenco medíocre?
Com treinador desmoralizado pelo próprio presidente?
E candidatos da situação e da oposição seguem com propostas irreais, que não encaminham o clube para a saída do caos econômico.
A situação do Corinthians é gravíssima.
Não serão pichachões ou notas oficiais que farão qualquer diferença.
O rebaixamento em 2007 deveria ter deixado lições.
Não deixou.
O presidente era o mesmo...
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Veja as fotos do Parque São Jorge que amanheceu pichado
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