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Cosme Rímoli - Blogs
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Infantilidade de Arboleda e objetividade fazem o Palmeiras se impor diante do tenso e inseguro São Paulo. 2 a 0, em pleno Morumbi

A diferença de um time formado e 'acostumado a sofrer', colecionador de títulos, contra uma equipe sendo, de novo, remontada. O Palmeiras sofreu, mas se firmou diante do São Paulo. Com a colaboração de Arboleda

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Abel encarando Calleri, como se fosse uma luta do UFC. Destempero do técnico foi o único senão do Palmeiras
Abel encarando Calleri, como se fosse uma luta do UFC. Destempero do técnico foi o único senão do Palmeiras

São Paulo, Brasil

Um clássico que colocou as coisas no seu devido lugar.

O Palmeiras, campeão da Supercopa do Brasil, do Paulista, que deverá ser o 1º colocado geral da fase de classificação da Libertadores, que luta pelo título brasileiro contra o São Paulo eternamente sendo remontado. Desta vez por Dorival Jr. Que disputa a Sul-Americana, "Série B da Libertadores" e cuja ambição no Brasileiro não é o título, é apenas conquistar um lugar na Libertadores de 2024.

Resiliência, objetividade, estrutura tática, psicológica e infantilidade de Arboleda.

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Essa foi a fórmula para o Palmeiras vencer o importante clássico contra o São Paulo, por 2 a 0, em pleno Morumbi lotado, com mais de 56 mil pagantes.

Gols de Gabriel Menino e Endrick.

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"Faltou só detalhe, em todos os momentos que estávamos perto do gol, fomos golpeados com gol deles", resumia, sem graça, Caio Paulista.

O "detalhe" foi o gol.

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"O clássico exige mais competitividade. Fomos felizes e saímos com uma boa vitória. Fizemos um grande jogo", orgulhava-se Zé Rafael, que teve excelente atuação.

O time da Abel Ferreira suportou o domínio tricolor, com ótima atuação de Naves, substituindo Gustavo Gómez, suspenso.

E do onipresente Zé Rafael protegendo a entrada da área e mostrando qualidade na saída de bola.

Gabriel Menino acertou chute sem chance para Rafael. Com a sutil colaboração de Arboleda
Gabriel Menino acertou chute sem chance para Rafael. Com a sutil colaboração de Arboleda

O Palmeiras não é o único invicto do Brasileiro à toa. E na 2ª colocação, a apenas dois pontos do surpreendente Botafogo.

A explicação é vibração em casa. E muito sangue-frio e distribuição tática importante.

O único senão foi, de novo, Abel Ferreira, que encarou Calleri, durante a partida, como se fosse um lutador de UFC, cobrando uma cotovelada no seu jogador que não aconteceu. Tomou apenas cartão amarelo.

O 51º cartão desde que chegou ao Brasil, em novembro de 2020. Desses, oito são vermelhos.

Quanto ao São Paulo, de Dorival Jr., mostrou coragem, ataque em bloco, triangulações pelas laterais, mas se ressentiu de homens de criação, capazes de, com visão de jogo e talento, quebrar as linhas defensivas palmeirenses. 

Possui um elenco pior tecnicamente do que o do grande rival.

Endrick comemora o segundo gol do Palmeiras, que decidiu o clássico. Time é o segundo no Brasileiro
Endrick comemora o segundo gol do Palmeiras, que decidiu o clássico. Time é o segundo no Brasileiro

Não bastasse isso, Arboleda pôs tudo a perder, tentando dar um chapéu em Breno Lopes, para agradar à torcida. O palmeirense percebeu e cabeceou a bola para Endrick invadir a área e fuzilar Rafael, "matando o jogo" aos 32 minutos do segundo tempo.

O Palmeiras já tinha feito 1 a 0, graças a um grande drible de Gabriel Menino, em Gabriel Neves, e o chute indefensável, aos 13 minutos do primeiro tempo. 

E quem havia feito o corte fraco, permitindo que Gabriel Menino dominasse a bola de frente para o gol do São Paulo? Arboleda.

Calleri merece um melhor companheiro de área.

Luciano reclama muito e pouco produz. Michel Araújo também só mostra talento em contragolpes; quando precisa ser útil contra defesas bem postadas, sua eficiência cai, comprometendo o time.

O árbitro Raphael Claus deve dar graças aos céus pelo VAR. O árbitro de vídeo Wagner Reway. Foi ele quem salvou sua arbitragem quando, aos 2', Luciano chutou, Mayke cortou, mas a bola tocou na cabeça antes de tocar no braço. O pênalti marcado foi corretamente anulado.

O cenário da partida foi claro desde o princípio: o São Paulo pressionando, tenso, muito mais na vontade do que na qualidade. Diante do Palmeiras frio, calculista. Esperando falhas de marcação do time de Dorival Jr., que sonhava com a vitória diante do grande rival, que acumula títulos como nenhuma outra equipe no Brasil, para passar confiança ao elenco, à diretoria.

Só que o Palmeiras se mostrou muito pragmático.

Ou seja, nada de entrar na correria, ser atraído pelo toque de bola simplório do São Paulo. Quase como uma equipe sem emoções, a ordem de Abel era fechar a entrada da área e contragolpear.

Para isso, contou com uma atuação segura, serena, competente de Naves, 21 anos, ao lado de Luan. O capitão e melhor zagueiro da América do Sul, Gustavo Gómez, suspenso, não pôde jogar.

"Tinha falado lá atrás quando o Kuscevic decidiu sair. Não buscaríamos zagueiro, apostaríamos no Naves. Tem qualidade. Tem sido preparado pra esses momentos, quando a equipe precisa. Fez jogo tranquilo, que eu esperava", elogiou Abel Ferreira, após o clássico.

Precisava Abel Ferreira encarar Calleri? Treinador do Palmeiras descontrolado, novamente
Precisava Abel Ferreira encarar Calleri? Treinador do Palmeiras descontrolado, novamente

O panorama foi até cansativo, de tão repetitivo.

O São Paulo tentando forçar passagem para um muito bem estruturado e traiçoeiro Palmeiras. Foi assim até tomar o golaço de Gabriel Menino, com colaboração discreta de Arboleda. Rafinha e Caio Paulista se cansaram de levantar bola na área, para excelente desempenho da zaga palmeirense.

Os gols facilitados por Arboleda mostraram a qualidade individual superior do Palmeiras. Mas, sem dúvida, a equipe venceu o clássico por ser também um time melhor. Que atua melhor em grupo que o São Paulo.

"A equipe é a minha cara, a cara dos torcedores. Intensidade no jogo, dividir as bolas, jogar para ganhar! Fazer de tudo! Eu me revejo em tudo o que a equipe faz. Temos estratégias para tudo. A equipe sabe o que tem que fazer em campo, é a função do treinador", celebrava Abel Ferreira.

Questionado sobre a encarada que deu em Calleri no primeiro tempo, o treinador não quis detalhar a absurda situação.

"Tivemos uma conversa. Tenho um respeito e uma admiração grandes pelo Calleri, é aquilo que eu defendo. Briga por todas, não desiste nunca. Foi uma situação que se passou lá dentro e fica lá dentro", disse o técnico, que ao fim do clássico aceitou conversar e abraçar o argentino.

Em maio de 2021, o treinador português encarou Liziero, que atuava como volante do São Paulo. Nada mudou
Em maio de 2021, o treinador português encarou Liziero, que atuava como volante do São Paulo. Nada mudou

Dorival Jr.fez questão de proteger Arboleda, o seu melhor zagueiro, que falhou e facilitou hoje o clássico para o Palmeiras.

"Os erros são coletivos. Pode passar pelo individual, mas sempre tem o coletivo também. Não será neste momento que vou dirigir críticas a um profissional como este. Nós vamos trabalhar para não voltar a acontecer."

Os dois grandes rivais têm encontro marcado nas quartas de final da Copa do Brasil.

Com o favoritismo verde...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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