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Imperdoável. Corinthians titular para nos reservas do São Paulo. E despenca para o quinto lugar no Brasileiro

O time de Vítor Pereira tinha a obrigação de vencer os suplentes de Rogério Ceni. Mas os reservas do São Paulo vibraram muito mais que os titulares do Corinthians. No final, o justo empate em 1 a 1

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Cássio, caído, depois do gol de pênalti de Eder. Os reservas do São Paulo mais vibrantes
Cássio, caído, depois do gol de pênalti de Eder. Os reservas do São Paulo mais vibrantes Cássio, caído, depois do gol de pênalti de Eder. Os reservas do São Paulo mais vibrantes

São Paulo, Brasil

Incompreensível a postura do Corinthians.

Com exceção de Fagner e Renato Augusto, era o time titular de Vítor Pereira que enfrentava o São Paulo com dez reservas. Apenas o goleiro Felipe Alves.

Uma vitória no Morumbi daria à equipe corintiana a segunda colocação do Brasileiro. E o time ainda receberia uma dose extra de confiança para a definição da semifinal da Copa do Brasil, quinta-feira, contra o Fluminense, em Itaquera.

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Rogério Ceni colocou seus suplentes por conta do desgaste físico e psicológico que foi a batalha contra o Atlético Goianiense, na semifinal da Copa Sul-Americana. Mesmo perigosamente próximo da zona do rebaixamento, o técnico não viu outra saída.

"O Corinthians ficou uma semana treinando para hoje. O São Paulo jogou quinta-feira. Preciso igualar pelo menos na energia com o meu adversário", ressaltava, antes da partida.

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E foi o que conseguiu.

Por conta da falta de atitude do Corinthians, durante grande parte do confronto.

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Excesso de confiança com falta de consciência no meio-campo, sem Renato Augusto.

Com a presença do meia, o time ganhou enorme reforço cerebral. E criou algumas chances a partir dos 13 minutos do segundo tempo. Ou seja, foi quase uma hora de partida desperdiçada.

O resultado foi um empate em 1 a 1 com gosto de vitória para o São Paulo.

E de derrota para o Corinthians, que segue com péssima retrospectiva nas mãos de Vítor Pereira nos clássicos. Dez jogos e apenas uma vitória, contra o Santos. O clube caiu para a quinta colocação no Brasileiro, a 10 pontos do Palmeiras. 

O português ainda não venceu Rogério Ceni nem seu compatriota Abel Ferreira.

E hoje era a chance. O técnico do São Paulo sabe quanto é improvável a recuperação na semifinal da Copa do Brasil, no Maracanã, diante do Flamengo. A desvantagem é muito grande: derrota por 3 a 1, no Morumbi.

Mas Ceni é obrigado a tentar. E tratou de preservar seus titulares, para que tenham, ao menos, o máximo de força física possível na quarta-feira, para tentar um resultado histórico. 

Ele apelou para o esquema tático tradicional, ortodoxo. 4-4-2, com os atacantes Bustos e Eder auxiliando na marcação, na saída de bola corintiana. Ceni trabalhava com uma equipe sem o menor entrosamento. Improvisada. Com o clube precisando pontuar, para escapar da sombra do rebaixamento.

O treinador apelou no seu discurso motivacional. Lembrando aos reservas que, quem se destacasse, brigaria por posição na equipe titular. Daí a vontade redobrada, incentivada por mais de 47 mil são paulinos no Morumbi. 

A decepção foi o Corinthians. Não deu certo Du Queiroz, Fausto Vera e Giuliano. Para a liberação de Gustavo Mosquito, Yuri Alberto e Róger Guedes. 

O time corintiano no primeiro tempo conseguiu, só em raros momentos, fugir da marcação são paulina. No melhor deles, aos 13 minutos, o Corinthians marcou seu gol.

E foi lindo.

Yuri Alberto comemora o lindo gol que marcou. E que acabou 'fazendo mal' ao Corinthians
Yuri Alberto comemora o lindo gol que marcou. E que acabou 'fazendo mal' ao Corinthians Yuri Alberto comemora o lindo gol que marcou. E que acabou 'fazendo mal' ao Corinthians

Giuliano, Róger Guedes e Yuri Alberto conseguiram concatenar uma linda troca de passes, com direito a um chute violentíssimo no alto, do atacante emprestado pelo Zenit. Indefensável para Felipe Alves. 1 a 0, Corinthians.

A expectativa era a de que o time de Vítor Pereira iria conseguir uma vitória fácil. Mas Rogério Ceni só cobrou que seus jogadores atuassem mais juntos, diminuindo o espaço nas intermediárias para o rival.

E foi o que aconteceu. O gol parece ter feito mal aos corintianos, que mostravam ritmo lento, não só pela marcação. Mas por falta de capricho e falta de passes de primeira. O time prendia a bola e perdia a velocidade na hora de atacar.

Para piorar, o sistema de cobertura era falho. O veterano Rafinha se aproveitou desse pecado mortal. Lançou por trás da zaga. Mesmo com três zagueiros: Bruno Méndez, Gil e Balbuena, ele viu Eder escapando pelo meio, livre. Balbuena demorou para sair na hora do lançamento. Deu condições para Eder. Ele foi seguro por Gil fora da área, mas o zagueiro só o largou dentro. Portanto, pênalti.

O próprio Eder cobrou e empatou, aos 28 minutos do primeiro tempo.

Eder arriscou. Cobrou no meio. Mas deslocou Cássio, que saltou para seu canto esquerdo
Eder arriscou. Cobrou no meio. Mas deslocou Cássio, que saltou para seu canto esquerdo Eder arriscou. Cobrou no meio. Mas deslocou Cássio, que saltou para seu canto esquerdo

Com a marcação muito bem montada e a letargia corintiana, sem seu meia pensante, Renato Augusto, e Fagner, o desafogo pela direita, o São Paulo conseguiu controlar o clássico. Deixar o ritmo modorrento, que interessava aos reservas desentrosados de Ceni. 

Foi assim até a entrada de Renato Augusto, aos 13 minutos. Vítor Pereira apelou ao jogador que não queria em campo. Era o que mais queria na partida de quinta-feira. Mas não havia outra saída. Os três volantes estavam divorciados dos três atacantes. Giuliano não conseguia fazer ser o elo entre eles.

Com a entrada do veterano de 34 anos, o Corinthians respirava. E conseguiu abrir a defesa do São Paulo em alguns lances. Yuri Alberto esteve cara a cara com Felipe Alves, que conseguiu evitar salvar, como goleiro de futebol de salão, com o pé esquerdo.

Rogério Ceni tratou de apelar também. Colocou Luciano, que também queria preservar. Mas cedeu à necessidade, à melhora corintiana. Com o jogador chamando a atenção da zaga de Vítor Pereira, melhor para Eder, que teve mais liberdade. E acertou um chute fortíssimo na trave de Cássio, aos 18 minutos.

O clássico ficou mais emocionante. E muito claro quanto o Corinthians perdeu tempo sem Renato Augusto.

No fim, mesmo com pelo menos três chances reais de gol, o castigo justo a Vítor Pereira.

O desperdício da chance de vencer um clássico contra o rival com reservas.

A queda para a quinta colocação foi justo castigo.

Já o São Paulo comemora o ponto, até inesperado, que o deixa a 5 pontos da zona do rebaixamento. E mais animado para pensar no Flamengo na improvável reviravolta na semifinal da Copa do Brasil.

Já o Corinthians precisa pensar a sério no Fluminense.

O time se mostrou muito dependente de Renato Augusto.

O que pode ser péssimo para a semifinal da Copa do Brasil, na quinta...

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