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Jornalista é caçado pelas torcidas do Al-Hilal e do Flamengo. Por ter dito que seria vexame os brasileiros perderem para os árabes. E foi

Para os torcedores árabes, houve menosprezo do repórter. Para os flamenguistas, o jornalista incentivou o Al-Hilal. No Marrocos, o repórter pede para ficar no anonimato. Tem medo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Flamengo jogou muito mal. Fora da final. E jornalista é acusado de ter incentivado os árabes. Ao criticá-los
Flamengo jogou muito mal. Fora da final. E jornalista é acusado de ter incentivado os árabes. Ao criticá-los Flamengo jogou muito mal. Fora da final. E jornalista é acusado de ter incentivado os árabes. Ao criticá-los

São Paulo, Brasil

Situação bizarra nas redes sociais.

Não, o Flamengo não perdeu para o Al-Hilal e está fora da final do Mundial de Clubes porque jogou mal.

Nem porque teve Gerson expulso ainda no primeiro tempo.

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Também não porque Vítor Pereira não tinha um jogador de forte marcação no meio de campo.

Não por culpa do péssimo futebol jogado por Matheuzinho e David Luiz, que comprometeram todo o sistema defensivo do time.

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Nem porque o treinador flamenguista não conseguiu compactar o time.

E deu toda a liberdade para o meio-campo árabe.

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Nem pelos jogadores brasileiros terem tido 42 dias de férias e estarem muito mais fora de ritmo que o Al-Hilal.

Não.

O motivo da derrota do Flamengo, para milhares de internautas, foi o depoimento de um jornalista brasileiro antes do jogo, garantindo que o clube brasileiro venceria o Al-Hilal. 

A opinião, em vídeo, foi legendada. E colocada pelo treinador Ramón Díaz para seus jogadores.

E a preparação, de meses, para o Mundial não serviu para nada.

O que fez o Al-Hilal vencer foi a ira que tomou conta dos seus jogadores ao ouvir o tal jornalista.

Enorme bobagem que se espalhou pelas redes sociais.

Lógico que incomoda a qualquer time ser menosprezado.

Mas não é forte o suficiente para se impor a toda uma preparação.

Longe disso.

Mesmo assim, internautas brasileiros seguem sedentos para saber o nome do jornalista. E culpá-lo pelo fracasso no Marrocos.

E, no país africano onde é disputado o Mundial, há o efeito contrário.

Jornalistas brasileiros estão sendo maltratados por conta dessa opinião do repórter contra o Al-Hilal.

O autor do menosprezo ao time árabe está no Marrocos.

E ele tem implorado a jornalistas que não divulguem seu nome.

Está com medo dos árabes. 

E dos flamenguistas.

Esta foi a sua fala.

"Se o Flamengo não passar do Al-Hilal na próxima terça-feira, vai ser um vexame daqueles, porque esse time [Al-Hilal] é muito ruim."

De acordo com a imprensa árabe, a opinião do jornalista foi usada por Ramón Díaz antes do jogo.

Ele queria provocar seus atletas.

Conseguiu.

"Principalmente a mim, mexeu um pouco, pois acho que foi um pouco desrespeito com os profissionais do futebol que estão no dia a dia tentando melhorar o futebol árabe, que tem demonstrado no Mundial que tem crescido muito.

"Foi um pouco desrespeitoso, mas mesmo assim entramos com muito respeito ao Flamengo, à qualidade que tem o elenco, e demonstramos que futebol se torna cada vez mais competitivo e que merecidamente estamos na final do Mundial."

Essa foi a resposta do volante Cuellar a jornalistas brasileiros no Marrocos.

Inúmeros jornalistas no Brasil usaram a palavra vexame para qualificar a eliminação rubro-negra diante do Al-Hilal.

Não por acaso.

Basta comparar a tradição, a história e os jogadores das duas equipes.

O Flamengo era o grande favorito, mas perdeu.

Por conta dos seus erros.

E pela postura corajosa do Al-Hilal.

As palavras do jornalista brasileiro foram superdimensionadas por conta de Ramón Díaz.

Mas não vão desviar o foco.

O Flamengo está fora da final porque errou muito.

A começar pela preparação, pela liberação de João Gomes, por ter tirado 42 dias de folga, por escolhas erradas e, principalmente, pelas substituições de Vítor Pereira.

Mas é mais fácil insistir em que a culpa foi da opinião do jornalista.

O repórter está sendo xingado e procurado pelas duas torcidas.

Ele segue com medo, no Marrocos...

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