Gol aos 46. Gol aos 48. Quem ganhou foi o Flamengo
Os últimos minutos de Palmeiras e Corinthians foram de tirar o fôlego, com os gols de Michel e Bruno Henrique. Ótimo para o líder Flamengo
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Depois do primeiro tempo equilibrado, o Palmeiras encurralou o Corinthians no segundo tempo, no Pacaembu.
Desperdiçou pênalti, com Gustavo Scarpa, chutou bola na trave, fez o goleiro Walter o grande jogador da partida.
Mas a emoção ficou para os últimos minutos do clássico.
Aos 46 minutos, Michel, um dos jogadores mais apagados, dominou o rebote do escanteio, dominou a bola pela direita e acertou um chute violentíssimo, cruzado, entrou no ângulo de Weverton.
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A torcida palmeirense que lotou o estádio municipal ficou desesperada.
Mas aos 48 minutos, escanteio. A bola foi veloz para a grande área corintiana. Bosselli desvia, ela explode no peito de Gabriel e sobra para Bruno Henrique estufar as redes 1 a 1.
Diminuiu a diferença do Palmeiras para o Flamengo. De oito para sete pontos. Só que o time carioca enfrentará amanhã o Bahia, no Maracanã, tem toda a possibilidade de vencer e abrir dez pontos de vantagem, faltando seis rodadas para o Brasileiro acabar.
Daí o clima de velório ao final do jogo no Pacaembu, para a torcida palmeirense.
Já o Corinthians conseguiu um ponto importante na briga para estar na Libertadores de 2020. E ainda tem o gosto de ter travado, 'roubado' dois pontos fundamentais do eterno rival.
Daí o clima de satisfação nos vestiários corintianos, mesmo tomando o empate aos 48 minutos do segundo tempo.

"Eu não tenho bola de cristal, mas (se Gustavo Scarpa fizesse o gol na cobrança de pênalti) poderia, tal era a superioridade que tínhamos.
"Certamente não tomaríamos o contra-ataque tão aberto, que foi o lance que originou o escanteio, e o Michel acertou aquele chute.
"Mas o futebol é assim.
"Em um momento como aquele a penalidade máxima precisa ser convertida. Essa é a regra do jogo. Um clássico tem um valor importante. É fundamental para tentar construir mesmo a sua vitória.
"Mas às vezes o futebol é duro.
"Já vencemos quando o nosso goleiro pegou um pênalti.
"Vento que venta lá, venta cá", tentava se animar Mano Menezes, que não escondeu seu descontentamento com Gustavo Scarpa.
O meia cobrou o pênalti, do toque de mão de Manoel, após cabeçada de Gustavo Gómez. Ele bateu fraco no canto direito, facilitou a defesa de Walter.
Eram 31 minutos do segundo tempo, o lance foi fundamental para o jogo terminar empatado.

"Não vejo como sabor de derrota. Combinamos antes de entrar no campo. Tem várias maneiras de perder ou empatar um jogo.
"O que vale é a postura. A semana foi absurda de intensidade. Eles se entregaram. Não tenho nada a reclamar deles. Pelo contrário", dizia Coelho, treinador interino do Corinthians, não escondendo a satisfação com o resultado.
Mano Menezes não poderia assumir o óbvio. O empate foi ótimo para o líder Flamengo.
"Não sabemos (se o resultado foi ruim). O Flamengo pode perder amanhã, aí diminui um ponto. Vamos esperar. Os secadores do Flamengo não têm tido muita felicidade.
"É importante, lógico, fazermos a nossa parte. Levamos o sentimento de que merecemos construir a vitória, escapou por esses detalhes. Jogamos com mérito para construir a vitória", dizia o treinador, tentando se animar. Mas, no íntimo ele sabia: o Palmeiras não fez sua parte. Tinha a obrigação de vencer o Corinthians.

A partida deixou mais uma vez explícita a necessidade de o Palmeiras investir pesado na busca de meias criativos e atacantes definidores. Isso se o clube quiser sonhar para valer com a conquista da Libertadores. Essas são falhas enormes no milionário elenco.
Já o Corinthians vai tentar se superar na garra, na luta e na vibração para lutar nestas últimas seis partidas que faltam para se garantir na próxima Libertadores. O elenco é limitado e precisa de reforços em todos os setores. Tiago Nunes, o novo treinador, está acompanhando de perto seu novo clube. E tem a promessa que a diretoria contratará.
"Mudança de comportamento. O jogador quando entende isso, as coisas funcionam dentro do campo. É mudança de comportamento quando vai treinar, quando vai para o jogo. Mudança de comportamento e a verdade com que conversamos fazem as coisas melhorarem", filosofava Coelho.
O grande mérito do técnico interino corintiano foi fazer o elenco se unir novamente. As declarações de Fábio Carille haviam sabotado o grupo. Taticamente, Coelho fez o time atuar no 4-5-1. Equilibrou o jogo no primeiro tempo. No segundo, foi encurralado. O desequilíbrio emocional palmeirense nas finalizações ajudou a garantir o empate.
Assim como Walter, que defendeu o pênalti de Gustavo Scarpa e ainda fez uma defesa espetacular na cabeçada de Deyverson, livre, cara a cara com o goleiro.
O elenco corintiano saiu orgulhoso do clássico.
E o palmeirense abatido.
Sabe que facilitou a situação para o Flamengo.
Não tinha o direito de empatar o clássico.
A vitória era obrigatória.
Mas o Palmeiras não fez a sua parte...
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