'Iria invadir o campo, em Abu Dhabi, se o Palmeiras fosse campeão mundial.' Exclusiva com Reinaldo Gottino
Um dos maiores comunicadores do Brasil, Reinaldo Gottino revela como o excelente repórter esportivo se transformou no apresentador especial da Record TV. E, lógico, seu amor desenfreado pelo Palmeiras
Cosme Rímoli|Cosme Rímoli
Trocar socos com cambistas em jogo do São Paulo. Gravar Felipão, técnico do Palmeiras, mandando "quebrar" e dar umas "dedadas" em Edílson, que jogava no Corinthians. Denunciar que jogadores da base do Palmeiras viviam abarrotados e passavam fome.
Três matérias corajosas, que dependeram do faro do excelente repórter esportivo que já se mostrava, no início de carreira na TV Gazeta. Ao mesmo tempo, varava as madrugadas apresentando noticiários da rádio CBN. Foi moldado assim, misturando estúdio e muita rua, na busca de notícias, um dos maiores comunicadores da tevê deste país.
Reinaldo Gottino.
Aos 45 anos, o premiado apresentador da Record TV aceitou se aprofundar nas suas raízes esportivas. Não só aquelas em que consegue analisar o complicado momento do futebol deste país, mas também análises enriquecidas com o curso de ciências políticas.
Sua visão é ampla, profunda, corajosa. Mergulha em Neymar, no afastamento daseleção brasileira do povo e nos 21 anos de jejum de Copas do Mundo.
Mas seus olhos brilham e sua feição muda quando o assunto é o Palmeiras. "O amor me transforma. Eu tenho uma paixão imensa por este clube. Não sei nem explicar. É uma paixão pura, de torcedor mesmo. Eu me permito", disse o apresentador.
O amor é tão grande que ele decidiu não ficar só de fora. "Optei por ser conselheiro para tentar ajudar o Palmeiras, como eu puder, dentro do clube. Entender as dificuldades, participar, como puder, para deixá-lo o mais forte possível. Por isso, quando a Leila não contrata, eu vou buscar entender. Saber o que o torcedor comum não sabe. Concordar ou não. E ajudar, propor situações fazer algo pelo clube que eu amo."
Por falar em amor, Gottino quase cometeu um desatino em Abu Dhabi, na decisão do Mundial de 2022, quando jogaram Palmeiras e Chelsea.
"Fomos eu e o meu filho, que também é muito palmeirense, para assistir à decisão no estádio. Eu estava bem perto, na beira do gramado. E já tinha decidido. Se o Palmeiras fosse campeão mundial, eu iria comemorar lá dentro, com os jogadores. Iria invadir mesmo.
"Mas o Palmeiras perdeu. Foi a maior tristeza que tive no futebol. Minha mulher me havia ligado no dia anterior, me avisando para tentar consolar meu filho, se o Palmeiras perdesse. No final das contas, foi ele que me consolou. Fiquei mal demais.
"Só que a essência do esporte é essa. Lutar para vencer. E o Palmeiras vai ganhar o mundial."
A entrevista completa está no Canal do Cosme Rímoli, no YouTube.
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