Ganso humilha a torcida do Santos. Vingança por ser chamado de 'mercenário'. No frenético 2 a 2 com o Fluminense
Em uma partida cheia de reviravoltas, o empate, ruim para os dois times. 2 a 2, gols de Luiz Felipe, Ganso, Arias e Marcos Leonardo. As duas defesas falharam muito
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A imagem foi emblemática.
Paulo Henrique Ganso com as mãos fechadas, como se tivesse duas batutas, as pequenas varetas com que os maestros regem as orquestras.
Mas o meia do Fluminense encarava a torcida santista atrás do gol de João Paulo. A mesma que o chamava de mercenário, o xingava e vaiava, assim que pegava a bola.
A 'regência' das vaias aconteceu aos 25 minutos, quando o jogador, que um dia foi ídolo santista, do tamanho de Neymar, havia acabado de cobrar pênalti com cavadinha, humilhando o ótimo goleiro João Paulo.
Ele empatava a partida, na Vila Belmiro.
Foi a situação mais marcante no frenético 2 a 2 entre Santos e Fluminense. Resultado que não foi bom para nenhuma das duas equipes. Mas foi justo, repleto de reviravoltas na partida. E que castigou a equipe carioca que, depois de virar o jogo, acabou recuando demais e mereceu perder os três pontos.
As duas defesas falharam muito.
O Fluminense luta para garantir uma vaga na Libertadores.
E o Santos, quer se garantir, sem susto, na Série A.
Vingado, Paulo Henrique Ganso, ainda fez questão de trocar sua camisa com o jovem atacante Angelo. E saiu do gramado da Vila Belmiro, com a camisa do Santos.
Deu entrevista até dizendo que, quem sabe, um dia poderia voltar a defender o bicampeão mundial.
"Não é provocação, é agradecer. Fui muito feliz aqui. Marquei história e conquistei títulos. Agradeço carinho, apesar do pessoal xingar, normal. Sei que eles têm carinho por mim e eu pelo clube. Quem sabe um dia mais pra frente a gente possa voltar e se reencontrar", dizia, rindo, irônico. Ganso, aos 32 anos, sabe muito bem que humilhou os torcedores que o xingavam.
Desde sua ida para o São Paulo, ainda em 2016, tem sido da mesma maneira ao voltar ao estádio santista.

Tanto que vestir a camisa de Angelo não provocou a simpatia que imaginava.
Mas não recebeu palmas e nem suspiros de saudade.
Pelo contrário. Enquanto se encaminhava para o vestiário do Fluminense, ele foi muito xingado, enquanto torcedores mostravam notas de dinheiro, insistindo na palavra que provocou sua ira.
'Mercenário, mercenário, mercenário.'
Tanto Santos quanto o Fluminense precisavam vencer. O time de Lisca Doido estava apenas a seis pontos da zona do rebaixamento. Enquanto a equipe de Fernando Diniz desejava os três pontos, que deixaria o clube isolado em terceiro e a apenas um ponto do vice-líder Corinthians. E cinco do primeiro colocado Palmeiras.
Mas os dois times se mostraram irregulares, espaçados, com muita vontade, mas decepcionantes taticamente.
O Fluminense mostrou o quanto é refém psicologicamente de Fernando Diniz. Suspenso, os jogadores sentiram demais a ausência do treinador no banco de reservas. O auxiliar Eduardo Barros, por mais que gritasse, não conseguia empurrar a equipe para a compactação, para a disputa de bolas divididas, como tão bem faz o técnico.
Além disso, o time estava visivelmente cansado, desgastado com as viagens e pela maneira de trabalhar de Diniz, que insiste com uma mesma equipe. O calendário exige, mas ele segue frontalmente contrário ao rodízio de atletas.
Ao contrário do Santos. Com o fraco elenco eliminado precocemente da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil, o treinador tem muito tempo para preparar seu time para os jogos do Brasileiro. Ele sabe que não há esperança por parte da diretoria que o Santos brigue por título. E nem seguer Libertadores.
O importante é não passar susto com rebaixamento. Classificação para a Copa Sul-Americana já seria um presente. O clube deve mais de R$ 400 milhões e tem sérias dificuldades para lidar com a situação.

Embora deva cerca de R$ 700 milhões, o clube do Rio de Janeiro tem mostrado saber lidar muito melhor com os credores. A ponto de conseguir montar um elenco com bom potencial para Fernando Diniz.
O futebol do Fluminense foi decepcionante no primeiro terço do jogo. O time carioca entrou apático, aceitando a previsível pressão santista. Faltava competitividade.
O time acabou acuado. E foi devidamente castigado. Sofreu o primeiro gol de forma primária. De escanteio. A bola foi desviada na primeira trave e Luiz Felipe, de costas para a meta carioca, improvisa. E marca, de nuca. Santos 1 a 0.
A expectativa era que o time de Lisca Doido seguiria pressionando. Mas não foi o que aconteceu. A equipe recuou as linhas, sonhando com contragolpes. Foi o suficiente para o Fluminense 'respirar' e conseguir acertar a trave, em uma cobrança rasteira de Ganso, que passou pela barreira.
Ganso, inspirado, serviu Nonato, que deu um chute fortíssimo e obrigou João Paulo a excelente defesa.
No segundo tempo, o Fluminense tirou um zagueiro e colocou um meio-campista. Saiu Luccas Claro para a entrada de Martinelli. E a equipe carioca ficou muito mais ofensiva e ganhando o duelo nas intermediárias.
A virada começou com um pênalti infantil, descabido de Sandry. O santista foi para a marcação de Matheus Martins, de costas para o gol santista. Mas tomou um tranco por trás. Pênalti.
Aos 25 minutos, Ganso se vingou da torcida santista.
E aos 27 minutos, a virada.
Cano disputou bola lançada com Maicon. Ela acabou sobrando para Arias chutar e pegar João Paulo no contrapé. 2 a 1, Fluminense.
Lisca Doido teve uma grande colaboração. O recuo prematuro e absoluto dos cariocas. O Fluminense se submeteu a tomar sufoco, ao abandonar a postura ofensiva.
O empate veio com um inesperado lançamento de Fernandez para Ângelo, que descobriu Marcos Leonardo livre, na velocidade. O empate veio aos 40 minutos do segundo tempo.
Ao final, os dois times estavam cansados e pouco criaram.
Empate justo.
E péssimo para os dois clubes.
Com objetivos tão diferentes no Brasileiro...
Hulk Iraniano passa vergonha com nocaute em primeira luta no boxe
De nada adiantaram as provocações, o treino do "soco mortal" ou "a frigideira amassada". A primeira luta do Hulk Iraniano no boxe foi decepcionante. O fisiculturista, famoso nas redes sociais, passou vergonha e foi facilmente nocauteado no último fim d...
De nada adiantaram as provocações, o treino do "soco mortal" ou "a frigideira amassada". A primeira luta do Hulk Iraniano no boxe foi decepcionante. O fisiculturista, famoso nas redes sociais, passou vergonha e foi facilmente nocauteado no último fim de semana em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos