Hugo brincou. Sabotou a estreia de Ceni.2 a 1 São Paulo
O goleiro de 21 anos resolveu brincar. E o Flamengo pagou caro. Perdeu para o São Paulo, em pleno Maracanã, na primeira das quartas da Copa do Brasil
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Hugo sabotou a estreia de Rogério Ceni.
Aos 42 minutos do segundo tempo, o jovem goleiro resolveu brincar, driblar Brenner dentro da área.
Reação infantil.
Aceitou correr o tolo risco.
Que nem os 21 anos explicam.
O atacante que vive uma fase espetacular, não foi enganado.
Tomo a bola e estufou as redes do Flamengo.
Brenner já havia marcado o primeiro.
Leia também
Completou 13 gols em 11 partidas.
Vitória importantíssima paulista, que abriu o confronto entre os dois nas quartas-de-final da Copa do Brasil.
Tão importante quanto injusta.
Um castigo.
"Futebol é todo dia. Pude sair como destaque de forma positiva em vários jogos. Todo mundo erra, todo mundo é ser humano. É trabalhar para que não cometer os mesmos erros. Sou novo, vou fazer o possível para não errar mais", tentou justificar Hugo, que fez questão de falar após o jogo, mesmo sendo chamado para o vestiário, por seu novo treinador.
Mas decidiu falar.
O Flamengo mudou muito.
Rogério Ceni não transformou taticamente o time.
Mas sim a postura, a vibração, a sede de vencer.
Pressionou, insistiu, perdeu chances incríveis de marcar.
O São Paulo, de Fernando Diniz, estava muito bem postado.
Confiante por estar no mesmo Maracanã que havia goleado o mesmo campeão da Libertadores por 4 a 1, há dez dias.
Mas cauteloso em excesso.
O time carioca foi muito melhor, principalmente no primeiro tempo, quando ficou como será o Flamengo de Ceni.
Marcando a saída de bola adversária, vibrante, com muita velocidade, triangulações, penetrações.
Sem a improdutiva preocupação em manter a passe de bola.
Seu time montado com Vitinho, Gabriel e Michael na frente.
E roubando bolas em seguida, criou e desperdiçou várias chances.
Volpi evitou que o São Paulo fosse perdendo por pelo menos dois gols de desvantagem.
Era o que merecia.
E logo no primeiro minuto do segundo tempo, a injustiça ficou mais evidente.
Gabriel Sara descobriu Brenner livre.
O rápido atacante deslocou Diego Alves com uma frieza espantosa.
São Paulo 1 a 0.
Mas a resposta veio fulminante.
Com o Flamengo atacando em bloco.
Bruno Henrique serviu Gabigol, que mostrou sua facilidade em marcar.
Apenas uma cavadinha, deixando Tiago Volpi sem ação.
1 a 1.
Aos dez minutos, a substituição que iria transformar o jogo.
DIego Alves sentiu uma contusão e foi substituído por Hugo.
O panorama seguiu o mesmo, com o Flamengo tentando pressionar e o São Paulo buscando contragolpes esporádicos.
Aos 26 minutos, seguindo as ordens de Diniz, o time paulista tentou sair jogando, tocando a bola, desde a sua área.
Mesmo com o Flamengo pressionando.
Aos 23 minutos, Bruno Alves errou passe inexplicável e a bola sobrou para Arrascaeta, com Volpi fora do gol. Mas ele errou e chutou a bola pela linha de fundo.
O jogo seguia tenso, equilibrado.
Mas com o Flamengo cansado pelo esforço que fazia marcando forte a saída de bola do São Paulo.
Tiago Volpi seguia mostrando seu talento.
Até que aos 42 minutos, o zagueiro Leo Pereira atrasou a bola para Hugo.
O jogo estava resolvido.
São Paulo 2 a 1.
Rogério Ceni tem muito o que reclamar.
E Fernando Diniz a agradecer a Brenner...
Campeonato Brasileiro tem 17 trocas de técnicos em 20 rodadas
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.